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Acordei no dia seguinte ao amanhecer. Sam dormia com a cabeça enterrada em meu peito, me abraçando e eu o abraçando. Beijei o topo de sua cabeça.

-Bom dia meu amor!-disse ele beijando meu pescoço.

Fiquei quente por dentro, meu coração disparou com aquelas palavras. 

-Bom dia ...

Nos espreguiçamos e peguei meu telefone pra ver as horas. Já eram 11:00. Tinha uma mensagem do meu pai um áudio.

*Pega suas coisas e vai pra casa!
*Não quero mais você nessa casa quando aquela mulher voltar praí!

-O quê houve pai?-mandei áudio.

*Depois te explico, to voltando de ônibus, então vou chegar tarde, mas quero você fora dai antes que ela chegue.

-Ok.

*Saia antes do meio dia.

-Me conte pai?!

*Não deu certo, só isso!
*Acho que eu tenho cara de trouxa!

-Não diz isso pai!

*Me prometa que vai ir pra casa?!

-Prometo.

Sam me olhou com tristeza. E limpou uma lágrima que eu não tinha percebido escorrer por meu rosto.

-Acho... Que... Acabou pra todos nós também!

-Não, não diga isso Andras... Olha podemos nos encontrar...

-Eu... Eu vou ficar bem Sam...não se preocupe!

Senti meu queixo tremer e me levantei da cama colocando minha calça moletom Sam me abraçou e chorou junto comigo.

-Não quero me afastar de você!-disse ele.-Por favor... Deixa eu te ver de vez enquando?!

-Vamos nos falando por mensagem. -Falei o soltando e lhe dando um selinho salgado.

Sai do quarto dele e fui ao de Nathan pegar o resto das minhas coisas, ele ainda não tinha voltado pra casa.  Deixei um bilhete para Nathan.

" Nathan vou sentir sua falta!"

Ao passar pelo quarto de Sam não tive coragem de me despedir. No carro do meu pai respirei fundo, eu precisava chegar em casa sem correr nenhum risco. Guardei minhas lágrimas. E fui pra casa. Estacionei direitinho e fui pro meu quarto, onde chorei até não dar mais. Desci e preparei um macarrão com queijo sentei no sofá e comi tudo. Quando meu pai chegou me fiz de dormido pra não chorar na frente dele. Meu pai sentou na beira da minha cama.beijou minha cabeça.

-É filho... Seremos sempre só nós dois... Te amo!

Ele foi pro quarto dele e no dia seguinte antes de ir pra escola não vi meu pai. Eu não dei a mínima pra ninguém, fui pra minha sala e só baixei minha cabeça e estudei. As notícias de que eu era o "comedor" de veteranas se espalhou como pólvora. Principalmente quando fui pro treino de natação com as provas em minhas costas que eu não havia percebido até ouvir as garotas comentando "Caramba com a quantidade de unhadas que ele tem nas costas eu imagino que ele seja bem grande." "Qual é?" "meu é só olhar pra sunga dele que tu vê!" "Ele deve ser uma delícia não vejo a hora de provar"

Não só treinei na escola, como passei a frequentar o clube pra treinar. Recebo mensagens dos irmãos Vitti direto. Os respondo com carinho, eles querem me ver, mas eu ainda tenho respeito pelo meu pai e a mãe deles machucou meu pai a fundo. Quando completou uma semana de que não via os irmãos recebi uma encomenda.

-Encomendou alguma coisa filho?!-perguntou meu pai olhando a caixa.

-Deixe-me ver?!-pedi e ele me entregou a caixa.

Abri na cozinha com uma faca. Sorri ao ver um dos livros preferidos de Sam.

-Então?!-perguntou meu pai entrando na cozinha indo pegar uma guloseima no armário.

-Sim, era minha.-Mostrei o livro pra ele.

-Corte de espinhos e rosas?!

-É, ouvi falar que era bom.

-Humm... Depois dessa vou até aumentar sua mesada!-brincou ele.-Ler faz bem pra alma.

-Se não se importa vou subir pra ler!

-Claro!

Deitei na minha cama e ao abrir o livro um bilhete caiu na minha cara.

"Para o garoto que conquistou meu coração e minha alma, sinto sua falta meu amor!"

Daí em diante passei a receber um livro por semana. Eu chegava a ficar ansioso pelos bilhetes lindos que eu recebia de Sam. Ele tomava todo o cuidado do mundo em não mencionar quem era. Nathan arranjou uma namorada a pedido de seu pai, que queria fechar negócio com o pai da garota. Nanda foi estudar no exterior. A mãe deles apareceu na nossa porta quatro meses depois de terminar com ele o humilhando em frente a todos.

-O que quer aqui?-saltou meu pai surpreso.

-To grávida!

-Parabéns veio jogar na minha cara que...

-É seu e não posso tirar porque já ta grande!

-É o quê?

-Meu marido não quer que eu fique de jeito nenhum, então vim perguntar se você quer, se não quiser vou deixar num orfanato ou num convento.

-Vo-Você é louca?

-Quer ou não quer?-perguntou seca.

-Claro que eu quero, jamais abandonaria um filho meu... Mas por que se subimete aos caprichos daquele homem...?

-Isso é problema meu!

-Ok então!-disse meu pai espalmando as mãos em rendição.-Quando nascer estarei aqui!

-Ótimo, prepara um quarto rosa, nem isso você conseguiu fazer direito!

-Como é quê é?

-Se fosse menino meu marido ia deixar eu ficar com ele.

-Ah, nossa, que legal que seu marido é!-disse meu pai sarcástico.-Mas bem, não se preocupe minha filha terá um quarto rosa, mas você nunca mais vai vê-la!

-Nem quero!

-Nossa...foi um "Prazer" negociar com você!

-Não posso dizer o mesmo!-disse ela se retirando.

Meu pai bateu a porta e sentou no chão abraçando os joelhos. Corri até ele e o abracei.

-Pai...

-Ta tudo bem filho... Vai ficar tudo bem ... Vai me ajudar a cuidar dela?

-Sim pai, vou te ajudar não se preocupe, vem comigo!-o levei pro sofá.

Meu pai chorou em meus braços por horas. Pelo visto os irmãos Vitti não estavam sabendo de nada, segundo eles a mãe foi fazer um cruzeiro que levaria uns 5 meses. Não me atrevi a contar nada.

Os irmãos da minha irmãWhere stories live. Discover now