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Manu

-Ai Ruan você não mudou nada mesmo!-falei rindo de uma piada suja.

-Você também não. . . aliás está muito bonita!

-Obrigado priminho, aí, que tal fugirmos na madruga pra ir pro Bohemia?

-Vai cantar?

-Talvez, te contei que o papai quase me pegou ano passado né?!

-Sim, mas por que não pedimos desta vez, estamos mais velhos.

-E se eles disserem que não, não vamos conseguir fugir porque vão estar ligados em nós.

-Ok vamos dançar então!

Enfiei meu braço no dele, com a mão gelada do sorvete. Acho que somos os únicos doidos que comem sorvete em pleno inverno. Caminhamos pelas ruas de New Orleans rindo muito das aventuras colegiais em que nos metiamos.

-Queria muito que meus pais viessem morar aqui, assim nos divertiriamos juntos!-disse Ruan.

-Eu também ia amar!

. . .

Naquela madrugada esperamos dar o tempo certo e fomos pro Bohemia. Eu amo Jazz, Blues, música vintage de todas as formas possíveis e no Bohemia tinha tudo isso. Estávamos dançando a mais de uma hora quando a a dona do Bohemia me encontrou.

-Manuuu veio cantar pra nós?!

-Ah, não tia Rose, se meus pais descobrirem to lascada!

-Sabe que eu não conto!

-Vai Manu, faz tempo que não te vejo cantar!-insistiu Ruan.

Tia Rose colocou uma de suas rosas no meu cabelo e me fez subir no palco. Ruan veio pra frente do palco e assoviou.
"Manu" -disse a galera do bar me reconhecendo.

-Boa noite pessoal, só vou cantar hoje por insistência da tia Rose!-brinquei lhe jogando um beijo, virei pra banda.-Bora improvisar?

Eles assentiram e eu abri meu coração naquela canção, eu inventava as letras na hora, Jazz era isso, era improviso, alegria e agito. Puxei Ruan pra cima do palco para que dançasse comigo enquanto eu cantava. Eu ia descer do palco, mas a galera começou a pedir sweet child of mine.

-Só se a Letícia sapatear?!-ela me fez sinal de positivo. Olhei pra banda que fez sinal de positivo. Sorri olhando pro Ruan que não parava de me jogar beijos.

Quando terminei de cantar a tia Rose subiu no palco e me cochichou.

-Alguém pediu Grazi!

-Sério?!

Ela assentiu. Eu tava ensaiando essa música em casa tentando transformar ela em algo mais calmo. Fui até a banda e perguntei se conheciam e todos me assentiram como se já soubessem o que tocar.

(apenas coloquem ouvir a música da mídia sem assistir)

Comecei a cantar e os casais começaram a dançar juntinhos, muito fofos. Eu fechava os olhos cantando com prazer, pois pra ela eu não precisava forçar a garganta como a música anterior. Estava cantando na boa quando uma voz começa a cantar do meu lado e eu simplismente parei de cantar olhando meu pai Andras cantando ao meu lado. Caralho que voz rouca. Ele me fez sinal pra eu continuar cantando com ele. Eu cantava olhando nos olhos dele. Ele me pegou pra dançar no palco e sussurrei fora do microfone.

-To encrencada?

-Esta noite não!

Então ele seguiu cantando segurando minha mão e eu me animei um pouquinho mais. Papai deve ter me ouvido cantando essa música só pode. Ele me abraçou no fim da música e apontou pra toda a minha família numa mesa no segundo piso. Eu tava muito ferrada.

-Mostre o que sabe fazer!-disse ele me dando um beijo e descendo do palco.

-Gente aplausos pro meu pai Andras Adams!-falei o fazendo ficar envergonhado.-Pelo visto já vi a quem puxei.

Ele me jogou beijos.

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Andras.

-Já sabemos onde ela vai né?-disse-me Sam quando Manu foi "deitar cedo" com o maior sorriso do mundo.

-Hoje quero fazer uma surpresa pra ela!-falei mandando mensagem pros meus cunhados.

*eles vão escapulir, só que hoje vamos todos o que me dizem?

*Bora.

-Qual seu plano?

-Vou cantar com ela!

-Sério?!-disse Sam passando as mãos por minha cintura e me roubando um beijo.-Se eu não morresse de vergonha das pessoas me aplaudindo eu juro que ia.

-Sua voz é linda, ela puxou isso de nós dois!

-Verdade!

-Vem vamos nos vestir.

-Vamos vintage?

-Óbvio!

Os irmãos da minha irmãUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum