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Andras

Respirei fundo.

-Minha maior explicação se chama Manu.

-Sua filha?!-disse Nanda.

-Nossa irmã!-Olhei para os dois.-Manu é filha do meu pai e da sua mãe.

-Ma-Mas. . .

-Sua mãe não a quis!

-Como assim?!-saltou Nathan indignado.

-Ela não pode fazer isso!-saltou Nanda.-Isso não pode ficar assim!

Sam entrou junto do Cris que me estendeu a mão, aceitei de bom grado.

-Andras!

-Cristhian!

-Sam. . . ?

-Primeiro quero saber o que fazem aqui?

-Você passou um dia inteiro sem me responder . . .

-Fiquei sem bateria!

-Achei que tivesse acontecido algo muito ruim com você. . .-ela olhou pro Nathan.-Esses dois me seguiram!

-Ficamos preocupados!-disse Nathan.

-Não podiam esperar eu ligar. . .?

-Ai não saberíamos que temos uma irmã?!

-Sobrinha!-disse Sam.-Vocês agora tem uma sobrinha e não vão contar nada a ninguém.-disse ele sério aos dois.-Andras passou o inferno sozinho pra cuidar daquela garotinha pra vocês sairem daqui e jogar ela nas mãos de quem não a quis!

-A mãe de vocês assinou um documento onde alega que ela não tinha condições de ficar com a Manu, meu pai descobriu um câncer em faze terminal, vendeu tudo e me pediu que eu não contasse a vocês sobre ela, pediu que eu não deixasse ela ser criada como uma bastarda ou mal tratada. Me pediu para ser o pai dela. E assim que eu tive a Manu em meus braços a registrei como minha filha, meu pai já não aguentava a Manu nos braços por mais de 5 minutos e comprou está loja, me ajudou a abrir a livraria, comprou-me uma casa e me deixou sozinho com um bebê.

-Andras teríamos te ajudado se tivesse nos contado!-disse Nathan se abaixando na minha frente.

Comecei a chorar.

-Eu tive medo. . . ela é tudo que sobrou do meu pai. . . eu não queria correr o risco de que vocês se revoltassem e contassem a mãe se vocês. . . eu fugiria com ela pra outro pais, trocaria nosso nome eu faria qualquer coisa por aquele ser que me chama de pai. . . eu amei. . . amei muito vocês. . . perdão Cris pelo que vou dizer. . .

-Tudo bem eu sei a história!

-Eu amei você Nathan. . . foi meu primeiro amor, Nanda, não vou dizer que não senti nada por você porque eu estaria mentindo, e sinto muito . . . se magoei vocês. . .

-Samuel. . .-começou Nathan.

-Samuel é o amor da minha existência, Sam esteve comigo até o último dia. . . que eu fugi como você disse. . . pra vocês terem uma noção do quanto amo aquela garotinha olha tudo o que eu deixei pra trás. . . eu nunca consegui olhar nem nos olhos dos meus amigos que fiz aqui, eu nunca mais tive ninguém e nem pensava em ter até ontem. . . eu não quero que tenham pena de mim, Manu é a melhor parte da minha vida e se quiserem manter ela na vida de vocês. . . como. . . sobrinha, então eu não negarei que tenham isso, mas se eu ver a mãe de vocês entrando por uma porta eu estou saindo pela outra e juro pra vocês que nunca mais vão nos ver.

Nanda se abaixou ao lado de Nathan na minha frente. Ambos de mãos comigo.

-Eu juro pela minha vida que nossa mãe não saberá sobre vocês!-disse Nanda.

-Juro pela minha vida e pelo amor que um dia compartilhamos que nossa mãe não saberá da existência da Manu e nem de vocês.

Olhei pro Cris e ele pareceu não me entender.

-Você faz parte dessa família Cris. . .

Ele sorriu e sentou no braço da poltrona passou a mão por minha nuca e me segurou para que eu o olhasse.

-Juro pelo amor que tenho por Nathan, juro pelo amor que um dia nós compartilhamos, que seremos bons tios e que ninguém saberá da Manu e nem de vocês.

-Obrigado. . . isso significa muito pra mim!

Ele me deu um beijo na cabeça e depois Nanda e Nathan me abraçaram juntos.

-Agora podemos conhecer melhor nossa sobrinha?-perguntou Nathan.

-Podem. . . só deixa eu me recompor.

-E agora podem me explicar por que ela ta chamando você de pai?-perguntou Nanda a Sam.

-Eu pedi Andras em casamento!-sorriu ele.-A Manu é uma criança incrível e . . .

-É a sua cara!-disse Cris.

-É, ela é sim. . .

-Ela não é só um pedaço do meu pai, eu tinha um pouco de vocês nela.

-A voz dela e o jeito dela falar são seus Nanda.-comentou Sam.-O modo como fica pensativa e a facilidade de conquistar pessoas é sua Nathan.

-E quando fica brava é a cara de Sam!-falei.-Fora que toda vez que ela me olha nos olhos procurando a verdade no fundo da minha alma, como Sam sempre fez. . .

-Eu não faço isso!-disse ele procurando meus olhos.-Está fazendo agora!

Ele sorriu pra mim.

-Mas eu quero fala com meus papais!

-Manu não pode agora. . .

-Pode deixar ela entrar Katty!

Ela abriu a porta e Sam fechou, Manu correu pra mim sentando no meu colo.

-Manu lembra quando você falou que queria que nossa família fosse maior?

-Hurum!

-Quero te apresentar seus tios, irmãos do seu papai Sam!

-Eu conheço o tio Kis e a tia ali . . . mas eu não sei o seu nome.

-Sou. . . seu tio Nathan!

-Sou a Manu!

-Estou imensamente feliz em te conhecer Manu.

Ela desceu do meu colo e segurou o rosto dele.

-Por que ta cholando tio?

-Por que você é tão linda . . . e fofa que faz meu coração feliz.

-Sola não lesolve os pobemas!

-Tem razão princesinha!

-Por quê não mostra a livraria pros seus tios?-perguntei.

-Quelem?

-Sim, por favor!-disse Nanda.

Nat e Nanda pegaram suas mãos. Cris abriu a porta e os acompanhou. Sam fechou a porta e se ajoelhou no chão em meio as minhas pernas. Esfregou as mãos em minhas coxas e eu suspirei aliviado. Passei a mão por seu rosto.

-Você está bem?-Sussurrei.

-Agora estou!-ele me beijou carinhosamente. -Eu não creio que meus irmãos tenham mentido. . . mas eu quero ter um plano B caso aconteça de. . .

-Não se preocupe meu amor eu sei que eles não mentiram!

-Só por precaução.

-Está bem depois a gente conversa sobre isso, agora eu preciso de você!-falei o puxando pra sentar no meu lugar e sentei em seu colo.  Sam me abraçou de um modo tão acolhedor que eu consegui acalmar meu coração junto ao dele.

Os irmãos da minha irmãWhere stories live. Discover now