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PEPPER

Senti a luz no sol iluminar todo o quarto de Antony, e consequentemente, abri os olhos. Não estava um dia ensolarado como na manhã anterior. O céu estava nublado e posso jurar que vi algumas g

Me senti com 17 anos novamente, acordando ao lado de Antony Stark depois de uma loongaa noite. Finalmente, dei a devida atenção que aquele quarto merecia. A enorme janela de vidro que dava para a linda vista de Nova York estava á minha direita, a cama perfeitamente bagunçada cheia de lençóis brancos ficava no centro do quarto. Decorações minimalistas por todo o cômodo, e duas portas em cada canto, provavelmente o banheiro e o closet. 

Olhei para a minha esquerda, e senti um deja vu. Antony de bruços com o lençol na sua cintura. Ah, visão dos céus.

Levantei, notando que não usava nada. Busquei pela minha calcinha e minha regata, as achando no chão. Caminhei até a janela, puxando as cortinas gigantescas.

Ouvi Antony suspirar, e olhei rapidamente para trás.

"Acho que esqueci de encostar a cortina ontem." A voz dele saiu rouca e baixa.

"Estávamos muito ocupados para lembrar da cortina." Falei e caminhei até ele.

Ele levantou o lençol, olhando para debaixo dele. Olhou para mim e riu.

Antony se esticou e pegou a peça íntima escura dele que estava jogada no chão. Se ergueu um pouco, a vestindo.

"Vem cá." Ele me puxou, e eu o abracei.

Eu não sabia se estava pronta para passar por aquela situação novamente. Sentir o calor de Antony perto do meu corpo, me acendeia e fazia qualquer barreira simplesmente cair.

Eu sabia que tinha tratado ele mal no dia anterior e vir passar a noite com ele e Peter fazia parte do meu plano para me desculpar. Uma coisa levou a outra, e eu acordei na cama dele.

Me aconcheguei mais em Antony e fechei os olhos. Eram momentos assim que eu gostava de ter com ele.

"Vou embora amanhã de noite." Ele disse do nada, interrompendo meus pensamentos.

Me afastei dele o bastante para conseguir o encarar.

"Pois é. Londres precisa de mim." Ele disse e eu assenti. "Não vai implorar para mim ficar?" Ele perguntou e eu ri.

"Você mesmo disse que nada te prende aqui. E outra, por que EU deveria te pedir isso?"

Ele me afastou e me olhou confuso.

"Então o que rolou ontem não significou nada para você?" Ele semi cerrou os olhos.

"Para você significou?" Contra respondi e ele se levantou bufando.

"Eu sou um iludido." Antony entrou na porta em que eu achei que fosse o banheiro. "Achei que o confuso da relação fosse eu."

Ele falou e eu joguei a cabeça para trás.

"Antony, eu só acho que.." Ele apareceu na porta, me interrompendo.

"Agora sou Antony? Por deus, você é tão confusa." Ele reclamou e voltou para o closet.

Suspirei.

"Veste isso. Lá fora está frio." Antony jogou uma calça legging preta e um moletom enorme.

"De quem é essa calça?" Levantei a peça e fiz careta.

"Sei lá. Deve ser de alguma mulher que dormiu comigo e ficou ai." Ele disse como se fosse algo normal.

"Não vou usar isso." Falei e ele deu de ombros.

"Quem vai passar frio é você." Ele disse vestindo uma calça cinza. "Se veste logo. Peter já já tá batendo aqui na porta." Ele disse entrando na outra porta.

Joguei meu corpo para frente e bufei.

Eu havia estragado tudo. E não podia culpar Antony, já que ele havia tentado conversar sobre nós.

Vesti a leggingpreta, rezando para que estivesse limpa e depois botei o casaco, sentindo o cheiro forte de Antony.

"Tio Tony?" Ouvi Peter do outro lado da porta. "Por que a porta está fechada?" Ele perguntou mexendo na maçaneta.

Fui até a porta e destranquei a porta.

Peter deitou a cabeça confuso e eu sorri.

"Bom dia, meu amor." Falei e ele sorriu.

"Bom dia, tia Pep." Ele disse e entrou no quarto, claramente já acostumado com aquele cômodo. "Onde o tio Tony está?" Ele perguntou entrando no closet.

"Bom dia, pirralho." Antony disse saindo do banheiro. "Como foi a noite?" Ele pegou Peter no colo.

"Foi boa. Eu vim aqui." Antony e eu nos olhamos surpresos. "Mas a porta tava trancada." Peter falou e deu de ombros.

"Ah, sim." Antony disse simples. "Está com fome? Que tal waffles?" Ele perguntou, já indo direção da porta.

Peter concordou animado e eu sorri.

Eu não estava acostumada a ver Antony com crianças, e era realmente adorável. Ele era todo cuidadoso e fazia o máximo para fazer Peter sorrir.

"Você vai embora agora?" Ele se virou para mim antes de sair do quarto.

Fiz uma careta. "Tá me mandando embora?" Coloquei a mão na cintura e brinquei.

Ele não respondeu. Antony não estava brincando.

"É. Acho que já vou." Respondi e sorri sem vontade.

"Já? Não quer comer waffles com a gente, tia?" Peter fez biquinho.

"Hoje não, meu amor." Falei e ele assentiu cabisbaixo.

Descemos e eu peguei minha bolsa que estava pendurada no gancho do hall da sala.

"Tchau, pequeno. Da próxima vez você pode passar a noite na minha casa, pode ser?" Me agachei na frente de Peter.

"Ok, tia." Ele sorriu e eu o abracei.

"Até a próxima, Antony." Falei e ele apenas balançou a cabeça, de longe.

E então fui em direção a porta, indo embora.

Torci para que Antony me chamasse para conversarmos e ficar tudo bem, ou até mesmo para comer os tais waffles. Mas nada aconteceu.

Corri em direção ao meu carro enquanto sentia gotas da chuva caindo no meu cabelo.

Demorei alguns minutos para ligar o carro e sair da garagem aberta de Antony.

Sabia que não voltaria ali tão cedo.

same old love | pepperony Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz