same old love | pepperony

028

PEPPER

As coisas realmente estavam indo bem. Antony vinha estado bem presente na empresa e estávamos mais próximos do que nunca.

"Ok. Preciso que você vá na reunião das 17h." Falei encarando meu tablet, em frente à Antony.

"Sim, senhora." Ele respondeu digitando algo no celular. "Vou no cinema hoje com Peter, quer ir?" Ele perguntou e eu o olhei com as sobrancelhas erguidas. "Sem segundas intenções. Juro"

Eu ri fraco.

Eu e ele tínhamos conversado sobre saideras e noites com Peter - que vinham ocorrendo bem frequentemente, logo, passávamos muito tempo juntos. - não iríamos nos beijar e nem nada. Apenas dois grande amigos agindo como bons padrinhos.

Peter não ajudava muito, e parecia que sabia que algo rolava entre mim e Antony.

Mas Antony tinha se mostrado muito respeitoso, se afastando ou mudando de assunto quando nos tornavamos a atração principal.

"Não sei se posso." Falei e ele deixou o celular de lado, me encarando, duvidando. "É sério, tenho  algumas coisas para fazer" 

Falei e dei de ombros. 

Antony se levantou e caminhou até a porta, depois me encarando.

"Te pego às 19h." Ele piscou e saiu da sala.

Suspirei e ri.

°°°
TONY

Pepper não atendia o interfone. Nem o celular. De forma alguma.

"Será que ela não está?" Peter perguntou e eu suspirei.

Apertei a campainha da entrada e o porteiro abriu.

"Boa noite." Ele sorriu e eu sorri de volta. "Possi ajudar?"

"Eu quero ir no AP 32 no bloco dois." Falei e ele assentiu, pegando o telefone. "Eu já tentei ligar lá. Sem respostas. Estou ficando preocupado." Avisei e o homem me olhou confuso.

"É a Srta. Potts, não é?" Assenti. "Você seria o que dela?"

Encarei Peter e depois voltei a encarar o homem de meia idade.

"Hm, namorado." Falei baixo.

"Não entendi." Ele disse.

Me aproximei. "Namorado." Falei baixo o suficiente para Peter não ouvir.

"Ah, namorados. É claro." O homem exclamou e Peter me olhou confuso.

"Você e a tia Pepper são namorados?" Ele me perguntou de olhos arregalados.

Não respondi. Continuei encarando o porteiro, esperando que ele nos deixasse passar.

"Podem ir." Ele sorriu e eu assenti, pegando na mão de Peter.

Caminhamos até o bloco de Pepper e quando chegamos no elevador, peguei meu afilhado no colo.

"Fique de boca bem caladinha sobre a conversa na portaria, hein." Ele balançou a cabeça assentindo.

Rapidamente, já estávamos em frente a porta de Pepper.