Truth Unravels | Irmãos Riddle +16

27 - Jantar

Uma tempestade invisível retumbou em minha cabeça, enquanto nuvens de pensamentos me consumiam. Pensamentos que consistiam principalmente de maneiras possíveis pelas quais eu poderia acabar me envergonhando.

- E se eu perder o equilíbrio nesses saltos? - Eu disse em voz alta preocupada.

- O que? - Draco questionou enquanto me ouvia divagar.

- E se eu cair de cara no jantar?

- Você não vai cair fa- - Draco tentou me tranquilizar antes que eu o interrompesse.

- Oh meu Deus, eu nem mesmo ensaiei minha introdução - Eu disse enquanto minha preocupação rapidamente se transformava em ansiedade.

- PARE - Draco exigiu antes de colocar as mãos no meu ombro, me segurando firme no lugar.

- É apenas um jantar simples com a mamãe. Você vai ficar bem -, ele disse suavemente enquanto olhava nos meus olhos assustados.

Respirei fundo, esperando inalar suas palavras de leve conforto e gravá-las em minha cabeça.

- Vou ficar bem -, repeti para mim mesma em um sussurro.

Continuamos descendo os longos caminhos, nos aproximando das gigantescas paredes que tão elegantemente abraçavam sua forte pedra.

Eu afundei sob as cores escuras da Mansão.

Fiquei a poucos metros de distância das longas portas que eram conhecidas por serem a entrada para a Mansão Malfoy. Enquanto isso, Draco caminhava à minha frente se aproximando da porta e batendo nela.

- Sr. Malfoy -, disse uma voz suave seguindo o guincho da porta da frente se abrindo.

- Shyla - Draco respondeu gentilmente enquanto se abaixava para cumprimentar o elfo doméstico.

Eu observei a pequena figura abaixo de mim, suas pernas tremendo levemente enquanto ela ficava ali sob o olhar de Draco. Ela conseguiu lançar um sorriso suave para mim e eu gentilmente retribuí o gesto.

Nunca entendi a ideia de um elfo doméstico.

Parecia totalmente desumano para mim.

- Este é S/N.. senhor? - Shyla questionou em um tom ligeiramente acima de um sussurro.

Enviei a Shyla um sorriso caloroso antes de me abaixar para apertar sua mão. Era como a mão de um recém-nascido, macia e pequena.

- Sim, de fato. - Draco respondeu conseguindo fazer sua voz o mais gentil possível, o que era estranho de ouvir, já que ele era o oposto de todos os outros.

A elfa doméstica não respondeu, ela simplesmente acenou com a cabeça e abriu mais a porta para deixar Draco e eu passarmos.

Eu pisei um pé simples dentro da casa e consegui ouvir o eco dos meus passos ressoar pela sala vazia. As paredes escuras, a vibração em branco e uma sensação de solidão persistente dentro da casa.

- Ah, Draco querido -, falou uma voz suave do corredor.

Virei minha cabeça para encontrar os olhos de uma mulher. Listras douradas brilhando sob seu cabelo escuro, um simples raio de luz envolvendo sua aura gentil. Olhos amáveis ​​fixaram-se no garoto loiro platinado que agora estava na frente dela. Ela o puxou para um abraço profundo, o calor de seu toque irradiando uma energia milagrosa dentro do corredor escuro, sem esforço mudando a vibração para melhor.

Draco elevou-se sobre sua mãe e envolveu seus longos braços ao redor dela enquanto descansava o queixo em sua cabeça.

Eu observei os dois com admiração quando percebi o quanto o menino Draco realmente era. Foi adorável.