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Você de e eu de , olhando o mesmo céu. Que distância cruel...

 Que distância cruel

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Julie's PoV

—Sim! Esse é meu apelido. Como você sabe?– ele pergunta ainda de olho na estrada. Mas é claro! Depois de... o que? Cinco anos? Óbvio que ele não me reconheceria.

Vocês não devem estar entendendo nada né? Eu explico.

O Nick era meu amigo de infância. A mãe dele é mexicana, e casou com um americano. Sempre fomos muito próximos, justamente porque nós éramos praticamente os únicos do nosso grupo de amigos que sabíamos falar espanhol. Então a gente ficava se comunicando em espanhol, deixando os professores e alguns colegas nossos furiosos e confusos. Era nossa língua secreta.

E como toda garota de 13 anos, foi inevitável me apaixonar por ele. Mas tinha toda aquela coisa de não poder namorar, porque eu tava prometida ao Luke e o Nick era... o Nick. Era um cara descolado, amigo de todo mundo enquanto eu era apenas Julie Molina, sua melhor amiga tímida e nerd.

Eu literalmente escrevia nossos nomes no meu caderno. Nick+Julie e um coração. Mas rasgava o papel e colocava fora assim que um professor se aproximava. E chegava a imaginar a gente casado, com dois filhos e um hamster. É, um pouco tosco mas dêem um desconto, eu tinha doze anos.

Ele foi embora de Los Angeles quando tínhamos quatorze anos  pra morar em Nova York, e eu tinha me esquecido disso completamente. Até ele aparecer na minha frente com uma coincidência muito grande.

— Não acredito que não lembra de mim, Nick Picknick Nickelodeon!– digo rindo. Então ele se toca.

— Não! Só tinha uma pessoa que me chamava assim! Julie Mola Maluca Molina! Jujuba! É você mesmo? Sabia que conhecia esse nome!– ele diz e se vira pra mim quando paramos no sinal.

— Em carne e osso!– digo.

— Quanto tempo Julie!– ele diz.

— Bastante! E que coincidência a gente se encontrar logo aqui!– digo– Numa cidade gigante como Nova York!

— Realmente! Às vezes é o destino né?– ele diz e sorrio ao pensar nisso.

Íamos começar a conversar, mas infelizmente chegamos na estação!

— Ah, eu queria continuar conversando com você!– digo.

— Eu também! E se fizermos assim: você me dá o dinheiro da corrida até a estação, e eu te levo até a sua casa, como uma carona! Que tal?

— Eu moro no Brooklyn!– digo

— Faço corridas pra lá todo dia! Aceita?

— Tá bom!– digo e dou a ele o dinheiro da corrida.— Não vai me sequestrar não né?

Worlds Collide 2 | Juke Where stories live. Discover now