16 - Esqueci uma coisa (+18)

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ALERTA HOT **

AMORA

Acordei às 4h da manhã, extremamente renovada. Em fim tinha colocado meu sono em dia. Liguei as luzes, coloquei um short de lycra e blusa de manga, abri as cortinas do quarto, expondo a escuridão de um dia que ainda não raiou, fui até a sala e estiquei meu tapete de treino no chão. Por mais que estivesse tirando um tempo de férias do Pole, não daria o mole de perder o costume de treinar. Era necessário deixar o corpo constantemente acordado.

Coloquei uma música animada, em volume baixo. Era uma ótima forma de me concentrar. Enquanto esticava o corpo, ouvi algumas batidas na porta. Reviro os olhos e ignoro, afinal, por mais que fosse madrugada, a música que saía de meu aparelho estava em um volume muito baixo.

Depois de um tempo as batidas pararam, mas a maçaneta girou da mesma forma. Meu corpo congelou durante alguns segundos, mas logo percebi que era um rosto conhecido entrando. Henrique.

- Cara, são quatro da matina. Tem mesmo necessidade de ficar com essa porra alta? - pergunta, com as mãos na cintura.

- Ah cara, não enche - rviro os olhos e volto a me alongar.

Henrique encara meus movimentos como se estivesse hipnotizado.

- Se você quiser, gravo um vídeo e te mando por mensagem - sorrio, enquanto estou de quatro, tocando minha coluna com o pé.

Henrique olha para o teto e dá um sorrisinho de lado, envergonhado.

- Você é muito idiota, garota.

Paro de me exercitar, levanto e ando em sua direção.

- O que você vai fazer? - pergunta, confuso.

- Se você quer tanto olhar... - jogo meus braços ao redor de seu pescoço - Por que não toca? - cochicho em seu ouvido.

- Garota! - me afasta - Você está toda fodida! - dá uma gargalhada - Acha mesmo que aguentaria uma sessão de sexo? - cruza os braços e me encara.

- Pelo amor de Deus, Henrique... -reviro os olhos - Isso foi broxante.

- Não vim por sexo, e sim para pedir que abaixe essa porra! - aponta para o som.

Emburrada, pego o celular que havia deixado ao lado do tapete e desligo a música que estava ligado à caixa de som.

- Satisfeito? - apoio o corpo sobre uma só perna e cruzo os braços.

- Obrigado e até mais tarde. Vê se não se atrasa. - me encara durante alguns segundos e sai.

Como o cara atencioso que havia conversado comigo a noite anterior se tornou aquele enjoado em menos de vinte e quatro horas? Sinceramente, não conseguia entender.

Voltei ao meu tapete e comecei o alongamento novamente. Quando estava pegando o ritmo, ouço batidas à porta. Porra, não era possível. O único barulho que vinha do meu apartamento era por conta do zunido de algum mosquito. Sem dúvidas Henrique era o vizinho mais enjoado de toda a face da terra.

Ando emburrada até a porta, e abro violentamente.

- Caralho Henrique, o que foi? - pergunto, irritada. Se estivéssemos em algum desenho animado, sem dúvidas fumaça sairia de minhas narinas nesse momento.

- Esqueci uma coisa - me encara, sério.

- O que? - coloco as mãos na cintura e bato o pé impacientemente no chão.

- Isso - o homem me puxa pela nuca e beija meus lábios tão intensamente que era como se o mundo parasse, só para aquele momento existir.

Senti todo o meu corpo arrepiar com sua aproximação, e num só impulso, puxo Henrique para dentro, e bato a porta, sem sequer olhar para trás. Era impressionante como os movimentos de nossas línguas pareciam ser sincronizados.

Suas mãos escorregavam pelo meu corpo e lentamente arrancavam minha blusa, tornando nosso contato cada vez mais intenso. Henrique me joga contra parede e amarra minhas pernas contra sua cintura. Enquanto parávamos em um breve momento para retomar o fôlego, encaro seus olhos cor de esmeralda.

- Pensei que aquela seria a única e última vez - sorrio, suspirando.

- Quem queríamos enganar? - pergunta, me puxando novamente pela nuca contra seus lábios.

Henrique me carrega até o quarto, onde me joga na cama e tira a blusa que tampava suas inúmeras tatuagens. Admito que aprecio cada detalhe da visão.

Ele percorre minhas coxas com a língua e, quando chega perto do short, puxa vagarosamente, o que me deixou mais excitada do que pensei que fosse possível. A sensação de ser provocada até o limite era novo para mim, e, para ser sincera, era algo interessante de ser sentido.

Assim que me deixa apenas de langerie e top, Henrique puxa a calcinha para o lado e sente como suas provocações estavam gerando o efeito que ele esperava. Minha buceta estava completamente úmida. Não conseguia pensar em outra coisa além de sua língua dançando em minha intimidade, provocando um longo orgasmo como da última vez.

Cheguei à conclusão de que minha transa com Lucas serviu apenas como porta de entrada para o mundo sexual. Sinceramente, jamais me perdoaria por negar essas sensações por uma convicção ultrapassada como que tinha antigamente.

Além de usar a língua, Henrique contava com a ajuda dos dedos, o que me fazia revirar os olhos sem ao menos precisar fazer esforço. Era impressionante como ele acertava meu clitóris em cheio. Sei que não era o momento de pensar nisso, mas sem dúvidas Lucas precisava de umas aulinhas com ele.

Mordo meus lábios e sinto um leve tremor alcançar minhas pernas. Já não conseguia mais gemer baixo. Gritos de prazer arranhavam minha garganta e foi impossível não os soltar quando orgasmo me atingiu. O homem ficou um pouco desnorteado quando escutou aquela sinfonia juntamente a suplicas de "ME FODE HENRIQUE, ME FODE".

Ele respirou fundo e, da onde eu estava, sua ereção na calça de moletom era mais que visível. Sem que ele pedisse, virei de costas e fiquei de quatro, apenas para lhe proporcionar o prazer que merecia após me fazer gozar daquela forma.

Indiquei que o preservativo estava dentro de minha escrivaninha e, após o colocar, Henrique estocou com tanta vontade que vi estrelas. Ele soltava aqueles gemidos arranhados que eram como a mais bela melodia para meus ouvidos.

O homem puxou minha cabeça pela nuca, me fazendo olhar em seus olhos quando estava prestes a gozar. Antes de chegar ao ápice, Henrique encarou no fundo dos meus olhos e gemeu com vontade algo que realmente mexeu comigo.

- Amora, você vai ser minha.

Ali percebi que não dava mais para fingir que nada havia acontecido. Além de nos entendermos muito bem em assuntos cotidianos, o sexo era surreal. Resumindo: estávamos fodidos, e, nesse caso, não era no bom sentido.

Doce como Amora ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora