Uma deusa.

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Oi meu povo que come pão com ovo...

Capítulo fresquim procês...Espero que gostem, a gente se vê lá embaixo...



Eu estava cansada.

Era minha melhor definição.

Estava cansada.

Os últimos meses passaram de forma alucinante, Dabilla estava mesmo grávida, e eu estava me empenhando, todos os dias, em garantir que ela continuasse na mesma condição.

Então havia feito uma dieta extremamente rígida com ela, além de mantê-la deitada no máximo de tempo possível, toda vez que levantava, era para caminhadas curtas e banhos de sol. Durante toda a gravidez, Dabilla foi como uma senhora, com servas em seus aposentos durante todos os dias e todas as noites, garantindo que ela tivesse assistência sempre que fosse necessário.

Em contrapartida, dois dias depois de Sanyia chegar, Annabelle entrou em trabalho de parto, precisei ajuda-la e nada, nada nesse mundo me deixou tão emocionada quanto ajudar minha irmã mais velha. Foi como se nossos antigos laços fossem atados novamente, e não havia nada que nos separasse. Ela deu à luz a um menininho saudável e rechonchudo, minha irmã se recusou a escolher um nome para ele, até que o marido chegasse.

Mas conseguia sentir, de forma palpável todo o imenso amor que ela transmitiu para o pequeno ser. Os irmãos cercaram o menino minutos depois do nascimento, e haviam mãos demais tocando Anne e o bebê.

Quando o rei chegou, nem mesmo se deu ao trabalho de trocar de roupa antes de literalmente correr até os aposentos de Annabelle.

Vi quando ele se ajoelhou diante dela, segurou sua mão e abençoou sua família, que agora ganhara um novo membro, e então nomeou seu filho "Ravi".

Pisquei quando Dabilla resmungou baixinho que não era uma invalida.

A barriga dela estava com uma pequena protuberância dos 5 meses. Quando ela me disse, tempos antes, que não conseguia manter a gravidez, não estava mentindo, pois, mantê-la grávida havia se tornado um desafio e tanto. Seu útero era muito sensível, e eu temia que ela não conseguisse levar a gravidez até o fim, só estava torcendo para que a criança fosse grande o bastante quando o parto viesse.

- Não se mexa. - Pedi. - Precisa ficar algumas horas com as pernas para cima.

Ultimamente, estava mantendo ela cuidadosamente hidratada, alimentada e vitaminada, tudo na medida certa, com exceção, no entanto, aos desejos que ela, vez ou outra sentia.

Dabilla, apesar de meus esforços, parecia pálida, e se cansava muito facilmente.

Ela não questionou quando uma serva colocou travesseiros debaixo de suas pernas.

Eu a deixei descansar um pouco e fui para os aposentos de Annabelle, queria ver meu sobrinho e descarregar um pouco daquela aura pesada que se mantinha diante da responsabilidade que eu havia assumido como minha.

- Você não entende. - A voz de Sarina ecoava perto da porta. - Ele está agindo como um bebê, a perna dele já está boa, e mesmo assim se recusa a se levantar, ou fazer qualquer coisa.

Entrei, conforme me aproximei encontrei as mulheres sentadas na cama de Annabelle, Sarina com o pequeno Ren no colo, Anne embalando Ravi. Maya estava adormecida nos lençóis.

Assim que me viu, minha irmã fez um sinal para que eu me aproximasse.

Sarina virou a cabeça e me olhou, sorrindo.

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