Um material mais duro.

2.8K 345 236
                                    


Consegui cumprir uma promessa, caraca, tô em choque kkkkkkkkkkkk

OLÁ MEU POVO QUE COME PÃO COM OVOOOOO

Tomei um gás esses últimos dias e tô muito feliz que consegui escrever, espero que gostem, estamos chegando em um capítulo TENSO demais.


Capítulo dedicado a leitora que falou sobre minha falta de respeito pelo meu bloqueio, como se eu estivesse fazendo isso de propósito, e ainda de quebra deixou bem claro que na opinião dela, Flor da Índia tem capítulos DEMAIS.

Beijinhos bebê...


Passei o resto do dia nos meus aposentos.

Os criados chegaram alguns minutos depois que Dabilla saiu, e arrumaram minhas coisas rapidamente, não sem antes me lançarem olhares mortais, como se eu fosse uma criminosa, penso que minha fama havia se alastrado pelo palácio mais rápido do que eu poderia controlar.

Mas quando todos se foram e os aposentos ficaram vazios, me senti sinceramente solitária.

Então tirei aquele vestido pesado e me deitei ao lado da minha filha, ela dormiu muito bem por umas duas horas, mas acordou irritada e não queria comer, podia entender, ela nascera em uma caravela e toda a sua realidade até ali havia sido baseada no balanço do mar, se para mim, que era adulta era difícil, não conseguia imaginar como estava seu organismo naquele momento.

Quando uma criada entrou para pegar os vestidos que estavam mofados ou que haviam se estragado, pedi que me trouxesse água morna, peguei algumas folhas de camomila em minha valise, e dei a Ivis. Surpreendentemente funcionou mais rápido do que eu imaginara.

Naveem voltou pouco depois do anoitecer, ele trouxe uma aia e me informou que o nome dela era Irma, ela cuidaria de Ivis sempre que nós precisássemos. Era uma senhora de idade, bem miúda, de aparência gentil, que falava baixo tinha movimentos lentos, mas se apaixonou por nossa filha assim que a viu, e ficou dizendo a Naveen como ela se parecia com os outros filhos dele, quando eram crianças.

Era engraçado ver as pessoas comparando minha filha com Naveen pelo simples fato de não se parecer nada comigo, além dos olhos, é claro, no entanto, melhor ainda, era ver o peito do meu marido se encher de orgulho com as comparações, enquanto ele concordava veementemente.

Naquela mesma noite eu conheci seus filhos, e não demorou mais do que cinco minutos para eu perceber que eles me odiavam.

Ajay tinha nove anos e era uma cópia fiel do pai, o mesmo tom de pele, os cabelos escuros, os olhos de chocolate, enquanto Kamal de apenas 7 possuía a pele um pouco mais clara, seus cabelos eram grandes cachos marrons, e seus olhos de um mel brilhoso.

Tentei sorrir e ser simpática, mas fui recebida com uma fria cortesia da parte de ambos, é claro que eu não esperava que eles fossem me amar logo de cara, só estava torcendo para que nosso relacionamento melhorasse com o passar dos dias. Era visível a devoção que tinham pelo pai, seus olhos brilhavam em admiração enquanto Naveen lhes falava sobre a Inglaterra.

Naquela noite, enquanto me preparava para dormir, percebi o quão solitário aquele país poderia ser, Naveen estava ao meu lado, lendo alguns memorandos que o conselho lhe dera, sobre tudo de relevante que havia acontecido na ausência do rei.

Ele só saiu de seu transe no trabalho quando a aia chegou com Ivis, eu a amamentei, e ambos lhes demos um beijo de boa noite, Naveen havia me dito que as crianças dormiam com suas babás, no harém, eu não quis discutir isso logo na primeira noite, mas sabia que dificilmente dormiria bem sem minha filha.

Acima de tudo Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt