Capítulo 18

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- Cara, isso é o máximo!

- Sabia que você ia gostar!

- Glória Senhor! Ainda resta esperança para essa múmia – ele foi me levando até um grupo de pessoas que estavam acenando pra gente – E aí, meu povo? – ele foi cumprimentando todo mundo, eram umas 10 pessoas ou mais – Galerinha, esse é o Cadu, um parceiro meu.

- Huuuum, parceirinho novo? – Uma menina perguntou em um tom que eu achei estranho e já antipatizei com ela.

- É, ele é meu amigo. Trabalhamos juntos.

- E aí, Cadu? Prazer, sou a Rebecca – ela me deu um beijinho no rosto

- Prazer, Rebecca.

- Nossa, cheiroso, educado... quer casar?

- Sossega o facho, Becca. Cadu tem namorada e ele é um senhorzinho de 80 anos. – ele disse caindo na gargalhada como um retardado e como só ele saberia rir

- Que pena, os melhores sempre são comprometidos ou viados. – se ela soubesse que eu era os dois...

O pessoal foi se apresentando e eu fui conhecendo todos os amigos do Rui e a impressão que eu tive é que todos tinham uns parafusos soltos igual ao Rui, mas eu me identifiquei mais com a Rebecca e durante a noite, eu soube que de todos ela era a mais próxima a ele. Rui começou a dançar e assim como o Edu ele pedia insistentemente para eu me soltar. Mas, percebendo que eu não levava muito jeito naquele estilo de música, eu me afastei um pouquinho e a Rebecca veio atrás de mim.

- Não sabe dançar?

- Sabe o cabo da vassoura? Pois é, eu sou igualzinho – eu disse rindo

- Ah, e só deixar o corpo seguir o ritmo da música...

- Já ouvi esse conselho, o problema é que eu acho que meu corpo é meio surdo. – nós dois rimos

- Você é namorado dele?

- De quem?

- Do Rui!

- O Rui é gay? – eu quase enfartei

- Mais ou menos...

- Tô passado...

- Tô ferrada! Você não sabia?

- Nem sonhava com isso!

- E tem algum problema?

- Não, nenhum, pode apostar. Gente, o Rui é gay! – eu disse ainda impactado

- Ele não é beeeeem gay, ele curte tanto meninas quanto meninos.

- Adorei ter um amigo viado! – eu disse rindo

- Rui quase nunca erra nos amigos que ele escolhe, apesar dele ser "amigo - ela fez aspas com os dedos - daquele povo ali - ela apontou para o grupo de pessoas que o Rui tinha falado assim que chegamos no Baile

- Vocês são muito amigos?

- Somos! Nos conhecemos há muitos anos, desde criança, na verdade.

- Que legal!

Rui veio até nós.

- Vamos dançar, galera! – ele saiu me puxando e a Rebecca veio junto

- Não, Rui. Não, não. Não sei dançar isso

- Que não sabe dançar nada... vamos! Mexe esse corpo lindo – agora o papo de falar que eu era bonito fazia total sentido, eu tinha achado estranho (naquela época um homem falar em público que o outro era bonito era homossexualidade na certa, hoje está um tiquinho diferente).

Amor que nunca acabará - PARTE 1Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz