Capítulo 44

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- Não tem nenhuma academia lá perto da Universidade?

- Deve ter...

- Você poderia procurar e malhar lá.

- Mas eu queria malhar com você.

- Aí, eu poderia malhar aos sábados com você. Ou você vinha na nossa academia, ou eu ia na sua.

- Não é o que eu queria, mas fazer o que, né?

- É o que dá pra gente fazer no momento. Ah, você vai comigo na UPA?

- O que você vai fazer lá? Está doente?

- Não, é que o Gustavo disse para eu procurar um nutricionista. Disse que é para eu comer mais carne, frango e ovo.

- Para ganhar massa magra, né?

- Isso! Como você sabe?

- Eu curso nutrição, esqueceu?

- Esqueci! - eu disse com um baita sorriso sem graça no rosto

- Eu vou com você, sim. Só não preparo sua dieta porque não sinto segurança ainda. Mas posso te ajudar com algumas dicas. Você quer ir quando lá na UPA?

- Não sei, ainda tenho que ver se podem me liberar lá no trabalho, senão vou ter que esperar uma folga minha.

- Então, você me avisa.

- Aviso, sim!

- Sua prova está chegando, né?

- Está, daqui umas semanas eu já faço essa bendita.

- Você está pronto?

- Acho que sim.

- Nervoso?

- Muito!

- Quer ajuda para estudar?

- Você é perfeito!

- Não sou, não. Eu sou interesseiro! - ele disse me apertando - Eu quero você lá na Universidade, assim vou poder te ver mais, te beijar mais...

- Aaah, então é isso é?

- Claro! - ele sorriu e me apertou mais

- Eu vou ficar com saudade dessa tranquilidade. - eu disse

- Eu também!

- Não esquece que a gente não pode cair na pilha do Diego, viu?

- Eu sei, eu sei... mas eu também sei que minha mão vai coçar para estourar a cara dele.

- E você vai controlar essa mão com todas as suas forças.

- Eu sei! Você tem falado com a sua tia? Nunca mais você falou dela.

- Não tenho conseguido, tô achando até estranho. Eu só falo com ela rapidinho por mensagens, quando eu consigo. Ela deve estar cuidando da mudança.

- Que mudança?

- Eu não te contei?

- Acho que não...

- Ela vai se mudar da nossa cidade.

- Pra cá?

- Não sei... Na verdade, nem ela sabia. Ela estava atrás de um apartamento em Teresópolis ou em São Paulo onde o filho dela mora.

- Seu primo? Você nunca fala dele...

- A gente não é muito próximo.

- Como isso é possível?

Amor que nunca acabará - PARTE 1Where stories live. Discover now