Capítulo 28

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- Então, a gente ainda não tem certeza se vai. Tudo vai depender se a dona Carmem vai deixar o Rui dormir lá na pensão.

- Em qual boate vocês vão?

- É uma boate que o Edu sempre vai, fica perto da Lapa.

- Problema resolvido, então, todo mundo dorme lá em casa. Olha que lindo!

- Eu te amo de um tanto que você não faz ideia - eu disse para ela

Ela acabava de resolver um problema que eu vinha há dias tentando resolver e não conseguia. Ela se levantou para comprar mais porcarias.

- Cadu, ela come sempre assim?

- Come! – eu caí na gargalhada

- Caraca, ela não passa mal, não?

- De jeito nenhum! O estômago dela já deve estar adaptado, já é resistente a tanta porcaria.

- Do que é que vocês estão rindo?

- De você – eu disse rindo

- De mim?

- É só ele que tá rindo de você, Luh – Rui disse controlando o riso

- Fala viado, o que foi?

- Amiga, você ainda não parou de comer desde que chegou.

- Aaaah, isso é só um lanchinho. Deixem de bobeira.

- Misericórdia – eu ouvi o Rui falar baixinho

Depois de arrancar a Luh da praça de alimentação, a gente ainda ficou andando pelo shopping e fomos de loja em loja vendo as novidades que a gente, obviamente, não podia comprar. A gente fazia uma festa, experimentávamos roupas que nunca iríamos comprar, provávamos perfumes caríssimos e falávamos muita, mas muita besteira. Luh e Rui se aproximaram bastante, mas como ela dizia que não queria nada com ele, era só amizade mesmo.

- MENINO DO CÉU!! O QUE É ISSO NO TEU PESCOÇO? E NO TEU CORPO? – Ela gritou no provador igual uma maluca

- Não é nada, para de gritar.

- ESPERA, ESPERA, ESPERA... O EDU TAMBÉM TEM ESSAS MANCHAS ROXAS.

- Eu sei! Para de gritar!

- Viaaaaaaaaaaaaado, foi você quem fez as roxuras nele e ele fez em você, é claro. – ela dizia isso como se tivesse encontrado o resultado para uma fórmula matemática muito complexa.

- É claro, né Luh? Quem mais faria isso nele? – eu ri do jeito que ela falava

- Mas gente, quem olha tua carinha não diz nada...

- Eu disse a mesma coisa! – Rui disse saindo de uma cabine – são carinhas bonitinhas igual a do Cadu que fazem o sexo mais quente que existe.

- Adorei! – Luh disse após ouvir a teoria do Rui

- Menino, mas você tá todo roxo. – ela dizia me virando e olhando todo o meu corpo – E muito gostosinho, aaah se não fosse namorado do meu amigo e gostasse de pepeka, claro. Olha essa bunda gostosinha – ela apertou minha bunda – ela é durinha. Gente, Edu deve se acabar aqui. Eu me acabaria!

- Você não regula muito bem não, Luh.

- Tô passada! Passadíssima!

- Eu fiquei do mesmo jeito! – Rui disse

- Vocês poderiam parar? – minha cara estava vermelha de tanta vergonha

- Menino do céu! Por isso o Edu estava errando tudo no laboratório nos últimos dias.

Amor que nunca acabará - PARTE 1Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora