Meu Coroa

Capítulo 11

- Brenda Narrando -

1 semana sem conseguir falar com o Marcelo, fiquei sem celular e piorou tudo, mas ele sabe aonde eu moro e sabe aonde me encontrar, se não me achou é porque não quis. Tinha terminado de arrumar umas coisas da minha avó já que ela iria viajar com o meu tio, ela estava doida já que o tratamento estava em pausa e ela podia curtir mais.

- Caralho, Alex! Você me estressa num grau - reclamei pro meu tio, nós tínhamos uma relação de irmãos já que fomos criados juntos.

Quem olha pra ele nem dá nada mas o filho da puta é inteligente e ainda é professor universitário, banca minha avó e vive me dando as coisas, até tentou dar outra casa pra minha ela mas a bonita não quer sair daqui pra nada mas também reforma essa casa a cada 6 meses.

- Você é egoísta - falou tentando pegar outra azeitona mas eu dei um tapão na mão dele

- Daqui a pouco não vai ter azeitona pro fricassê - reclamei e ele se afastou

- E aí? Vai voltar pra faculdade não? - perguntou se encostando na mesa

- Vou voltar agora em agosto - falei olhando a panela do arroz

- Já sabe que se precisar é só me dá um toque - falou me olhando

- Eu sei, cara - falei rindo

- Não quer mesmo outro celular? Compro pra você hoje - perguntou puxando uma cadeira e sentou

- Não precisa mesmo, vou comprar essa semana ainda - falei sorrindo e desliguei o fogo - Acabou mesmo com a Karen?

- Já não estava dando certo e antes que eu vacilasse com ela preferi terminar - falou mexendo no celular

- Tá certo pô, mas eu gostava dela - falei colocando na travessa e coloquei no forno

- Ainda vão se ver muito, afinal temos o Luan - lembrou e eu sorri quando ele falou do meu afilhado

- Vou pegar ele um sábado desse - falei sorrindo

- Pega mesmo, ele tá terrível - falou rindo - Brendinha, não tá pegando ninguém não? - perguntou curioso

- Eu não sei, cara - falei confusa

- Como assim? - perguntou confuso e eu expliquei - 56 anos? Porra, Brenda! - falou assustado

- Algum problema? - perguntei cruzando os braços

- Não - falou rindo e eu fiquei encarando - Cara, o pau dele não deve nem levantar mais

- Pior que levanta - contei nos detalhes, com o Alex não tem esse problema

- Que nojo - falou fazendo careta - Mas pô não fica encanada não, ele até pode ter te comido e metido o pé mas pode ter acontecido algo

- Eu pensei nisso também e por isso tô de boa - falei sorrindo de lado e desliguei o forno

- Tá pronto? - perguntou alisando a barriga

- Sim, vai lá chamar a velha - falei

- Ela tá fazendo o que? Tá quietinha - falou rindo já que minha avó falava pra caralho

- As velharias do viva - falei e ele riu

Um pouco depois que o Alex saiu com a minha avó o Nandinho chegou aqui com a Mayara.

- Cadê a vó? - minha amiga perguntou se jogando no sofá

- Foi viajar com o Alex - falei e ela abriu maior olhão

- Aquele gostoso veio aqui e você não me avisou? - perguntou sem acreditar e tacou uma almofada em mim

- E eu tinha que avisar? - perguntei rindo

- Lógico que sim, quero sempre olhar pra aquela carinha dele e quem sabe ele me notar - falou explicando e o Nandinho veio da cozinha comendo mousse de maracujá

- Amor, ele te nota, até porque você é piranha. Mas vocês nunca vão ter nada porque você é piranha - falou como se fosse óbvio e se sentou cruzando as pernas

- Deixa de ser escroto hein viado - reclamou e eu ri dela

- Da próxima vez eu te aviso - falei e ela sorriu animada

- E o bofe grisalho? - Nandinho perguntou comendo

- Tem uma semana que não vejo ele, Alex falou que pode ter acontecido algo mas não sei - falei chateada

- Ai meu Deus! - minha amiga gritou - Será que ele infartou ou teve derrame? - perguntou e eu me assustei - Ele é velho, gente

- Espero que não - falei baixo

- Porra, estranha! Quem mandou você falar isso? - gritou

- Ai Desculpa - falou colocando a mão na boca

- Eu acho que não foi isso - falei tentando me convencer - Vamos mudar de assunto e o bofe motorista?

- Tô dando uma ignorada nele pra ele valorizar meu passe - falou sorrindo

- Vai valorizar o que aí? - perguntei rindo

- Para de me xoxar, piranha - reclamou e foi tentar comer a mousse do Nandinho

- Para, vagabunda! - falou empurrando ela - Eu devia deixar você comeu mas eu sou muito boa

- Isso é ser boa? - perguntei rindo

- Sim, porque eu chupei o meu bofe antes de vim - falou dando de ombros e fizemos careta

- Ridículo você - falei me levantando - Vem pegar, amiga