Capítulo 74

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- Marcelo Narrando -

Tinha tido uma discussão boba com a Brenda, tão boba que nem lembro mais o motivo. Estava jantando com os meus filhos quando meu celular tocou e vi que era o segurança da Brenda, atendi na hora e já fiquei com raiva.

- O que foi? - Felipe perguntou curioso

- Vou precisar sair - falei rápido e saí sem esperar resposta, dirigi igual um maluco pra casa da Brenda, cheguei lá um segurança logo veio falar comigo

- O cara já está no galpão - falou sério

- Depois vou conversar com vocês - falei sério e fui em direção ao portão, toquei a campainha e não demorou nada pra ela atender

- Eu não sei o que te falaram mas eu não fiz nada, foi tudo muito rápido e eu logo empurrei ele e ainda dei um tapa - falou tudo rápido - Acredita em mim

- Ei, eu acredito em você - falei sério - Nunca que iria desconfiar de ti

- Sério? - perguntou aliviada e me abraçou

- Lógico que é, amor - falei calmo apertando ela no abraço - Ele te machucou? - perguntei preocupado

- Não, na hora que eu empurrei os seguranças tiraram ele - falou me olhando e eu dei um selinho demorado nela

- Eu vou ter que ir resolver isso - falei e ela negou com a cabeça

- Não faz besteira, por favor - pediu séria

- Só vou fazer o necessário - falei e ela respirou fundo

- Toma cuidado então - falou me dando vários selinhos - Vem pra cá depois

- Venho sim - afirmei e saí

Cheguei no galpão e não me surpreendi quando vi o cara do supermercado. Ele estava sentado em um cadeira com as mãos amarradas.

- Quem vai me explicar o que aconteceu? - perguntei sério

- Nós estávamos como sempre vigiando o perímetro e de olho em quem se aproximava da senhora e da casa dela. Ele chegou lá, ela saiu e começaram a conversar, até que começou uma discussão e entramos em alerta. Quando vimos ele agarrou a senhora e tentou beijar mas ela logo meteu um tapa na cara dele - o chefe de segurança da Brenda falou e eu assenti

- E ele machucou ou tentou? - perguntei puxando uma cadeira e sentando cara a cara com ele

- Não, antes dele pensar chegamos - falou sério

- Agora é comigo - falei e eles se afastaram - Nunca te explicaram que não é deve agarrar uma mulher a força?

- Eu não fiz nada, ela que deu uma de maluca - falou com raiva

- Você está chamando a minha mulher de maluca? - perguntei cruzando os braços

- Sua mulher? - perguntou debochado - Percebi que você tem grana e ela só está contigo por isso

- É mesmo? - perguntei rindo - Por dinheiro ou não é comigo que ela está e você tem que respeitar ela

- E quem é você pra me obrigar a fazer isso? Você é um velho - gritou na minha cara e eu peguei uma faca que sempre carrega no bolso

- Eu sou um velho - afirmei e rasguei a bermuda dele

- Tá maluco? - perguntou tentando se esquivar

- Maluco ficou você quando agarrou a minha mulher - falei sério e ele engoliu a seco - Só vou deixar um lembrete pra você nunca mais tentar olhar na direção dela e se mesmo assim você cismar com ela eu vou fazer muito pior - falei seco olhando nos olhos dele e percebi que ele estava se tremendo

Finquei a faca na coxa dele e escrevi um G em tamanho médio, ele gritava, xingava e tentava se soltar.

- Eu vou te denunciar - gritou com o rosto vermelho e resmungava de dor

- Tem certeza Maurício Oliveira - falei rindo e ele me olhou assustado - Morador de Caxias, tem 23 anos, mora com os pais, cheira como quem bebe água e cursa administração

- Como você sabe dessas coisas? - perguntou assustado

- Tenta denunciar que você vai se arrepender de ter pensado nisso - falei me levantando - Larga esse lixo em algum depósito de esgoto

- Sim, chefe - falaram e eu me levantei saindo

Meu Coroa Where stories live. Discover now