Capítulo 88

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- Brenda Narrando -

Assim que eu larguei da faculdade fui em uma lanchonete, estava morrendo de fome. Estava com uma sensação esquisita como se alguém tivesse me seguindo e não era nenhum segurança. Fiz o meu pedido e percebi um homem estranho me observando. Peguei meu celular e liguei na hora pro Marcelo.

- Ligação On -

Brenda: Onde você está, meu bem? - perguntei assim que ele atendeu

Marcelo: Saindo da empresa, porquê? - perguntou calmo

Brenda: Eu tô na lanchonete perto da faculdade e tem um homem estranho me olhando - falei baixo e tomei um pouco do suco - E eu percebi alguém me seguindo

Marcelo: Cadê os seguranças? - perguntou sério

Brenda: Tão lá fora e eu tô com medo de levantar e acontecer algo - confessei baixo

Marcelo: Fica calma que eu vou resolver isso - falou calmo - Te amo

Brenda: Te amo - falei desligando

- Ligação Off -

Consegui terminar de lanchar mesmo com meu estômago revirando de nervoso. Assim que eu acabei percebi alguém se aproximar e tocar no meu ombro, quando me virei era o segurança.

- Senhora, acabei de falar com o Guimarães - falou sorrindo e eu percebi que era pra disfarçar - Me abraça como se fossemos velhos conhecidos e vamos

- Ok - falei forçando um sorriso e abracei o cara - Me tira daqui - pedi quase chorando

- Vamos, querida - pagou a conta e segurou minha mão. Assim que saímos eu consegui respirar mais aliviada

- Pra onde vamos? - perguntei entrando no carro e ele fez sinal pros outros

- Vou te levar pra casa do chefe - falou me olhando pelo espelho - A senhora está bem?

- Eu tô sim - falei respirando fundo

Fiquei tão perdida no tempo que só me liguei quando ele me avisou que tínhamos chegado. Entrei na casa do Marcelo e assim que vi ele abracei o mesmo força.

- Eu fiquei com tanto medo, amor - falei tentando segurar o choro

- Agora você está aqui, fica calma - falou fazendo carinho no meu cabelo - Você me consegue dizer como o cara era?

- Acho que sim - falei e eu comecei a falar sobre o homem

- Filho da puta - falou pegando o celular e mandando uma mensagem pra alguém

Depois que eu me acalmei o Marcelo me levou pra casa, tomei um banho e acabei dormindo. Acordei com o Luan se deitando ao meu lado.

- Tá triste, dinda? - perguntou me abraçando

- Eu tô com sono - falei acariciando o cabelo dele

- Não, você tá triste - falou e eu ri - Foi o tio Marcelo? Vou dar um chute na canela dele

- Não foi ele, menino - falei rindo baixo - A dinda só tá muito cansada

- Quer brigadeiro? Eu posso pedir pro meu pai fazer - sugeriu sorrindo - Ou melhor, meu pai bem comprou vários pote de tablito

- Que tal os dois? - perguntei e ele levantou animado

- Assim que é bom - falou animado - Vamos

- Vai descendo que eu vou escovar os dentes - falei olhando pra ele

- Não demora - falou saindo

- Deixa de ser abusado, menino - falei saindo do quarto e indo pro banheiro

Logo depois eu desci e o Alex estava deitado no sofá assistindo algum programa esportivo.

- Cadê minha mãe? - perguntou me olhando

- Aonde? No bingo, né - falei e ele riu fraco - Viciada - falei indo pra cozinha com o Luan - Sua mãe está em casa?

- Foi na minha vó hoje, maior treta lá - falou de um jeito tão engraçado que eu caí na risada

- O que aconteceu? - perguntei começando a fazer o brigadeiro

- Não sei, só sei que ela foi pra lá bolada - falou dando de ombros

- Dois fofoqueiros - nos assustamos com a voz do Alex e ele riu

- Só estamos comentando - falei mexendo na panela

- Fofoca mudou de nome - ironizou

- Ih, nem vou te contar um bafão - falei negando com a cabeça

- Para de graça - me tacou um pano

Meu Coroa Where stories live. Discover now