admitindo alguns sentimentos

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POV LENA

Na segunda-feira de manhã, encontrei Sam em seu escritório, olhando pela janela. Os móveis e todas as suas coisas haviam finalmente chegado.

e a inquietude dela me mostrou o quanto estava  sobrecarregada com a tarefa de arrumar tudo. Passei a  maior parte do fim de semana alternando entre o horror e a celebração daquilo que fiz no baile, e fui para o trabalho tentando fazer minha mente parar de relembrar os detalhes e escrutinar minhas ações.

Fiquei até a meia-noite no sábado e, infelizmente, tratei de todos os contratos e arquivos que eu teria a semana inteira para resolver. Com exceção de alguns telefonemas, agora eu não tinha mais nada para fazer e, nos últimos dias, uma Sam ociosa não era uma coisa boa.

– Precisa de ajuda?

Sam riu, desabando no sofá.

– Eu nem sei por onde começar. Acabamos de arrumar nosso apartamento. Além disso, parece que empacotei tudo isso ontem mesmo.

– Comece com a estante de livros. Eu nunca sinto que tudo está organizado até ver linhas de livros arrumadinhos um do lado do outro.

Suspirando, ela deslizou do sofá e rastejou até uma pilha de caixas.

– Você se divertiu no baile?

Abri uma caixa e peguei um estilete.

– Definitivamente.

Pude sentir seu olhar em cima de mim, e aquela atenção estranha parecia queimar meu rosto. Eu provavelmente deveria ter explicado melhor, mas minha mente foi tomada por um completo branco. O que mais tinha acontecido? Nós chegamos. Comemos alguns aperitivos. Kara e eu dançamos, e então pedi para ela tirar fotos enquanto transava comigo em cima da mesa.

Assim que me lembrei do resto, o jantar que perdemos, o leilão do qual ela foi participar, o lindo jardim para onde eu escapei depois do nosso… encontro.

tempo demais tinha se passado para que eu respondesse com uma única palavra.

– Bom – ela disse, com um tom de voz insinuante. – Estou feliz que você tenha decidido ir. Kara e Winn aparentemente organizam esse baile todos os anos e arrecadam um monte de dinheiro para caridade. Acho isso incrível.

– Incrível – murmurei, lembrando de Kara vestida daquele jeito. Meu bom Deus, aquela mulher tinha nascido para usar smoking. E também era perfeita pelada.

Olhei pela janela, lembrando de sua respiração quente em meu pescoço.

Meus seios não eram pequenos, mas a firmeza e suas mãos me fez sentir pequena e frágil. como se ela pudesse me erguer e me partir em duas. Mas, ao invés de ficar com medo, eu abri ainda mais as pernas, recebendo-a ainda mais fundo

Comecei a pensar nas fotos que ela tirou e estremeci um pouco. Tentei não imaginá-la olhando para elas. Talvez até se tocando…

Sam limpou a garganta e tirou alguns livros da caixa. Pisquei, com força, e olhei para os livros na minha frente. Deus, de onde vinham essas coisas?

– Eu vi você conversando com Kara – ela disse. – e vocês dançaram juntas por, tipo, umas três músicas. Você já conhecia ela antes?

Por acaso ela podia ler mentes? Mas que diabos, Sam?

Não olhei para ela. Em vez disso, apenas murmurei:

– Não, conheci ela no… – fiz um gesto no ar – na sexta-feira.

– Ela é linda – ela disse.

Eu podia sentir seu olhar sobre mim. Sam era a pessoa menos sutil do mundo. Ela soltava uma insinuação como se fosse um avião bombardeiro.

Estranha irresistível - [ Supercorp / Karlena ] Where stories live. Discover now