a mala roubada

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POV KARA

Olhei para ela na cama, banhada pelo sol da manhã, toda sonolenta com o rosto no travesseiro e o cabelo esparramado ao redor.

Meus olhos se moveram por seu corpo, junto à curva dos
seios, até as costas, onde o lençol cobria seus quadris.

Existe uma lista de coisas que você aprende sobre uma pessoa na primeira vez que passam uma noite juntos: se ela rouba o cobertor, se ronca, se gosta de dormir abraçada.

Lena gostava de se esparramar: braços e pernas para todo lado, seu corpo todo parecia uma estrela do mar para mim.

Fizemos amor novamente quando o céu começou a se iluminar, com tons de azul, rosa e lilás surgindo no horizonte.

Então, ela se deitou por cima de mim, relaxada e sorrindo, e
imediatamente caiu no sono de novo.

Então já passava das dez horas e eu percorri meu dedo por seu braço, não querendo acordá-la e certamente não querendo ir embora.

Minha câmera ainda estava no criado-mudo e estiquei
o braço para pegá-la, sentando cuidadosamente na ponta do colchão enquanto começava a ver as fotos.

Tirei centenas na noite passada, algumas de quando se despiu, porém tirei ainda mais quando estava ansiosa e se retorcendo debaixo de mim.

Os sons de nossos corpos se movendo juntos e os suaves gritos dela em meio aos cliques ficariam para sempre marcados na minha memória.

Voltei para as fotos do começo da noite e fiquei olhando para sua expressão no momento em que admiti meu amor.

Ela me deixou tirar tantas fotos de seu rosto na noite passada; eu me deliciei com a lembrança do momento em que tocou no assunto.

Era nossa última regra que ainda não tinha sido quebrada. Sua permissão disse mais do que quaisquer palavras poderiam.

Enquanto eu clicava pelas séries, sua expressão passava de desesperada para aliviada e depois para brincalhona numa rápida sucessão.

E as fotos das horas seguintes, em sua cama, pareciam tão íntimas e carnais quanto eu lembrava que tinham sido.

Eu me levantei em silêncio, atravessei o quarto e peguei meu notebook.

Levou apenas um instante para iniciar e logo conectei o cartão da câmera.

Entrei no meu site favorito de fotografia, de uma pequena e discreta empresa especializada em impressão profissional de fotos.

Enviei as imagens de que mais gostei, apaguei os arquivos do notebook e depois removi o cartão e o guardei na minha bolsa.

Com tudo guardado exceto a câmera, eu me inclinei sobre ela e sussurrei em seu ouvido:

– Preciso ir – sua pele se arrepiou e ela se ajeitou na cama. – Tenho que pegar o avião.

Ela murmurou algo, então se espreguiçou e eu fiquei observando seus olhos se abrirem lentamente.

– Não quero que você vá.

ela disse, virando para olhar em meu rosto. Sua voz estava rouca e sonolenta, e imediatamente pensei numa centena de coisas que queria dizer a ela.

Ela estava tentadora demais, com olhos ainda cansados e marcas de travesseiro no rosto, mas foram seus seios nus que ganharam minha atenção total.

– Você fica fenomenal pela manhã. Sabia disso?

Corri um polegar pelo seu mamilo e precisei respirar fundo, quase sufocado pela proximidade imediata de seu corpo, parecendo preencher todo o espaço dentro do meu peito.

Estranha irresistível - [ Supercorp / Karlena ] Where stories live. Discover now