o jantar

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POV LENA

Confirmei balançando a cabeça, surpresa desta vez com minha própria excitação ao ouvir a palavra com o sotaque dela.

Por algum motivo, seu sotaque britânico suavizou o impacto. Deixou a palavra muito mais sexy.

– Eu adoro essa palavra. Boceta. Soa tão depravada, não é mesmo?, Leia o trecho para mim…

– Eu não…

– Lena.

Senti meu rosto queimar ainda mais.

– Ele agarrou suas coxas, abriu-as forçosamente e ficou encarando sua molhada e brilhante… boceta.

– Uau – ela disse, rindo. – Isso sim é que é literatura de qualidade – ela voltou a se sentar na cadeira e começou a organizar uma pilha de papel. – Depois, durante o jantar, você vai me contar quais foram suas partes favoritas.

comecei a protestar, mas ela ergueu um dedo na frente dos
lábios e me silenciou.

Encarei a página e o mar de palavras. Que tipo de mulher não gostaria de um jantar? O tipo de mulher, Lena, que reconhece que um jantar leva a dormir juntas.

e o que leva a passar todas as noites juntas.

E isso leva a fazer uma cópia das chaves, e depois a mudar
para a casa dela. E então vêm as desculpas, e o sexo silencioso, e depois o sexo morre com as conversas. E, no fim, resta só a esperança de algum evento social para eu poder passar um tempo com ela.

Por outro lado, eu me arrependi de não ficar a noite toda com Kara no 4 de julho. E estava começando a sentir falta dela no meio da semana.

Droga.

Tossi um pouco, apertando os olhos.

– Tudo bem? – Kara murmurou do outro lado da sala.

– Sim.

Após outros vinte minutos e outras vinte cenas de sexo, Kara se aproximou, passou a mão do meu queixo até os joelhos e sussurrou:

– Feche os olhos. Não abra até eu mandar.

– Você está muito mandona hoje – eu disse, apesar de abaixar o livro e obedecer ao seu comando.

Quase imediatamente, minha audição pareceu se intensificar. Ouvi o som de seu cinto, seu zíper e depois um grande suspiro.

Será que ela…?

Eu podia ouvir o som de sua mão se movendo, o ritmo começando lento e então acelerando, mais rápido, mais firme. Ouvi a maneira como sua respiração saía em rápidos e curtos suspiros.

– Deixe eu assistir – sussurrei.

– Não – sua voz quase falhou. – Eu estou assistindo você.

Nunca tinha ouvido uma pessoa se masturbar antes, e manter os olhos fechados foi uma tortura. Os sons eram provocantes, e, no meio de seus gemidos quietos, ela me dava instruções para abrir mais as pernas, para tocar meus seios.

– Você ficou molhada com o livro – ela comentou, e então ouvi sua mão acelerar em seu pau. – Muito ou pouco?

Levei minha mão até minhas coxas, com os olhos ainda fechados, e me toquei para descobrir.

Eu nem precisei dizer nada. ela apenas gemeu e então soltou um palavrão com sua familiar voz grave enquanto gozava.

Eu queria olhar seu rosto, mas mantive os olhos fechados enquanto meu coração batia cada vez mais forte.

Estranha irresistível - [ Supercorp / Karlena ] Where stories live. Discover now