Young and the Restless: A Vingança de Rayana - 3ª Temporada

Capítulo 138

— AI ESTÁ ELA! — Eve abriu os braços, tinha uma taça de vinho nas mãos. Os cabelos soltos. Usava um vestido tubinho na cor dourado, não muito chamativo. Me abraçou quando nos viu, estava um pouco sem graça e com vergonha de estar em seu apartamento.

E que apartamento!

— Obrigada. — Sorri, ainda envergonhada. Micael me seguiu, ficando atrás de mim.

— Lua está no banheiro. — Eve avisou. — Vinho?

— Ah... Eu estou tranquila. — Assenti, me lembrando que havia amamentado Thomas antes de sair de casa. Micael por fim, aceitou de bom agrado, recebendo uma taça de Eve.

— Você não bebe? — Eve perguntou, após despejar o líquido importado pela taça de Micael.

— Estou amamentando. — Sorri leve, mexendo em minha aliança como prova de que eu ainda estava sem jeito no apartamento de Eve. — Lindo o lugar! — Olhei ao redor, conectando os meus olhos em diversos quadros espalhados pelo local.

— Eu comprei aqui já faz cinco anos. — Disse. — Meu filho não gostou muito, preferiu a casa do pai. — Torceu o nariz.

— Não sabia que tinha filhos, Eve. — Micael disse calmo, provando o vinho em sua taça.

— Eu tenho um só, adolescente chato. — Revirou os olhos. — Por que os filhos crescem? Meu Deus! Eu queria que o meu bebê voltasse a ter quatro anos de novo. — Lembrou-se, indignada com o tempo. — Preparem-se! Os seus filhos irão crescer e aí... Tudo fica uma merda. — Fez Micael rir um pouco.

— Casal Bonnie&Clyde. — Lua saiu do banheiro, risonha. Estava muito à vontade com seu shortinho cinza e uma blusa de alcinha branca. — Como está se sentindo, senhora assassina Borges?

— Lua. — Lhe reprimi, fazendo ela rir.

— Brincadeiras à parte. — Rendeu as mãos. — Ainda bem que deu tudo certo, se não fosse por nós...

— Querida, esse não é o momento. — Eve lhe interviu.

Mas apenas reparei no começo da frase.

— Vocês gostam de tofu? — Eve perguntou, caminhando até sua mesa de vidro, posta no interior da sala.

— Tofu? Quanto tempo eu não como tofu! — Micael seguiu Eve, direcionando até a mesa de vidro.

Apoiei minhas mãos no encosto da cadeira, Lua chegou perto.

— Parece triste. — Me observou.

— Pareço? Acho que não. — Torci meu nariz.

— Parece sim, te conheço muito bem. — Bateu as unhas no vidro da taça. — Brigou com o Borges?

— Não. — Neguei, fugindo dos pensamentos irritantes. — É que... Foi tudo tão rápido que não tive um tempo só pra mim, entende? — Gesticulei, enquanto explicava à Lua, que assentiu por fim.

— Entendo. — Mexeu os lábios, pensando. — Você conversou com a sua mãe?

— Ela pediu desculpas ao Micael. — Sorri. — Somos uma família de novo.

— Graças a Deus! — Lua brincou com as mãos, levantando. Me fez rir um pouco. — Sabe. — Me encarou. — Não quero mais viver aqui. — Soltou, por fim.

— E você quer viver aonde? — Franzi meu cenho.

— Minha mãe conheceu um cara, ele é... Louco, que nem ela. — Segurei meu riso. — Ela me ofereceu algo, na verdade uma proposta.