Capítulo 178

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Era noite quando Lua optou por fazer uma macarronada divina, ela sempre fazia quando dormia em minha casa, na época do colegial. Aprendeu quando sua mãe foi morar um tempo na Itália, era o máximo de gostoso que ela sabia cozinhar. Kate lambeu os dedos pedindo por mais, o que nos fez rir. Marcel precisou de um banho logo em seguida por conta da sujeira, eu e Lua ficamos responsáveis por isso.

E Micael lavou a louça, de novo.

Horas mais tarde, subimos todos para os aposentos, menos Micael que ficou no sofá, afofando seu travesseiro enquanto reclamava consigo mesmo, irritado por ter que dormir lá. Coloquei Kate pra dormir em seu lugar, agarradinha comigo. Marcel não gostava muito de afetos, havíamos tentado fazer isso uma vez mas ele só se adaptava com o berço, era impossível ter um momento de urso com ele. Kate não demorou pra dormir, havia pegado no sono rápido, me deixando mais aliviada, assim como Thomas, que deu uma resmungada mas voltou a dormir.

E era tarde quando abri meus olhos do cochilo rápido que tive, desenlacei meus braços do corpo de Kate, que sorria entre seu sono. Coloquei meus pés descalços no chão frio de madeira do quarto, saindo na pontinha do pé e passando pelo corredor. Parei em frente ao quarto de Lua, verificando se não havia nada aceso para liberar a minha fuga da madrugada. Passei como um flash e desci as escadas na pontinha do pé, conseguindo ver Micael dormindo, todo desajeitado no sofá. Meu coração doeu mas eu precisava ter dado aquela lição. Mulheres no poder, não? Ou teríamos um acidente muito feio com Kate.

Engatinhei devagar sob o corpo de Micael, que se assustou de imediato. Pousou suas mãos em meu quadril, levantando um pouco a minha camisola de seda, revelando minha calcinha.

— O que você está fazendo aqui? — Me encarou surpreso e desconfiado. Mesmo com aquela carinha sexy de quem acabou de acordar, ele estava pressentindo algo.

— Eu vim dormir com você. — O abracei. Massacrando os meus seios em seu tórax.

— Comigo? — Estranhou. — Isso só pode ser uma pegadinha! — Segurou em meus braços, me encarando.

Revirei meus olhos e bufei.

— Não é pegadinha! Eu senti sua falta na cama. — Soltei manhosa, beijando os seus lábios. Micael me parou. — O que foi?

— O que foi que agora eu é que não quero nada com você. — Desviou seu olhar à mim. — Boa noite!

— Mas o que? — Fiquei incrédula. — Você não pode fazer isso!

— E você manda em mim?

— Não. — Estava sem argumentos, me sentando em seu abdômen. — Eu sei que fui rude com você, por isso vim até aqui me reconciliar. — Fui sincera e esperava que Micael não estivesse sentindo o meu clítoris pulsar pela calcinha.

— Se reconciliar? — Assenti. — Então eu estou perdoado? — Assenti novamente. — Eu vou poder voltar pra minha cama? — Assenti mais uma vez mas logo parei, mordendo a ponta dos dedos.

— É... A Kate está dormindo no seu lugar. — Micael balbuciou pra falar mas eu o interrompi. — Mas a gente pode dormir agarradinho aqui, bem juntinho, como antes. Sim? — Ele gostou da ideia.

— Hum... Dormir? Eu acho que não. — Alisou minhas costas, me fazendo deitar novamente sob seu corpo. As mãos de Micael subiram o tecido da camisola de seda, deixando minha bunda à mostra, ainda com a calcinha lhe cobrindo. Passou sua mão esquerda pelo meu ombro, encontrando a fina alça da camisola e retirando dali, deixando aquela parte desnuda. Cerrei meus olhos enquanto sorria apressada, o querendo mais e mais. Ganhei um beijo, seguido de um chupão em meu ombro.

Sorrimos cúmplices antes dele me virar no sofá, onde caímos no tapete.

— AÍ QUE NOJO! — A voz de Lua ecoou, nos assustando.

Micael colocou as mãos no rosto, rindo. Fiquei sem graça por Lua estar ali.

— Ei! Não era pra você estar dormindo com a Kate? Já que o Micael era passado na sua vida? — Lua como sempre dramática em todos os aspectos.

— Você conseguiu estragar a nossa reconciliação, Lua. — Micael sorriu falso à mesma, que desceu as escadas e ligou a luz da cozinha.

— Eu só vim buscar um copo d'água. — Rendeu-se enquanto ia ao bebedouro elétrico.

— Então pega e vaza. — Micael disse, o que me fez rir leve, ainda sem graça por Lua presenciar o quase momento.

— Não afim. — Deu de ombros. Voltou com o copo d'água em suas mãos, se sentando na poltrona que havia na sala.

Micael juntou as mãos e levantou os ombros, não entendendo o comportamento de Lua. Queria que ela saísse dali, o mais rápido possível!

— Você vai subir ou eu vou ter que fazer um convite especial e te mandar por e-mail? — Debochou.

— Adoro e-mails! Pode me mandar se quiser. — Bebeu um gole d'água.

— Não seja inconveniente, Micael. — Entrevi, me sentando no sofá. — Não íamos fazer nada demais.

— E eu tenho seis anos. — Lua revirou os olhos.

— Foi um erro ter vindo até aqui, nesse horário. Quer dizer... — Me embolei com as palavras e fui surpreendida por um bocejo gostoso.

Micael e Lua me olharam.

— Agora você está com sono? — Lua queria rir, me provocando. Mostrei o dedo do meio à mesma, que soltou seu riso por completo.

— Eu vou voltar pra minha cama. Vem amor! — Segurei nas mãos de Micael, que foi rápido. Lua negou a cabeça, chocada.

— Existe casal mais sem vergonha que vocês?

— Vai chupar a boceta da Eve, Lua! — Micael soltou e subiu correndo, já que Lua lhe tacou uma almofada, que não o acertou.

Fomos até o quarto e vimos que Kate ainda dormia, esparramada na cama. Micael arrumou a mesma e deitou-se em seu lugar, fiz o mesmo, deitando em meu lugar. Dormimos abraçadinhos com Kate, que não se incomodou em acordar e questionar o por quê de vários braços estarem lhe abraçando. Sorri à Micael que fez o mesmo, antes de fechar os olhos e cair em sono profundo.

Young and the Restless: A Vingança de Rayana - 3ª Temporada Where stories live. Discover now