Capítulo 16

194 28 18
                                    

Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ ₁₆ ﹕ Mɪɴʜᴀ ᴍᴀɪᴏʀ ᴄᴏᴍᴘᴀɴʜɪᴀ

×>

×>

"Truz... Truz"

Teria surgido o som provido da mão do loiro até à porta da casa de seu vizinho.

O barulho constante do outro lado daria forma ao real nervosismo do protagonista, que por pouco não se afastou do local.

Embora fosse pouco o escutar, quando aquela voz máscula se fez surgir pelo fundo, logo o loirinho não pode negar que sentirá algo a mais para além de uma simples felicidade qualquer. A ansiedade o teria coberto antes que o mesmo se podesse aperceber disso.

Os enormes batimentos logo também se fizeram ecoar pelo momento, até que por fim bombas se espalhassem por todo o território.

Agora, ali estava ele, o vizinho carmim, de longos e espetados cabelos feitos de rubi que nem os próprios lábios.

O olhar entre ambos não durou muito, pois a surpresa e a saudade por se voltarem a ver foi mais forte que qualquer outra coisa.

Kirishima_: Ba-Bakugo?

O vizinho ainda tombou dois passos e levantou seus braços, como se anseasse alguma coisa mas o próprio ser na sua frente tomou o destino.

Entre passos curtos e meio desajeitados, Katsuki se aproximou e fez adormecer sua testa por cima do ombro esquerdo de seu amigo. Naquele primeiro toque, logo o aconchego chegou quando os braços do mais novo o rodaram o corpo e os dourados cabelos finos.

Quase que poderia agora Katsuki chorar, derramar lágrimas que nunca antes desejou deitar. Era tudo tão simples como uma gota a cair do céu. Tão básico e tão eficaz que era que nem o mesmo se poderia autorizar a falar, só mesmo se lamentar, por finalmente entender suas verdadeiras intenções.

A boca suspirou e então tristemente se começou por soluçar, tornando aquele momento mais especial para ambos os lados que finalmente se encontraram e agora quase que se deitam para se lamentar sobre os passados, tristes e pobres momentos que não aproveitaram juntos.

Kirishima_: Hey, está tudo bem amigo, eu estou aqui.

Os cílios entretanto enxergaram o escuro enquanto os lábios dos dois sorriam. Katsuki tremeu um pouco mas deu ênfase ao real sentimento contido já à muito tempo.

Abraçou aquele corpo celeste pela primeira vez. O contornou e o apertou contra si, como se não podesse mais se afastar, como se não existisse mais o amanhã, como se não queresse mais sair dali. Era um aconchego tão bom. E tão delicado que era.

Nem mesmo o mais novo resmungou, quase que poderia fazer o mesmo se não fosse o medo de o poder magoar.

Assim permaneceram por mais algum tempo, até o avermelhado afastar o rosto oposto de seu corpo e então o fazer direcionar o olhar para si. Ali se curvaram com mais alguns sorrisos e entretanto juntaram suas mãos para entrar em casa.

Pela primeira vez o loirinho estaria dentro do território amigo. Não era diferente da sua casa mas a arrumação era especialmente outra. As mobílias eram quase que todas tingidas de vermelho e os enormes quadros do rosto do dono da casa  tornavam possível uma aura gigante e positiva.

° Tɑke me further ° KiribɑkuWhere stories live. Discover now