𝙲𝙰𝙿 𝟹- 𝙳𝙴𝙲𝙸𝙿𝙷𝙴𝚁

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Como o prometido, espero que gostem❤️.

Como o prometido, espero que gostem❤️

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Terminava o banho me enrolando na toalha verde escura, meus cabelos molhados um pouco pra baixo dos ombros

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Terminava o banho me enrolando na toalha verde escura, meus cabelos molhados um pouco pra baixo dos ombros.
Mesmo amando o claro daqui ainda mal acostumada preferi apagar a luz do banheiro. O banheiro cinza azulado ainda era iluminado.
O sol ainda entrava pela janela na frente do chuveiro que estava fechada, a entrada embaçada pelo vapor. 
Cheguei novamente à frente do espelho que também estava embaçado, passei a mão pelo vidro gelado, sentindo o choque de temperatura nas minhas mão enrugadas pelo tempo no chuveiro.
Em meu reflexo via uma figura cansada, mas meus cabelos finalmente estavam em sua cor normal, antes opacos pelas cinzas e quebrados pelo frio.
As olheiras antes arroxeadas e inchadas como que acabara de acordar, agora estavam fundas e esverdeadas, bem perceptíveis em minha pele.
Ouvi batidas fracas na porta de madeira e fui em direção a maçaneta de ferro, Chloe me esperava com algumas roupas juntas entre os braços.
-São algumas roupas da Trixie, pedi para ela te emprestar- eu murmurei um "obrigada" tímido acho que minhas bochechas viram cor pela primeira vez em anos- ela é alguns anos mais nova mas tem o mesmo tamanho, acho que vão servir- ela me entregou sorrindo e fechando a porta.

A roupa ficou meio folgada, principalmente em minha cintura fina, mas as cores davam um brilho no cabelo já meio seco, comida não era o suficiente para manter meu corpo em forma, quando estava na moradas dos anjos, eles me traziam suplementos huma...

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A roupa ficou meio folgada, principalmente em minha cintura fina, mas as cores davam um brilho no cabelo já meio seco, comida não era o suficiente para manter meu corpo em forma, quando estava na moradas dos anjos, eles me traziam suplementos humanos para que meu corpo conseguisse se desenvolver, mas com meu pai eu não tinha mais isso, meu ossos cresceram mas a massa muscular não acompanhou, os tons azuis ressaltam os olhos e as bochechas meio rosadas por causa do calor, e as roupas largas disfarçam a minha magreza.
Primeira vez que usava cores vivas, na casa de meu avô costumava usar branco que mais me fazia parecer uma folha de papel ou um giz branco, e em minha antiga casa roupas escuras que me faziam parecer a sombra de um fantasma.
Desci as escadas devagar encontrando todos sentados na mesa circular da cozinha, uma menina nova, com coques fofos no cabelo estava sentada animada entre meu pai e Chloe, puxei minha cadeira, me sentando à frente dos três.
A mulher me empurrou torradas no meio um ovo, eu me encolhi na cadeira começando a comer devagar, eles sorriam e riam, às vezes as garotas brincavam com meu pai que fingiu estar ofendido.
-Lilian né?- a garota que se arrumava pra pegar seu prato agora vazio e colocar na pia- vai para escola comigo? a propósito sou Trixie.
-Não Lilian estuda em casa- Chloe disse antes que meu pai disse a verdade e estragasse as coisas.
-Que maneiro- ela pegou sua mochila enquanto sua mãe se arrumava para a levar à escola.
Depois que todos saíram, Lúcifer me levou em seu carro preto, pelas ruas da cidade, ele dirigia tão rápido, ignorando as outras pessoas e os carros.

Nós estávamos sentados desconfortável um em cada ponta do sofá bege, eu olhava todo o consultório, com certeza o que eu mais amava nesse novo mundo eram as cores chamativas

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Nós estávamos sentados desconfortável um em cada ponta do sofá bege, eu olhava todo o consultório, com certeza o que eu mais amava nesse novo mundo eram as cores chamativas.
-Bom... então você é filha dele- doutora Martins tentava assimilar os fatos- e Lúcifer nunca tocou nesse assunto em 4 anos de terapia porque?
-Pra começar Linda, não achei que fosse necessário- ele estava impaciente enquanto ela sentia como se estivesse sobrecarregada, pelo que meu pai me contou minha avó quase a matou a pouco tempo, além de ela descobrir sobre nós, e manter uma relação com meu tio Amenadiel que levou a uma gravides.
Mas sua barriga não aparentava ainda, muitos sentimentos se misturavam, principalmente medo, o que me deixava preocupada com ela.
-O que está achando do nosso mundo?
-Interessante, divertido, mas muito informativo- disse pouco.
Linda estava me estudando, mesmo em conflito ela deixava isso de lado, durante a sessão um aparelho começou a tocar no bolso do meu pai, ele o pegou e o colocou sobre a orelha, ele já tinha me dito que os humanos usavam para se comunicar.
Ele teve que ir, havia um novo caso de assassinato, foi encontrar a Chloe no local mais eu decidi ficar mais um pouco para conversar com a doutoura.
-Sabe cada anjo tem seus poderes, meu pai pode ver os desejos, vem da luxúria dele, como o desejo dele se sobressai a sua razão, Amenadiel pode parar o tempo, acho que pode vir da questão de querer ter o controle sobre tudo, e meu poder vem das minhas emoções elevadas, e sentimentos elevados, principalmente o amor que tenho pela minha família e a curiosidade sobre os humanos- cheguei perto da janela aproveitando o sol que saia pelas frestas da persiana- o que eu quero dizer é que sinto o quanto você está sobrecarregada.
Por um tempo ela ficou passiva, sentia seus olhos queimando minhas costas, mas eu também não falei mais nada, deixei que ela pensasse por si só, todos tem o direito de falar ou permanecer calados.
Observava os carros de diferentes marcas e cores, passava rasgando a pista que ficava a frente da janela, batucava os dedos na janela impaciente, olhei o relógio pela décima vez em cinco minutos.
-Eu sei que deve ser difícil, de uma hora pra outra a pergunta mais famosa entre os humanos é respondida- me virei pra ela que ainda parava a caneta no alto com sua mão direita- Deus existe e tudo o que ele representa também, mas sabe não somos diferentes de vocês... por mais que muitos deles tentem negar, os anjos não sabem tudo de todo mundo, os demônios têm livre arbítrio e uma alma, e todos nós ainda procuramos nosso propósito, uns só tem mais tempo que outros.
Me virei pra porta desligando o botão de ocupado da sala, abri a porta de madeira clara, mas antes de passar o batente para esperar meu pai na calçada escutei um "obrigado".
Eu sorri feliz virando só a cabeça para a encarar, acho que não era preciso dizer nada, eu disse o que ela precisava pra pensar, e sentia seus sentimentos mudarem, quando olhava para seu coração não via mais a aquela angústia, não era sua única preocupação mas fico feliz de ter ajudado.
Ela me seguiu até a saída, andei sem me importar até uma sombra de arvore me sentando na calçada.
-Sabe gosto de vocês...- eu olhava para o céu azul, definitivamente era muito mais bonito olhando daqui- gosto dos humanos, vocês são apaixonados, são emocionantes, se arriscam, diferente de tudo que já vi com certeza.
-Acho que tendemos a ser assim- Linda continuou em pé mas olhava pra mesma direção que eu, nós continuávamos observando o "nada", as nossas frases foram deixadas no ar, tanto a doutora como eu parecemos intender o que significava, era natural sentir medo (sentimento no qual ambas as outras espécies negavam que tinham) eu sei eu sentia, mas uma diferença grande era que as pessoas daqui gostavam de se arriscar, enfrentar o medo, nunca se acomodavam com uma situação, estavam em constante mudança e essa era a única diferença entre as espécies.
Eu olhei a tela de vidro do aparelho que meu pai havia me dado, e vi que ele mandou uma mensagem em quanto estava refletindo.

-"Estou chegando"- foi o tempo suficiente pra levantar, e ele já estacionava o carro numa velocidade absurda a poucos centímetros de nós fazendo meu cabelo voar.
Abri a porta sentando no banco do carona, dando "Tchau" a Linda com a mão.









Abri a porta sentando no banco do carona, dando "Tchau" a Linda com a mão

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A new Angel - KMWhere stories live. Discover now