Capítulo 1 Vazio

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Regina acordou, e como a muito tempo sentiu se só, mesmo em uma cidade construída por ela, com tudo que a mesma sonhou.

A sua vingança contra a Branca de Neve parecia tão estúpida agora! Regina queria sentir viva, e tudo que ela sentia era o vazio, por muito tempo esse vazio não foi preenchido, até que ela já não sentisse mais nada. Em uma consulta com Archie ela percebeu que tudo que o "Grilo falante" disse era verdade, ela precisava de algo que preenchesse esse vazio, que já há anos a atormentava. Então a prefeita teve uma ideia, que para ela poderia ser a mais estúpida das idéias, ou a mais sábia. "Uma criança!" pensou que o único momento que se sentiu viva novamente, foi quando aqueles estranhos  estiveram em Storybrooke, e aquele garoto a fez se sentir  tão bem, que uma criança seria a melhor escolha. Ela pediu ajuda de Gold, o mesmo se dispôs a ajudar, e pela surpresa de Regina ele não pediu nada em troca, até onde ela poderia pensar. Alguns dias depois Regina já segurava em seus braços o pequeno Henry, o que tava causando muita dor de cabeça para ela, principalmente depois de descobrir de quem o garoto era filho, a pessoa quem iria quebrar sua maldição que tanto ela trabalhou, e sacrificou para tê-la, mas Regina já tinha se apegado ao garoto, tentou devolvê-lo ao sistema, mas faltou coragem, e com o pouco de magia que existia em sua cripta fez uma poção para esquecer  quem era a mãe biológica daquele garoto, nenhuma memória se quer iria mais atormentá-la.

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Henry já estava com quase seis anos, e Regina ainda não tinha conseguido se conectar totalmente com o filho, e isso a martirizava,e ver que seu filho tinha uma conexão maior com sua enteada fazia ela sentir um ódio muito grande de Mary, e isso só fazia ela querer matar a mulher, que com muita frequência aparecia na prefeitura para falar sobre Henry.

Em outro lugar não muito longe dali, em Boston, Emma removia uma tatuagem que fez após sair da prisão, ela tinha se arrependido de tudo que tinha feito, e ficar olhando para aquela  pequena tattoo em seu braço fazia ela se lembrar de tudo que tinha feito, incluindo abandonar seu filho. Mas ela levava em sua mente sempre repetia a mesma frase. "Eu estava dando a sua melhor chance" De fato ela sem saber deu para seu filho a melhor chance, e através dele ela iria cumprir seu destino. 


Os anos se passaram, e Henry ao completar 10 anos ganhou de Mary um livro ilustrado, com uma história bem interessante, onde ela contava o que  aconteceu com personagens antigos os quais ele adorava, o garoto não pode deixar de reparar na semelhança, que tinha entre a Rainha Má, e sua mãe adotiva, e as duas terem o mesmo nome não facilitava.

  Começou como uma ideia maluca, até mesmo para Henry que tinha dez anos, e a mente muito fértil, mas ele começou a acreditar que sua mãe  Regina era a Rainha Má, e que ele precisava encontrar sua mãe biológica para que ela quebrasse a maldição, então ele roubou um cartão de crédito de sua professora Mary e encontrou sua mãe na internet, ele não tinha certeza se era ela mesmo, mas preferiu conferir, também comprando uma passagem de ônibus para Boston, Henry encontrou o apartamento de Emma, assim que ela chegou e apagou uma velinha de aniversário, que a mesma tinha comprado e colocado em um cupcake. Emma fez um pedido, não queria passar aquele ano sozinha, ela sentia um vazio que nunca consegui preencher. O tocar da campainha fez ela se assustar e abrir a porta, não viu ninguém, até baixar seus olhos ao ouvir uma voz fina de criança, a qual disse: — Você é  Emma Swan? —

—  Sim! Quem é você?  — Disse confusa.

— Sou Henry, seu filho! —

— Garoto eu não tenho filhos! Cadê os seus pais?! — Disse vendo o menino entrar em seu apartamento.

— Há dez anos você entregou um bebê pra adoção, e era eu!  —

— Espera um pouco — Emma disse, e entrou no banheiro, de lá ficou escutando Henry gritar perguntando se ela tinha suco. Ao sair do banheiro,ela pegou o telefone e disse: — Vou chamar a polícia. —

— Pode chamar, eu digo que me sequestro! —

— E eles vão acreditar porque é meu filho biológico. —

— Sim! —

— Você faria isso? —

— Experimenta! — 

Emma olhou bem nos olhos do menino e disse: — Garoto eu posso não ser boa em muitas coisas, mas eu tenho uma habilidade...um super poder, e sei quando alguém está mentindo, e você está! —

— Não espera, não chama a polícia, vem pra casa comigo. —

— Onde fica sua casa? —

— Storybrooke Maine. —

— Storybrooke, tem certeza?! —

— Uhum! —

— Ok, então vamos para Storybrooke. —

No caminho para casa Henry contou toda a história para Emma, claro que ela não acreditou, o menino percebendo disse: — Usa seus super poderes —

Emma olhou para Henry, e viu que ele acreditava na maluquice que tinha lido em um livro de contos de fadas,e disse: — Não é porque acredita em alguma coisa, não quer dizer que é verdade! —

— É assim que se torna verdade! E você deveria saber mais do que ninguém! —

— Eu, porque ?! —

— Por que  está no livro! —

— Aí garoto você deve ter problemas! —

— É e você vai resolver! —

Após rodar quase toda a cidade com seu Fusca amarelo, Emma perde a paciência com o menino, e sai do carro batendo a porta, e perguntando mais uma vez onde era sua casa, Henry não contava, até aparecer Archie seu psicólogo, e apontar a direção da casa, dizendo que era a maior da cidade, que ele era o filho da prefeita. Emma um pouco surpresa, entra novamente no carro com o menino, e saem em direção a casa da prefeita, ao chegar Henry disse: — Você não pode me deixar aqui! —

— Seus pais devem tá preocupados — 

— Eu não tenho pais, só uma mãe, ela é má, e ela não me ama! —

Emma abaixou-se à altura do menino e disse: — Você deve estar exagerando! —

Antes que terminassem de conversar, Regina abriu a porta e saiu correndo em direção ao menino, abraçou ele e disse preocupada: — Henry, onde você estava? Eu tava morrendo de preocupação! —

— Eu encontrei minha mãe verdadeira! —  O menino disse, e saiu correndo para dentro da casa.

Regina olhou para aquela mulher loira em pé parada na sua frente, e por um breve momento, ela a odiava profundamente, mas engoliu em seco e disse: — É a mãe biológica dele?! —

Emma a olhou com os olhos mais perdidos que Regina havia visto, como a de uma criança, que não sabe para onde ir,e disse : — Oi. —

Regina ao perceber que a mulher não  era uma real ameaça para ele disse: — Gostaria de um copo  da melhor cidra de maçã, que já tomou? —

— Não tem nada mais forte? — Emma disse acompanhando Regina, até dentro da casa, e lá a morena, como uma detetive interrogando um criminoso, fez todas as perguntas que pode. Emma contou sobre o livro, e ao perceber que Regina não sabia do que ela falava disse: — Sabe de uma coisa, não é da minha conta, ele e seu filho! Melhor eu ir embora. —

Ao tentar sair da cidade Emma bateu em uma placa, e acabou sendo levada para a prisão pelo xerife da cidade.

Nos Encontramos Novamente (Concluída)Where stories live. Discover now