Como você fez?

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— Acordou bela adormecida.—

Regina olhava um pouco confusa para Sininho, observando onde estava, era uma caverna. 

“ Esse lugar parece ser cheio de cavernas!” Regina  pensou. — O que faz aqui?— Perguntou. 

Sininho com um semblante de poucos amigos disse: — Bom, há muitos anos, eu impedi uma jovem rainha de se matar, e ela me retribuiu, não fazendo a unica coisa que eu pedi que fizesse. — 

— Entrar na taverna. — disse Regina. 

— Sim! Entrar na Taverna, mas você não escolheu o amor foi covarde. Eu fiz coisas por você,para que pudesse ser feliz, coisas as quais me fizeram perder tudo que eu tinha, única família que eu conhecia , fez eu perder meu posto de fada, e para nada, se você ao menos tivesse entrado na Taverna, talvez eu não tivesse aqui agora. — 

Regina suspirou se levantando do chão que Sininho tinha jogado ela, se soltou facilmente das cordas que amarravam seus pulsos, e disse: — E agora você quer se vingar, mas não tem mais seus poderes, não usou magia para me capturar...então porque acha que eu deixaria fazer qualquer coisa comigo?— 

— Por que seria o certo, um ato de justiça, mas estamos falando de Regina a Rainha Má, tenho certeza que vai me matar e ir embora deixando meu corpo jogado aqui no chão, como sempre fez, por onde passa deixa uma trilha de corpos. — Sininho disse triste, e sem esperança. 

Regina olhou para ela, e lembrou daquela Sininho alegre, que a todo custo quis ajudá-la. Ela sentiu pena da mulher, e raiva de si, por ter deixado mais uma pessoa boa, pagar pela suas escolhas egoísta. — Tem razão—, disse bem próxima a fada— eu fiz muitas coisas terríveis, como matar  muitos inocentes, mas se você quer sua vingança, você terá,— enfiou a mão no próprio peito, retirando seu coração. — aqui está—, entregou para Sininho,— só esmagar, eu não vou fazer nada para te impedir. —, suspirou pesadamente com os olhos marejados — tem razão, eu tive medo, fui covarde, mas a única coisa que eu tinha era minha raiva, o que eu poderia fazer, o que poderia ser? — disse quase gritando. 

— Ser feliz! — 

— NÃO!— disse em lágrimas,— seria fraca! — 

Sininho observou atentamente  o coração de Regina em sua mão, ela sentiu muita vontade de esmagar aquele brilhante coração, mas ela olhou nos olhos de Regina, aquela não era a Regina sem esperança que ela conhecera,mas também não era a rainha Regina, cruel com todos, Regina tinha um olhar que por muito tempo, ela almejou ver, e com o coração pulsando em suas mãos, com um vermelho tão intenso e brilhante, ela quase conseguia sentir o que Regina sentia. Amor a mais genuína forma de amar, Sininho ficou se perguntando, como ela encontrou o amor se não entrou na taverna,ainda com o coração em suas mãos ela perguntou: — Se sente fraca agora?—   

— Como?— Perguntou confusa. 

Sininho entregou o coração de volta para sua dona, a qual estava muito confusa, Sininho notando a confusão em seus olhos disse: — Eu não posso fazer isso, você encontrou o amor, se não foi na taverna foi como?— 

Regina colocou o coração de volta em seu peito, e disse: — Não foi em uma taverna, eu tive que lançar a maldição das trevas, tive que esperar 18 anos e alguns dias, para encontrar o amor, ironicamente ele é neto da Branca de Neve com o príncipe encantado, e só estou aqui para salva-lo das garras de Pan.— 

— Então foi uma criança que encheu seu coração de amor,e faz seus olhos brilhar tanto...também percebi, que não demonstra nojo ao falar dos encantados!— 

Nos Encontramos Novamente (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora