Coração na caixa

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Dois dias após Regina recuperar sua memória por completo, aquela era a primeira vez que ela saia de casa, ainda não tinha visto ninguém além de Henry e Ruby. Regina estava cansada de ficar em casa, decidiu que aquela manhã mesmo voltaria para o trabalho, pensava que aquela cidade não funcionava sem ela, o que não era uma total mentira. Ela levantou animada com bastante disposição, se arrumou, levou o filho para escola, e foi em direção a prefeitura, no caminho ela mentalmente pedia para não encontrar a xerife, coisa que não aconteceria, pelo menos não aquele dia. O que a prefeita não sabia, era que Emma ainda não tinha saído do apartamento de seus pais, Henry a fim de não perturbar a mãe adotiva não contou nada, Regina também não havia perguntado nada, desde o dia o qual ela disse com tanta frieza que Emma já não era problema dela, o filho vem notando algum distanciamento de sua mãe, com ele nem tanto mas ao falar dos outros, e as suas conversas com Ruby, que ele escuta escondido,ele sabia bem que sua mãe detestava bisbilhotagem mas o menino estava preocupado. Regina por outro lado estava se sentido divina, ela entrou em seu gabinete,  como se ele fosse o melhor lugar do mundo, se sentou em sua grande poltrona, relaxando o corpo soltando o ar, se ajeitando na cadeira ligando o computador verificando seus e-mails abrindo 27 mensagens não lidas, respondeu algumas, pediu para que sua secretaria marcasse algumas reuniões. Regina olhou para a tela do computador e, suspirou pesadamente, vendo que restava somente uma mensagem em negrito, aquela era da delegacia, mesmo sem um coração pulsando em seu peito ela se sentia nervosa, dançava com o mouse por cima da mensagem mas não tinha coragem de clicar. Respirou fundo fechando os olhos apertados, clicando na mensagem, a qual vinha com um anexo, era uma autorização que precisava ser assinado por ela, deixando assim que Emma e David, pudesse fazer uma classificação, para contratar mais policiais,olhou a data da mensagem, vendo que foi um dia anterior a tudo que aconteceu na sua casa, balançou a cabeça em negação, tomou coragem e assinou os documentos reenviando a delegacia. Assim que David recebeu o email, abriu um largo sorriso, imprimindo os papéis, indo rápido em direção a seu apartamento, queria contar à filha que podiam abrir as inscrições para contratar mais policiais, e o mais importante: a prefeita tinha saído de casa. Ele pensava que com a notícia Emma se sentiria um pouco melhor e, assim, se animava a sair também. A única vez que ela saiu um pouco do apartamento,foi quando Zelena praticamente a obrigou, com o intuito de ensinar  a controlar melhor sua magia, já que suas emoções eram só com o tempo.  

No final daquele dia, Regina voltou para casa exausta, e Emma se animou com a notícia de que a prefeita tinha saído da "toca"  ela ao ouvir a voz de Ruby e Zelena, nem sei esperou que subissem para tirar ela da cama, na verdade Emma estava em pé na cozinha tomando um café, e com seu melhor sorriso disse: — Prontas pra mim ensinar, tudo que eu preciso saber? — 

— De onde veio toda essa animação? — Ruby perguntou empolgada. 

Emma pegou sua jaqueta de cima da banqueta e disse: — Regina finalmente saiu de casa, então talvez ela esteja melhor! — 

— Emma…— Zelena disse se aproximando— Regina é uma criatura teimosa por natureza e, outra foram apenas dois dias, muito me admira você não conhecer a mulher que diz amar! — 

— Zelena?— Ruby disse repreendendo a bruxa. 

— Não. O que eu quero dizer— Zelena continuou— é que minha irmã é teimosa até com os próprios sentimentos, reprime tudo, o máximo que pode, porque às vezes que ela não fez isso, acabou machucando muitas pessoas…e Emma tenho certeza que ela nunca faria mal a você. E sim tem que se alegrar, Ruby me disse que a vida neste mundo é feita de pequenas vitórias, então  hoje nós temos duas, você sorrindo e, sua amada voltando ao seu hábitat natural, o de mandar nos outros. — disse sorrindo. 

— Ah que fofa, ela escuta o que eu digo.— Ruby disse sorrindo, batendo de leve seu ombro ao de Zelena, a qual sorriu entre os dentes, mandando a loba se calar. 

Emma olhou desconfiada para Ruby, pois conhecia a mulher há mais de dois anos, e por mais que ela fosse uma mulher extrovertida, Ruby  se sentia tão à vontade assim,com poucas pessoas, no máximo soltaria algum comentário áspero, sem se importar com nada, mas ela parecia estar feliz ajudando Zelena com tudo, inclusive com a própria xerife, a qual guiou as duas mulheres para fora do apartamento, iniciando mais algumas horas de treinamento, os quais ela preferiria que fosse com a prefeita,mas esta não estava a fim de ver a loira, e pelo que Emma ouvia do filho não seria nada fácil conseguir fazer Regina voltar a confiar nela. 

→→


Meses se passaram e estavam trabalhando na delegacia junto com Emma e David, três novos recrutas, que eram Ruby, Killian e Lilith, a contra gosto da prefeita, mas a filha da Malévola tinha passado  em todos os testes. 

Henry estava prestes a completar quatorze anos, sua mãe adotiva queria fazer uma grande festa, ela pensava que quatorze anos era importante em qualquer reino, mas ela não queria encontrar a Xerife, a qual Regina sabia pelo filho que ela estava muito bem, mesmo sem ela perguntar, o garoto decidiu que falaria da Emma todos os dias para sua mãe, as vezes ele sentia que ela tinha vontade de rir,com as histórias bestas que ele contava, e também sentia que sua mãe não era tão indiferente quanto ele pensava. O menino tinha um plano, que ele chamou de "Coração na caixa" porque era onde sua mãe deixava o seu, ele tinha planejado junto com sua tia e Ruby, um chá de bebê falso para sua mãe Regina, que estava gostando da ideia de ter uma sobrinha, e para Emma Ruby iria fazer um chamado falso, ela sabia que a xerife não acreditaria que a Zelena não convidou a irmã para o chá da filha. Eles tinham tudo planejado, Henry montava uma mesa linda no jardim de sua tia, com luzes amarelas no caminho que Zelena fez, até a mesa que ficava embaixo de um viveiro que magicamente estava florido como nunca antes. Henry, Ruby e Semana olhavam para suas obras, os três sabiam que se desse errado, as duas poderiam se machucar mais ainda, mas se ao menos elas conseguirem conversar sem Regina tentar matar a loira já é um avanço. 

Nos Encontramos Novamente (Concluída)Where stories live. Discover now