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M a i s    u m a    p e r d a

Harry não estava exatamente surpreso com o comportamento de Draco e Pansy nas semanas que seguiram. Os dois permaneciam fingindo que Ron não estava ali, e o grifinório respondeu com uma seriedade surpreendente, indicando silenciosamente que estava arrependido e respeitava a decisão dos dois. Blaise era levemente mais pacífico, apesar de uma anormal distância que pareceu colocar entre si e o ruivo. Harry, por sua vez, estava nas núvens com a volta de seus amigos, e nem mesmo reclamou quando Hermione e Ron agiam como um casal exageradamente grudento perto dele.

"É assim que eu e você agimos noventa por cento do tempo, babe." Draco comentou divertido quando Harry deixou a barraca um dia por conta dos beijos que seus amigos trocavam.

"É, mas é diferente quando não é com você." Disse ele, sentando-se ao lado do loiro e deixando que o menino envolva um braço ao redor de seus ombros e o puxe para perto. Harry encostou a cabeça no peito do namorado.

"Os horrores de um casal hétero." Murmurou Draco, fazendo Harry esconder uma risada. "Não está feliz que não cedeu aos encantos de Ginny Weasley no segundo ano? Ou de Cho Chang no quarto?"

Harry bufou. "Você se diverte demais com isso hoje em dia."

Draco riu. "Hoje em dia, sim. Na época? Eu chamava Ginny de Weasley fêmea na minha cabeça. E Cho me fazia querer vomitar."

O moreno virou a cabeça para olhar para o namorado, um sorrisinho no rosto. "Mesmo?" Recebeu um aceno como resposta. "Era a mesma coisa com Theo."

"Ah, eu sei. Suas expressões de ciúmes eram bonitinhas."

Harry deu um soco fraco no braço de seu namorado como punição, e Draco apenas riu novamente e beijou sua bochecha.

Estimulados pela destruição do medalhão, eles começaram a debater a possível localização das demais Horcruxes, e, embora tivessem discutido o assunto tantas vezes anteriormente, Harry se sentia otimista, certo de que outros avanços se seguiriam ao primeiro.

Uma ideia, porém, corria em sua cabeça. Harry se lembrava de ter deixado Voldemort entrar em sua cabeça, depois do incidente com Nagini - estava fraco demais para impedí-lo - e quando ele encontrou a foto de Grindelwald na casa, chamou-o de ladrão. Harry queria saber o que exatamente Voldemort estava procurando. Não poderia ser as Horcruxes, porque ele nem mesmo sabia que Harry estava procurando por elas... Então o que mais seria tão importante para ele?

Por algum motivo, a mente de Harry fixou nas Relíquias da Morte. Não era segredo que Voldemort buscava poder acima de tudo, e o que seria mais poderoso que um Lorde das Trevas que também era o Senhor da Morte?

Voldemort fora criado em um orfanato trouxa. Ninguém teria lhe falado sobre Os contos de Beedle, o bardo quando era criança, da mesma forma que Harry nunca ouvira falar deles. Poucos bruxos acreditavam nas Relíquias da Morte. Seria provável que Voldemort soubesse de sua existência?

E Grindelwald... Ele era um dos bruxos mais poderosos de todos os tempos, não? Perdendo apenas para Voldemort e Dumbledore. E ele nem mesmo tinha as Horcruxes... Então talvez tivesse uma das Relíquias?

A hípotese permanecia viva na mente do menino, mas ele não a compartilhou. Precisavam focar nas horcruxes - ele havia aprendido a ser lógico o suficiente para entender isso, graças a sonserina - e as Relíquias, por mais interessantes que fossem, não eram parte da missão.

Harry notou, ao longo das próximas semanas, que Ron havia aceitado a responsabilidade. Talvez fosse pela culpa de tê-los abandonado, mas ele era quem os estava incentivando a continuar procurando intensamente pelas Horcruxes. O Beco Diagonal, Hogwarts, a Casa dos Riddle, Borgin & Burkes, Albânia, todo lugar, onde sabiam que Tom Riddle morara ou trabalhara, estivera de visita ou matara alguém, eles buscaram.

Draco Black e as Relíquias da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora