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M a n s ã o    M a l f o y

“Seu pai vai ficar feliz em te ver nessa casa novamente.” Disse Bellatrix, sua voz apenas fazendo o sangue de Draco ferver. “Traga-os para dentro, Greyback.”

Draco e os outros foram empurrados e chutados na subida dos largos degraus de pedra, e entraram em um hall com as paredes cobertas de retratos. As fotos e quadros eram uma visão que parecia torturar o loiro, a visão de uma única foto de Narcissa como um soco no estômago. Como Lucius ousa colocar uma fotografia de sua mãe em um lugar como aquele?

A sala de visitas ofuscou-o depois da escuridão externa. O cômodo era tão grande quanto Draco se lembrava, e ele tenta afastar as lembranças de correr por ali quando criança - na época que o nome Harry Potter ou Voldemort não significavam nada para ele e Lucius era um pai de verdade.

Haviam mais retratos nas paredes roxas, iluminados pelo grande lustre de cristal no teto. Uma figura se ergueu de uma das poltronas junto à ornamentada lareira de mármore, quando os prisioneiros foram empurrados, sala adentro, pelos sequestradores.

“Draco.” A voz de seu pai, depois de tanto tempo, fazia um terrível arrepio percorrer sua coluna. O menino estreitou os olhos e não ofereceu uma resposta.

“O encontramos na floresta com esses aqui.” Disse Greyback, indicando os amigos de Draco. Os olhos de Lucius pararam em Harry e ele estreitou os olhos.

“O que aconteceu com o rosto dele?”

“Criaturas irritantes na floresta.” Harry murmurou. Os olhos prateados de Malfoy encontraram os de Draco.

“Ele disse que se separou de Harry Potter.” Falou Greyback.

Lucius balançou a cabeça. “Meu filho nunca abandonaria Harry Potter. É algo que passei anos tentando convencê-lo a fazer, e nunca funcionou. Além disso, esses são Hermione Granger, Ron Weasley, Blaise Zabini e Pansy Parkinson, conhecidos por se tornarem amigos de Harry Potter em Hogwarts.” Ele voltou a olhar para o rosto ainda inchado do moreno.

“Bem, então o Lorde das Trevas precisa ser imediatamente informado!” Falou Bellatrix com animação em sua voz.

Ela puxou para cima sua manga esquerda: Draco viu a Marca Obscura gravada a fogo em seu braço, e percebeu que a bruxa ia tocá-la para convocar seu amado senhor... 

“Eu já ia chamá-lo!” Disse Lucius, e sua mão se fechou sobre o pulso de Bellatrix, para impedi-la de tocar a Marca. “Eu o convocarei, Bella; Potter foi trazido à minha casa e, portanto, está sob a minha autoridade…” 

“Sua autoridade!” Desdenhou ela, tentando soltar a mão do seu aperto. “Você perdeu a autoridade quando perdeu a varinha! Como se atreve! Tire as mãos de mim!” 

“Você não tem nada a ver com isso, não capturou o garoto…” 

“Me desculpe, sr. Malfoy.” Interpôs Greyback. “Mas fomos nós que pegamos Potter, e nós é que vamos cobrar o prêmio em ouro…” 

“Ouro!” Riu-se Bellatrix, ainda tentando desvencilhar-se do cunhado, a mão livre apalpando o bolso em busca da varinha. “Fique com o seu ouro, seu abutre imundo, para que quero ouro? Pretendo apenas a honra de... de…” 

Ela parou de lutar, seus olhos escuros fixos em alguma coisa que Draco não conseguia ver. Exultante com a sua capitulação, Lucius afastou a mão dela com violência, e rasgou a própria manga... 

“PARE!” Guinchou Bellatrix. “Não toque nela, todos pereceremos se o Lorde das Trevas vier agora!” 

Lucius ficou imóvel, seu indicador pairando sobre a Marca. Bellatrix saiu do campo de visão de Draco, e o homem que ainda o segurava não o deixou virar. 

Draco Black e as Relíquias da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora