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p l a n o s

"Acha que eles estão bem?" Perguntou Blaise quando Lee finalizou o Observatório Potter.

"Com certeza." Disse Ron. Pansy fechou suas mãos em punhos.

"Não tem como saber." Falou. Ron a encarou com um olhar confuso.

"Mas ouvimos Remus e Fred..."

"Só porque a sua família está bem, Weasley, não quer dizer que todo mundo está." Ela falou, saltando da cama. A amargura cresce dentro dela, e Blaise a encara receoso.

"Pans..."

"Mas claro que você não pensa nisso." Disse Pansy para Ron. Ela sabia que não estava sendo justa, mas a irritação que vinha crescendo dentro dela estava a ponto de explodir, e não conseguiria contê-la. "Não sabemos nada de Hannah, Daphne, Theo, Astória... Mas, claro, se sua família está bem, tudo está ótimo."

"Pans, não quis dizer assim..." Murmurou Ron. Ela sabe disso, de verdade.

Sabe que Ron não é o culpado pelo que está acontecendo com eles. Sabe que ele foi embora pela horcrux - apesar da lembrança de seu amigo dando as costas para eles, quebrando a promeça que Pansy havia se agarrado tanto, ainda doia no fundo de seu ser. Ainda sim, ela estava irritada. E Pansy sempre explodia quando estava irritada.

"Não, tudo bem. Tudo está perfeito. É por isso que foi embora, não é? Estava com tanto medo de sua família ser atacada por Vold..."

"PANSY!"

"...mort."

Ela arregalou os olhos e cobriu a boca com a palma de sua mão. Hermione tentou avisá-la, mas era tarde demais. Os Comensais haviam chegado.

"Pansy?"

A menina olhou de seu braço enfaixado para a porta do pequeno quarto que Bill e Fleur haviam deixado que ela ocupasse, suspirando ao encontrar Blaise abrindo a porta lentamente, colocando apenas sua cabeça para dentro do cômodo. Ele ofereceu a ela um pequeno sorriso e entrou.

"Draco e Hermione?" Murmurou ela.

"Harry e Ron estão com eles. Vão ficar bem, só precisam descansar um pouco." Disse ele. Fechando a porta atrás de si, Blaise se aproximou e tomou o lugar ao lado dela. "Como você está?"

Pansy olhou para suas mãos, descansando em seu colo. "Foi culpa minha."

"Pans..."

"Não, é sério. Eu sei que foi. Fiquei irritada e quando finalmente disse o nome dele, estraguei tudo." Ela fechou os olhos. "Merda..."

Blaise colocou um braço ao redor dos ombros dela e deixou que Pansy se recostasse contra seu ombro. Fingiu não sentir como a menina tremia levemente enquanto chorava, ou o leve som de suas fungadas e soluços. Pansy era grata.

"Você cometeu um erro." Murmurou ele. "Nem mesmo Pansy Parkinson pode ser perfeita."

"Eu fiz tanta merda, Blaise." Disse ela, a voz trêmula. "Os levei até nós, o que fez com que Hermione e Draco fossem torturados. E... eu matei alguém."

"Hey." Ele se afastou apenas o suficiente para conseguir encará-la. Os olhos da menina estavam levemente vermelhos. "Você fez o que precisava fazer. Qualquer outro feitiço poderia machucar Harry também ou simplesmente matá-lo causando mais dor."

"Eu sei." Murmurou. "Mas ainda sim. Ele está morto. E eu o matei. Eu tirei uma vida, e não tem como voltar atrás."

Blaise suspirou e beijou o topo de sua cabeça. "Como está seu braço?" Sussurrou. Lembrava dos cortes que o lustre quebrado havia causado na pele da amiga.

Draco Black e as Relíquias da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora