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— VOCÊ ESTÁ DIZENDO QUE ELE não está em lugar nenhum? — Adelaine questionou cansada, cruzando os braços sobre o peito enquanto olhava para Sam que estava sentado à sua frente. Ela observou sua irmã acenar com a cabeça uma vez antes de gemer frustrada e se levantar de sua cadeira.
Ela tinha faltado à escola hoje, já que Sam queria discutir com ela mais uma vez todo o incêndio e a situação de Frederick. Era algo de que ela estava começando a se cansar, já que a única coisa que queria fazer era seguir em frente e parar de pensar nisso. Estava se tornando uma tortura, os constantes flashbacks daquela noite se repetindo continuamente dentro de sua mente. Ela sabia que Sam estava apenas tentando ajudar, mas ela não podia mais fazer isso.
— Dela... Você tem certeza de que era Frederick...?
— Eu te disse mil vezes! Sim! — Ela retrucou, cortando a frase de Sam pela metade enquanto massageava as têmporas suavemente para tentar se acalmar. — Eu não vou passar por isso de novo.
Adelaine se virou, saindo da cozinha e indo em direção às escadas. Ela podia ouvir a voz de Sam chamando por ela enquanto a seguia de perto, mas ela não poderia se importar menos naquele momento. Adelanie estava cansada de ter a mesma conversa toda vez que Sam e ela compartilhavam um momento juntos.
A adolescente colocou a mão sobre o corrimão de madeira, pronta para correr em direção ao seu quarto e se trancar lá, mas foi interrompida pela mão de Sam colocada suavemente sobre seu ombro. Adelaine se virou com um suspiro para encontrar sua irmã olhando-a com uma expressão suplicante.
— Eu sinto muito. — Sam disse com um suspiro enquanto Adelaine a encarava completamente, cruzando os braços sobre o peito para ouvir a explicação de sua irmã. — Eu prometo-
— Não. — Ela a cortou instantaneamente, seus ombros tensos com a tentativa de sua irmã de lhe fazer uma promessa. — Não faça isso.
Sam engoliu em seco, balançando a cabeça levemente enquanto seus olhos se fixavam no chão, mas, antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, o barulho de alguém batendo na porta da frente fez as duas se virarem em direção ao som com uma feição confusa em seus rostos. Sam foi quem se dirigiu para abrir a porta, enquanto Adelaine começou mais uma vez seu caminho para cima, mas ela parou em seu caminho quando ouviu uma voz familiar chamando seu nome.
— Adelaine!
A morena se virou, olhando para o final da escada com uma expressão confusa, para encontrar Anne parada completamente sem fôlego. A preocupação imediatamente tomou conta de Adelaine com o comportamento de sua melhor amiga, sem entender o motivo daquilo.
