Acordar com a flauta de Althea na mente era maravilhoso!
Sigmund sentou. Com um largo sorriso, abraçou seu saung.
Aldous o cumprimentou, reuniu os materiais de estudo e um mapa-múndi, sem legendas. Latisha serviu vinho para ambos e Aldous estendeu o mapa no chão, deixando os livros próximos.
— Sente, criança. Isso é um mapa do mundo — disse o mestre. — As nações, soberanas ou não, totalizam cento e sessenta e três, se minha memória não falha, e esse número só cresce.
O menino olhou para o mapa com certa estranheza.
— Pelo caminho dos mortos, podemos ir a muitos lugares no plano vivo e em outros planos, que não citarei. — O mestre bebeu um gole do vinho. — A Criação e toda existência são uma bela canção, mutável... caminhar por suas pautas e notas é complexo, mas o trabalho de lidar com isso é de nossa parcela morta...
Aldous tomou sua lira e tocou.
Ao fundo, Sigmund viu Aakash vazia, sem nenhuma construção.
— Um lugar que deve se lembrar, não exatamente desta forma — disse Aldous, rindo do semblante surpreso do menino.
— Onde está a vila!? — perguntou, aproximando-se.
— Se continuar, vai se chocar contra a parede, é só uma ilusão.
Ele observou e notou a energia de Aldous costurando a cena.
— Perfeita, mestre! Fascinante...
— Obrigado! — sorriu. — Nossa parcela morta tem muito conhecimento, incluindo de todo o plano vivo, apesar de não conseguir inteligir. Temos o mapa-múndi e uma ilusão de Aakash, você sabe apontá-la no mapa... basta conciliar seus entendimentos.
— Isto será difícil, mestre... impossível, eu diria!
— Não peço coisas impossíveis. Estou facilitando com uma ilusão, se fosse meu mestre, ele descreveria brevemente o local e mandaria apontar no mapa enquanto impunha muita dor em ti.
— Nossa, mestre! — pasmou.
— Com uma ilusão é mais fácil... Concentre-se, criança! — O mestre falou calmamente. — "Não reouve minhas memórias... mas... encontrei na morte... recomeço..." — recitou, sorrindo.
Sigmund sentiu o gélido ponto em seu peito palpitar, teve uma leve e passageira sensação ansiosa por desconhecer o que ocorria.
— Sempre que cobrir-se das águas do Estige for necessário, lembre-se deste trecho... até conseguir fazê-lo só — aconselhou.
— Parece perigoso, mestre — disse, pondo a mão no peito.
— Não é. A não ser, claro, que tente abrir seu peito para ver.
Sigmund franziu o cenho, em negativa.
— Sempre que errar, temos uma luva de vinte minutos, sem usar energia, apenas marcial... se usar energia na luva... dor!
O menino assentiu, sentou para estar na frente do mapa e da ilusão. Lembrou-se do gélido sangue em suas veias e arrepiou.
"Recomeço...", pensou, se concentrando no gélido ponto e o permitindo inundá-lo. Olhando para a ilusão, uma amálgama de muitas informações confusas passaram por sua mente.
Fechando os olhos rapidamente, tirou risadas de Aldous.
— Uma boa dica é ser mais rápido, confiar em seu instinto. O Sigmund vivo nunca viu um mapa-múndi, pelo que sei.
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Algos - Livro α - 3ª Edição
SpiritualSe há dor em tudo, é realmente necessário curar? O que dói em ti? Presente, passado, futuro O tempo. No fim do dia, O anseio de tudo que vive é apenas ser livre! Mesmo que doa. O existir. Loucos podem chorar? Loucos podem lutar? Amar? Doentes podem...