Eleven; Brother

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[Yuji Itadori narrando]

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[Yuji Itadori narrando]

ISSO FOI A coisa mais estranha do meu dia. Ok, eu quase morri, e ainda fiz algum tipo de contrato maluco com um demônio que tá dentro de mim, mas isso é realmente idiota. Estranho.

Um homem com quase 2 metros na minha frente me perguntando meu tipo de mulher...cara, eu quase morri. Sukuna brinca com a minha cabeça e me deixa louco, agora tenho um contrato com ele, é isso me enche o saco, mesmo que seja bom para mim. Realmente queria sair dali. Posso ser um burro idiota para os outros, mas tenho um cérebro, sei da minha situação e sei o que pode acontecer ser for muito burro.

- Alta com bunda grande, tipo a Jennifer Lawrence

- Brother...

O olhei e realmente quis correr. Eu não entendia o por que, mas ele estava chorando enquanto fazia uma pose um tanto quanto máscula demais, e era estranho.

- Yuji Itadori, você é a partir de agora...meu brother

- Seu o que? Nem sei seu nome, tá doido?

- Sou Aoi Todo

- E o que quer aqui?- perguntei me preparando para lutar se preciso

- O que eu quero...bem, realmente não quero muito, ou melhor, não quero nada aqui, mas...

- Itadori! Sai daí, agora!- Megumi gritou, fazendo minha atenção se dirigir ao carro, e virar meu corpo

- Os superiores te querem morto...vamos ver se você merece ser meu brother mesmo...irmão- escutei atrás de mim, e antes que pudesse me virar, senti o impacto em minha cabeça

Um chute foi desferido em minha nuca e bati a cara diretamente no chão. Me levantei ainda confuso, sentindo o sangue escorrer. Era engraçado. Ele era forte, talvez sua força fosse superior a minha, mesmo sem aquilo tudo de feitiço Jujutsu correndo em seu corpo. Como eu, ele usava uma força dele próprio, sem todas aquelas merdas. Era interessante, e eu passei naquelas poucos segundos a desejar lutar contra ele.

- Queria poder brincar mais com você, brother. Mas sabe como é...perdi uma aposta- com Nobara e Fushiguro bem atrás de mim, fomos cercados por mais pessoas- e agora tenho que obedecer as ordens. Aposta é aposta, regras são regras

- O que querem com agente?- Nobara perguntou, ainda assustada com tudo

- Com vocês? Não. Queremos Sukuna, e claro, Yuji Itadori. Queremos os dois mortos- um metido a japa disse. Os olhos eram tão juntos que nem sei como ele enxergava, e a parte da frente do seu cabelo era amarrada por algum pano branco. Ele era grande, mas não me assustava

Nobara tentava se manter firme, ainda tendo medo da morte, e com toda aquela agilidade que eu tinha, lhe segurei os braços rápido, antes que pudessem notar que me movi, a acalmando. Eu sabia que eram fortes, mas não pareciam rápido, todos mantinham os olhos arregalados, surpresos com minha rapidez em me mover. Eu sabia que se fosse lento, me atacariam, e sendo ágil, eles teriam receio em me atacar. Usaria aquilo a meu favor.

Fushiguro também estava assustado, todos estavam. Nobara já havia se acalmado e respirava fundo em meus braços, enquanto nos cercavam cada vez mais. Eu a abraçava, mas mantinha meus olhos fixos em Todo, o único calmo ali. Parecia que nada podia o abalar, e em momento algum demonstrou medo, surpresa ou fraqueza. 

Eu gostava disso. 

Eu temia isso.

- Se nos impedir, vão morrer...primo- uma mulher de cabelos curtos e com uma arma na mão, apontou para Fushiguro

- Ser morto por você? To fora- falou com deboche, se posicionando para atacar

Nobara já se mantinha forte, segurando aquele seu martelo, e me olhando com firmeza. Ela sabia que precisávamos nos salvar, ninguém faria isso além de nós mesmos. Também me posicionei pronto para enfiar a porrada em quem entrasse em minha frente. Não eram muitos, eram também três, como nós. 

- Noritoshi Kamo, usa feitiço de sangue- Fushiguro se aproximou, nos alertando- Aoi Todo, o negócio mesmo dele é a força, além das palmas

- Palmas?

- Sem tempo de explicar. Mai Zenin, tomem cuidado com as balas

Que ajuda bosta.

- Obrigado, Einsten- Antes que pudesse piscar, Todo já vinha para cima de mim.

- Chega de fofoca- tentou me socar novamente, mas me esquivei

O carro a aquela altura do campeonato já partia e o homem que iria nos levar, um cara já mais velho e tímido, gritou dizendo que iria chamar alguém, mas...quem iria ajudar alguém que é receptáculo de uma maldição? Idiota.

Precisava de espaço, naquele pequeno estacionamento, de nada iria me ajudar, e o mesmo servia para eles. Corri para fora, pulando do terceiro andar. Pude escutar Nobara gritar, ainda não se acostumou com esta minha mania, mas deixei para lá. Continuei correndo, dessa vez em direção a um parque vazio, ali sim teria espaço suficiente. Sabia que estava sendo seguido o caminho todo, eu queria isso. 

O olhando bem de perto agora, era bem poderoso mesmo.

- Pronto, agora?

- Mais que pronto

A cada segundo que passava, mais sangue descia do meu corpo, mas o mesmo valia para ele. Pensei que Todo com toda aquela força, seria lento, mas assim como eu, ele era bom em tudo, sua velocidade quase superava a minha. Quase.

Ele me golpeava enumeras vezes, e eu sabia que não usava sua força total, estava brincando apenas. Era forte demais.

Me movi rápido para suas costas, lhe golpeando ali, e subindo para um mata leão. Ele se contorcia em meus braços, e pensei realmente que venceria, mas assim que pensei nisso, o vi sorrir, e me prensar em uma árvore, me fazendo afrouxar o braço e me chutar forte bem em minha barriga. Me vi encurralado e preso em um galho daquela árvore, e ele também viu. Viu a chance perfeita para me apagar. Eu vi a chance perfeita para ganhar.

No momento que ele estava prestes a me socar, rodei meu corpo naquele galho, me sentando nele tranquilamente.

- Esperto...

Pensei ter me salvado, mas naquele mesmo instante, chutou a árvore, a quebrando no meio. Tanto ele quanto eu pensamos que eu aqui, cairia com a cara no chão, e aquele seria o momento perfeito para ele atacar com tudo, mas não. Por algum motivo que nem eu consigo saber, tive a ideia de enquanto ele ainda mantinha as costas para mim, antes que conseguisse encostar no chão, chutei suas costas. Chutei suas costas e cai em pé no chão, enquanto ele deu uma leve tropeçada em minha frente.

- Você realmente merece ser meu brother

- Essa historia de novo?

- Desde o início eu não tinha a intenção de te matar, óbvio que não vou obedecer ordens. Tks, bando de idiotas

Ri sem parar, aquilo era hilário.

- Você realmente...mas sabe, algo me dizia que- parei minha frase aí, sentindo algo perfurar meu coração e me virei, vendo aquele cara dos olhos finos, o que controlava sangue, sorrir para mim, continuando a atirar mais flechas de sangue em mim- eu iria morrer.

- BROTHER

Eu sabia, era inevitável. Aquela possível morte...se tornou verdadeira.

Continua

Straight in the Throat|Jujutsu KaisenOnde as histórias ganham vida. Descobre agora