Straight in the Throat|Jujutsu Kaisen

Twenty ; Rei e Rainha das maldições

Vi o filme de Jujutsu, e meus amigos...q filme.

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[Yuji Itadori narrando]

VOVÔ ME ENSINOU a muito tempo o significado dos sentimentos, e cara, eles são muito importantes.

Tristeza, felicidade, raiva, medo...amor, e entre outros. Sentimentos assim podem te mudar, mudar muito, e aprendi isso à tempos atrás, tentando conter a maldição dentro de mim.

Vovô nunca me disse o porque de eu ser assim, na verdade ele nem me disse que eu era assim. Esse tempo todo continha minha raiva e tristeza dentro de mim, o medo não, já que o medo que me fazia conter isso tudo. Agora eu não sei o que fazer. Meu medo se estendeu para todos os lados. Se me conter, vou conseguir fazer o plano dar certo? Se me conter, vou conseguir salvar meus amigos, se preciso? Se não me conter, vou machucar meus amigos? Se não me conter, vou perder? Estou tão confuso...

Me sentei a sala vazia, apenas três carteiras e um quadro negro, velho. Suspirei vendo a porta se abrir.

- Posso me juntar?- escutei o garoto que entrou dizer, um senpai.

- Claro. 

- Obrigado...?

- Itadori, e você, senpai?

- Yuta Okkotsu.

- Hum, prazer, Yuta-senpai. O que está fazendo aqui?

- Fiquei sabendo um novato forte estava deprimido, e como ia dar uma passada aqui na escola mesmo...por que não?

- Está perdendo seu tempo, só irei fazer o que me foi dito para fazer, meus sentimentos pouco importam.

- Ah, não diga isso...O que está te aborrecendo?

- Sentimentos.

- Está com medo?

- Não, quer dizer...sim, mas também não.

- Que confusão. Medo de que?

- De mim.

- Está com medo de machucar alguém? Uau.

- É, você acertou, mas esquece, você não entende...

- Sabe, não se sinta especial com o Rei das maldições em você.

- Oh, jura? Especial? Me sinto um lixo.

- Acho que vamos nos dar bem...Eu tenho a Rainha e você o Rei, afinal.

- ...Xadrez?

- Pff, não. Eu disse, Sukuna é o Rei das maldições.

- E quem seria a Rainha, a namorada dele?

- Você é engraçado.- ele gargalhou- Rika. Rika é a Rainha, e não, ela não é namorada dele, credo.

- Credo mesmo!- Sukuna falou com nojo, aparecendo na minha bochecha.

- Uau, agora é credo!- Yuta riu olhando para mim- Ele aparece assim mesmo?

- Quase sempre, nem me abalo mais. E quem é Rika?

- Meu primeiro amor, e único.

- Como é que é?- ok, tô confuso. Nois não tava falando de uma maldição? Pra ser Rainha...não teria que ser, tipo...muita velha?

- Rika era minha amiga, digo, noiva. Ela morreu na minha frente, eu a amaldiçoei.

- E ela é tão forte assim?

- Você não faz ideia...

- Já que me explicou tudo isso, foi falar também. Vou te falar uma coisa que mais ninguém sabe, nem o Gojo-sensei, promete não dizer por aí? Para ninguém!

- Ok, prometo.

- Esse ano não foi a primeira vez que comi dedos do Sukuna.- ri com a a cara de assustado de Yuta-senpai.- Quando tinha 5 anos, não sei como e por que, mas engoli um dedo do Sukuna. Por culpa dele, quase matei um colega quando pequeno, fiz minha mãe ter que mudar de cidade, ela...morreu por minha culpa, e esse ano quase matei mais um colega.

- Ele estava esse tempo todo na sua cabeça?

- Também sabe como é isso, né.

- Não, amaldiçoei Rika, mas ela só vem quando chamo, quer dizer, agora é assim. Nunca conversei assim com ela.

- Bem, sorte sua, é horrível. Você não pode ter seus próprios pensamentos, não tem paz, silêncio...nada. Você é 24 horas por dia perturbado por vozes, vozes que te manipulam, que te tentam fazer coisas que não quer.

- E por que sua mãe morreu?

- Um dia eu cheguei e ela estava morte, fiquei com fobia de sangue depois disso, e...não me orgulho disso, mas fim tipo um pacto, sei lá, com Sukuna. Ele fez esse medo parar. Meu avô dizia que não era minha culpa, era meu pai que era o culpado, que ele é maligno, mas eu sempre coloquei na minha cabeça que era eu, eu sei que fui eu. Ele não tinha motivos para voltar para isso.

- Sei pai é assim, tão...maligno, como teu avô disse? Ele sabe do Sukuna?

- Não sei, eu nunca o conheci, minha mão fugiu dele, mas ele sempre sabia onde estávamos. Não sei sobre Sukuna, se ele sabia ou não, acho que nem meu avô sabia, devia achar que eu era apenas louco.

- Nunca perguntou sobre ele?

- Não, aquilo machucava minha mãe. Meu avô quis dizer no fim da vida, mas eu não quis ouvir. Mas...depois de tudo isso que está acontecendo, eu voltei para casa e mexi em algumas coisas dele. Não quis procurar por ele, ele é mais monstro que Sukuna, pior que eu, eu só...queria saber quem ele era, mas nem isso estava lá, só o nome.

- Como ele se chama? Talvez podemos achá-lo.

- Não quero ver aquele canalha nem pintado de ouro, ele já fez muita merda com minha família.

- Mas talvez ele tenha respostas. Talvez ele saiba sobre Sukuna, e pode te ajudar.

- Não sei...

- Vamos, me diga o nome, vamos procurar por ele.- suspirei, mas acabei concordando.

- Geto. Geto Suguru.

Continua.