Direto na garganta, vá direto na garganta. Desde pequeno tinha essa voz dentro de mim, que tentava me levar ao mal caminho assim que alguém fazia algo que eu não gostava, mas nunca caia em sua lábia.
Não, não, não, não engasgue, vá direto na gargan...
Obs.: Será explicado no futuro, mas aqui vamos usar os nomes dos personagens de Jujutsu Kaisen. Tanto aqueles que já apareceram, como os que não, mesmo sendo outro século.
[Ryomen Sukuna narrando]
PORQUE NÃO PODIAM me deixar em paz? Recebia chicotadas nas costas e sangue escorria no chão, meus olhos estavam fracos e eu quase desmaiava.
- Você tem sorte do padre gostar de você, ou já estaria morto.- Masamichi me chutou, me livrando das correntes que amarravam meus pulsos.
Me levantei rápido, correndo para "minha casa", ou onde ao menos eu tinha um pouco de conforto. Choso estava cozinhando alguma estranha, verde, sei lá. Só quero me deitar e esquecer tudo.
- Senta aqui- Choso puxou uma cadeira.
- Não quero.
- Vem logo, você tá sangrando igual boi para ser abatido!
Me levantei grunhindo de dor, indo até a cadeira. Ah, acho que quebrei uma costela.
- Vira de costas.- Bufei.- Você tem que parar com isso, Sukuna!- Vi ele pegar a panela com aquele negócio verde. Então é um remédio...acho que ele se acostumou à me ver sangrar que até sabe quando vou chegar machucado.- Se continuar a brigar com cada um que apareça, vão acabar te matando uma hora ou outra. Ainda bem que o Padre gosta de você e o Papa não faz nada. Estão dizendo por aí que você foi possuído por Satãn.
Anos de merda. Qualquer coisa que acontece acham que podem culpar o Diabo e colocam pessoas para queimar até a morte ou retiram seu ar, penduradas em árvores.
- Por que você é assim, Sukuna? Isso machuca apenas você.
- Talvez...
- Talvez o caralho! Você sabe que eu estou certo.
Não é minha culpa ser diferente. Eu não controlo minha força, então se alguém quer encrenca comigo, não posso só deixar aquela pessoa me matar. Me chamam de monstro por amar alguém que não está ao meu alcance.
- Eles tem medo do diferente.
- Uma coisa é ser diferente, Sukuna, e a outra é pecar.
- Desculpa se eu amo alguém casado com Deus.
- Exatamente isso! Você nunca devia ter dito que ama o Padre, isso foi o início de tudo! Era pra você estar morto agora, mas não está porque o Padre é alguém do bem, e odeia que matem pobres almas, como ele mesmo diz. Só que um dia ele ainda vai cair e você vai estar sozinho para lutar contra a fúria da aldeia. Todos querem ver pessoas sendo mortas por seus pecados, mas o Padre não aceita. Ainda vão matar seu amor, Sukuna.
- Não. Nem por um caralho!
- Então não seja um idiota.
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