Twenty two; Romance com ele?

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[Autora narrando]

AS PERNAS DE Itadori estavam cansadas, mesmo que ele não estivesse, seus olhos queriam se fechar, como se Sukuna o chamasse. Escutava seu nome ser chamado.

- Itadori!- coçou os olhos.

- Hm?- olhou para cima, sentindo Yuta o sacudir.

- Está assim há horas, precisamos sair daqui.

- Querem me matar?

-...Sim.

-...Eu vou morrer?

- Não.

"Já não está claro que vou morrer
de todo jeito?"- Itadori pensou.

- Por que?

- Porque eu prometi. Prometi para Gojo-sensei que te salvaria se ele não pudesse.

- Onde ele está?

- Com os superiores...ganhando tempo.

Foi naquele momento que Yuji descobriu que algo não estava certo, que aquilo tinha se tornado algo sério.

- Meus amigos...Maki precisa de mim.

- Maki? O que tem ela?

- Conhece a Maki?

- É minha amiga também- uma maldição enorme apareceu atrás de si, e estava com raiva- A-mi-ga. Amiga, Rika. Está tudo bem, ok?- ela desapareceu, sorrindo leve.

- Essa é Rika?- Yuji perguntou com um sorriso, vendo Yuta girar o anel em seu dedo.

- Sim, é ela.]

- Não se sente...angustiado com ela sempre te observando?

- No início era assim, mas agora...gosto de ter sua companhia.

- Hum.- Yuji sorriu, olhando para cima- Se eu for viver por um tempo mais longo que o que foi me dado...espero ser assim com Sukuna.

- Você sabe que eu namorei a Rika antes...de tudo, né? Você...vai namorar o Sukuna ou algo do tipo?

- O-oque?- Yuji tapou a boca, percebendo que havia gritado- Eu nunca namoraria o Sukuna!

- Sabe, tem noites que eu sonho com Rika, tipo, a forma real dela. E...quando acontece, não parece tão irreal, não parece tão errado. Eu gosto, porque eu a amo. Não é errado amar o Sukuna também, ele já foi humano, e está sempre com você. Ah, mas é só minha opinião, então você que sabe.

[Yuji Itadori narrando]

Ca. ra. lho.

Mas que merda foi essa?! Eu? Namorar o Sukuna? Nunca. Assim...tudo bem, ele é bonito, bombadão e dependendo da ocasião...engraçado, mas não. Seria muito estranho. Beijar um cara assim, que tipo, tem praticamente o mesmo rosto que eu? Seria bizarro demais.

Ele disse sobre sonhar com a forma humana...e acho que aconteceu. Digo, aquilo foi um sonho? Nem sei se foi, e espero que não tenha sido. Se fosse, poderia significar que eu teria sentimentos por Sukuna, como Yuta tem por Rika? Não quero pensar nisso. Eu vi Sukuna ali, morto...e depois tive o mesmo destino. Espero que quando me matarem, não seja numa forca, eu não...aquilo é demais para mim.

Foi tão estranho...Sukuna morto, um padre do seu lado, igualmente morto e os dois de mãos dadas. Yuta disse que maldições também podem amar, já foram humanos. Me pergunto se Sukuna já amou, me pergunto se aquele padre...se ele era quem Sukuna mais amou.

Me levanto e olho para Yuta com um sorriso. 

- Vamos sair daqui.

- Eu sei, mas...pra onde?

- Não foi você que disse que precisamos fugir?

- Eu sei, Itadori, mas...não é tão fácil assim. A gente tem que sair daqui, ganhar tempo pro Gojo-sensei, mas não sei pra onde podemos ir.

Coloquei a mão no bolso da calça, retirando um papel dali.

- Kabukicho.- leio o papel.

- Kabukicho? Sério, Itadori?! Quer estar em um lugar desses

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- Kabukicho? Sério, Itadori?! Quer estar em um lugar desses...agora?

- Aquele homem que estava do meu lado,- digo com os olhos arregalados- ele que me deu esse papel. Acho que queria ajudar, então eu só...vim.- Uma mulher passou por mim, colocando um cartão na minha mão e piscando. 

- Casa 468. Precisamos procurar este lugar.- digo jogando o cartão no lixo.

Eu não sabia o que fazíamos ali, era um lugar de prostituição! É isso que acontece comigo no futuro, por acaso? Em vez de morrer, vou virar um prostituto?

Yuta apontou para o endereço que eu disse e logo abrimos a porta. Havia uma mesa grande e um homem sentado nela. Ele era branco, olhos marrons escuro e cabelos também da mesma cor, usava um terno preto e tinha um martelo de juiz do seu lado, enquanto lia e carimbava alguns papéis. 

- Yuji Itadori?- ele falou, me assustanto.

- Sim, quem é você?

- Higuruma. Fushiguro que te mandou aqui?

- Sim?

- Está perguntando para mim?- arqueou uma sobrancelha, finalmente olhando para mim.

- É que o único Fushiguro que conheço é tipo, desse tamanho.- Coloco meu braço um pouco abaixo da minha altura.

- Toji Fushiguro.

- Ah, sim. Ele que mandou aqui. Não sabia que era parente do meu amigo.

[Ryomen Sukuna narrando]

Toji Fushiguro. Pai do moleque talentoso, huh?

- Toji, hein. Não tinha morrido?

- Como sabia?

- Tenho minhas fontes.

- Tem pessoas que tem o poder de me chamar, entende? Tenho pouco tempo.

- E o quer com o moleque?

- Itadori? Ele é amigo do meu filho,- levanto uma sobrancelha, duvidando- e...tá, ok. Esse garoto tem algo muito valioso: Você. Precisamos dele.

- Por que?

- Algo grande vai acontecer.

- O que seria isso?

- Geto. E nem adianta dizer que isso não tem nada haver com você, sei de tudo. Você e Itadori tem que dar um jeito nele.

- Ele é pai dele, e daí? Não tem nada haver comigo.

- Pode ter virado uma maldição, mas isso não significa que esqueceu do homem que te separou do seu único amor.

Continua.

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⏰ Última atualização: May 14, 2022 ⏰

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Straight in the Throat|Jujutsu KaisenOnde as histórias ganham vida. Descobre agora