Sem saber lidar

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N/A: desculpa a demora meus amores 😢

Bakugou sempre amou ser médico, nunca se importou se era presente ou não na vida de alguém, mas naquele momento chegava a ser desumano ser profissional da área da saúde. Ele sempre deu 100% de si, mesmo quando achava que não tinha mais forças, ele conseguia se superar, porém estar naquela situação o incomodava demais.

Bakugou tinha certeza que naquele momento era horrível ser médico, ao menos uma vez ele queria poder virar as costas para o seu trabalho e focar somente em uma coisa: encontrar Ochako. Ele sabia que a partir do momento que colocasse os pés no hospital, teria que esquecer todos os seus problemas e focar apenas no seu paciente, teria que esquecer ela.

Era difícil não pensar em Ochako, pensar no que estava acontecendo. Não estar ajudando a procurá-la era algo que o chateava, se sentia inútil e se odiava por isso. O loiro parou em frente a entrada principal do hospital e checou o celular pela última vez, na esperança de aparecer uma notificação de Kirishima.

Seu olhar se esvaziou ao ver que não havia nada, ele puxou o ar para dentro dos seus pulmões e tentou pensar o mínimo possível em Ochako, precisava assumir seu modo profissional assim que colocasse o primeiro pé no hospital.

— Boa noite, Doutor Bakugou — a enfermeira disse sorrindo ao vê-lo entrar — Parabéns pela aprovação — ela sabia que ele pouco se importava com isso, Bakugou sempre foi o melhor e não era novidade para ninguém sua aprovação.

— Boa noite, Hinata — ele respondeu de forma amigável, tentando manter seu profissionalismo — Obrigado. Qual a urgência?

Ela coçou a garganta assumindo seu tom profissional e disparou a falar — Mulher branca, na casa dos 22 anos, vítima de atropelamento e com sinal de violência. As pessoas que presenciaram disseram que ela estava desnorteada e parecia fugir de alguém — seu tom era cauteloso — Acho que talvez seja melhor você se preparar, a classificamos em ¹Glasgow 14.

Bakugou franziu as sobrancelhas não entendendo o que ela quis dizer com se preparar, pode perceber a afeição da mais velha a sua frente mudar. O caso não parecia ser algo traumático, muito pelo contrário era algo simples e logo ela estaria em casa.

Mesmo assim ele apenas concordou e se dirigiu ao leito, mas então a surpresa veio e a frase de Hinata fez sentido. Era ela ali, a mulher branca com sinais de violência era Ochako, machucada e inconsciente.

Bakugou sentiu o desespero tomando conta, mesmo tentando manter seu tom profissional, por um momento não sentia o oxigênio chegando aos seus alvéolos. Ele olhou de relance para Hinata e pôde sentir um olhar diferente, algo que envolvia compaixão.

— Doutor? — a enfermeira o chamou.

— Foi por isso que você me chamou? — ele perguntou a ela enquanto pega o tablet para acessar o prontuário. Hinata iria esperar Ochako no hospital para que ela participasse de uma cirurgia, mas quando a morena não apareceu, ela logo ligou para Bakugou e perguntou se estava tudo bem, mas então veio a notícia.

— Eu não tinha certeza de que era ela, só tinha a visto na sala de cirurgia e estava paramentada — seu tom era ameno — Fico feliz que meu palpite estava certo, pelo menos agora sabemos onde ela está.

— Estávamos desesperados atrás dela — ele respirou fundo como se todo o pesadelo tivesse chegado ao fim — Ligue para Kirishima e o avise, por favor.

Assim que Hinata se retirou,Bakugou caminhou até a beira do leito e se sentou na poltrona, ele a analisou detalhadamente — O que aconteceu com você? — ele perguntou mesmo sabendo que não teria resposta. Seu olhar se fixou na marca avermelhada em seu rosto, a marca de uma mão. Quem seria tão desumano ao ponto de fazer mal a Ochako? 

Estagiária Where stories live. Discover now