A SORTE ESTÁ LANÇADA

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18 de fevereiro de 2000

Arizona pov's:

                Desperto escutando vozes alteradas, como se tivessem discutindo?
Não sei ao certo. Então, vou abrindo os olhos lentamente ainda desorientada e meio sonolenta... Procuro pelos donos das vozes, mas ao olhar para os lados noto que estou sozinha num quarto até  então desconhecido por mim.

                Logo puxo pela memória meus últimos momentos consciente e é aí que  lembro...

Flashback on:

                Minha mae entra tarde da noite com um largo sorriso estampado no rosto dizendo que eu iria para casa naquela noite já que minha alta tinha sido autorizada pelo médico de plantão. 

                Sorri com a notícia enquanto a abraçava.

                 Minutos depois, a Dra Helga entra com uma injeção alegando ser um sedativo para me fazer dormir e relaxar durante meu deslocamento.

                  Faço uma careta de dor só de olhar para a agulha sem antes mesmo da aplicação. Ela nem é tão grande, mas só em pensar ela entrando na minha pele... ixi... me arrepio toda. As duas riem da cara que faço.

                 Helga então se aproxima me olhando pedindo permissão para realizar seu trabalho, eu assinto a olhando e balançando a cabeça em sinal de positivo e em seguida desvio o olhar virando o rosto e fechando os olhos para não ver a furada.

                Ela é super legal como todos os profissionais que cuidaram de mim, eu tive muita sorte, penso silenciosamente.
Sentirá apenas uma picadinha rápida e que não doerá nadinha, ela diz posicionando a agulha e a aplicando em sequência, hanrramm a respondo franzindo o cenho com os olhos fechados sentindo o formigamento pelo líquido entrando. Pouco tempo depois, meus olhos começam a pesarem e meu corpo amolecer...

Flashback  off

               Acho que dormi por esse tempo todo penso alto, pois não lembro de mais nada depois disso.

Olho novamente o local a minha volta...

             Que estranho — franzo a testa— esse não é meu quarto, com dificuldade por causa da dor que sinto ainda no tórax e no abdômen, me ponho de pé me apoiando na cabeceira da cama e em seguida caminho lentamente até o janelão ao lado, me curvando olhando a paisagem e a estrutura de fora da casa e logo me vem a mente: essa tambem não é minha casa. Será que me transferiram para outro hospital? Não pode ser— balanço minha cabeça em sinal de negação —mamãe me disse que eu voltaria pra casa — minha mente borbulha...

               Porém, logo volto a si devido a gritaria vinda do corredor.

               Curiosa que sou, viro-me para a porta e caminho até ela me encostando na mesma enquanto seguro na maçaneta e a abro silenciosamente.

               Assim que coloco minha cabeça para fora do quarto reconheço os dois corpos no corredor a gritar um contra o outro, meus pais, sim são eles meus pais.

Mas, porque estão discutindo? Me questiono confusa.

              Eles estavam tão focados na bolha de discussão deles que não me notaram ali, então decidi não chamar a atenção deles e fiquei quietinha ali tentando compreender o teor da briga:

             Você mentiu pra mim Daniel, acabei de falar com nosso filho por telefone, ele não sabia de nada e agora está desesperado com nosso sumiço, o que está havendo com você homem de Deus, você não é assim, não foi com esse homem — minha mãe aponta para meu pai — calculista e dissimulado com quem me casei.

O Destino Nos Uniu (Em Hiatus) Where stories live. Discover now