Sacrifício

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Narrador:

Era 10 de julho de 2001, quase oito meses haviam se passado desde aquela trágica noite de poker no cassino e o prazo determinado pelo Juiz da comarca internacional americana também tinha se esgotado. Então, Christopher já impaciente e se valendo do direito adquirido perante a Lei para tomar posse de seus novos bens caso o acordo não fosse cumprido, acionou a justiça para que se fizesse valer o seu direito.

E na tarde desse mesmo dia Bárbara juntamente com o Tim, tiveram a maior se não a pior surpresa desagradável de suas vidas. Tim estava sentado no sofá assistindo a transmissão ao vivo da final de basebol masculino e Bárbara estava voltando da cozinha com uma bandeja recheada de doces para se juntar ao filho, quando de repente a campainha toca.

___ Eu atendo, Bárbara diz animada depositando a bandeja na mesinha de centro em frente ao sofá e virando-se para a porta.

Porém, ao abrí-la, seus olhos foram de encontro a um oficial de justiça com um mandado de despejo nas mãos e vários policiais ao redor.

___ Sim, pôs não? Ela pergunta franzendo o cenho.

___ Boa tarde senhora. Me chamo Augusto e vim lhe informar que a senhora tem uma hora para sair do imóvel apenas levando seus pertences pessoais já que o imóvel foi negociado com porteira fechada. Se quiser ligar para alguém fique a vontade, nós só sairemos daqui após a senhora deixar o local, o oficial fala entregando o documento para a mulher ao mesmo tempo que adentra a casa sem mesmo Bárbara dar-lhe espaço.

___ Ham? Como é? Senhor deve está havendo algum engano, o senhor deve ter errado de casa, pois esta casa é quitada há anos e não a colocamos a venda, fala Bárbara singela.

___ O que está havendo aqui? Pergunta Tim se aproximando dos dois e estranhando a presença do oficial de justiça com os policiais em sua sala.

___ Senhora não há engano nenhum aqui, mas pelo que estou percebendo, vocês desconhecem o motivo deste mandato, então sentem-se por gentileza para que eu lhes contem, disse Augusto. Eles assentiram e sentaram.

Assim que o oficial Contou-lhes toda a história, mesmo incrédulos, Tim ligou para seu pai a pedido de sua mãe para se certificarem da veracidade dos fatos, e para a tristeza dos mesmos, Daniel confirmou.

Porém, assim que encerrou a ligação, Daniel que estava desocupando naquele momento a sala da presidência também a mando da justiça, em um ato desesperado, ligou para Roger apelando mais uma vez para a velha amizada. Só que mais um vez a tentativa não obteve êxito.

Então quando o Robbins mais velho chegou em sua residência 40 minutos depois, encontrou Bárbara e Tim inconformados com as malas já em frente da casa e Augusto interditando todo o local com a ajuda dos policiais.

___ Perdão! Foi tudo que Daniel conseguiu pronunciar quando se aproximou da família, a qual lhe deu as costas sem ao menos lhe responder.

___ Tim filho pra onde vão? Pergunta Daniel segurando o braço do filho.

___ O senhor não merece nenhuma consideração da nossa parte- olha pro pai com frieza no olhar- mas para evitar ouvir sua voz novamente irei lhe responder: esta noite iremos para a pousada daqui de perto, inclusive já reservei um quarto, mas mãe já entrou em contato com tia Costinha e provavelmente a partir de amanhã ela estará indo pra lá, eu ficarei na casa do meu amigo Jackson durante a semana por conta da faculdade, mas nos fins de semana irei para o interior também ficar com a minha mãe.

___ E, eu filho? Indaga Daniel

___ Vá para o quinto dos infernos, Tim responde dando as costas para o pai voltando a caminhar com a mãe direcionando-se para o carro.

O Destino Nos Uniu (Em Hiatus) Where stories live. Discover now