Conhecendo O Amor 2 - O reencontro.

Prólogo

-Não, definitivamente não! - Repito convicta.

-Ah, qual é. Eu prometo voltar antes de escurecer! - Brian insistia para eu deixa-lo ir andar de skate sozinho com os amiguinhos. Mas óbvio que eu não deixaria, ele as vezes parece esquecer que tem apenas 6 anos de idade.

-Brian, eu não vou repetir! - Acabo de lavar as louças e me viro pra ele, que me encarava na cozinha com uma expressão indignada. As vezes era tão difícil lidar com ele.

-Por isso eu queria ter um pai, você é muito chata! - Diz enraivecido e sai batendo o pé.

Essas frases dele são uma das que mais me machucam. Desde que ele começou a entender mais sobre tudo, as coisas ficam cada vez mais difíceis. Além dele ser um garoto muito inteligente, ele também tem a personalidade muito forte e costuma não ter muito controle sobre os sentimentos, Brian é um garotinho muito intenso, e a falta que um pai está fazendo anda mexendo muito com o emocional dele. Isso está acabando comigo.

Eu tento de todas as formas suprir esse vazio, preencher essa parte dele que a ausência do pai faz, mas eu sei que nunca vai ser o suficiente, porque eu não tem como eu ser os dois ao mesmo tempo.

Depois daquela noite no baile de formatura, eu não vi mais ele. Bradley. Pois eu viajei pra minha avó materna no dia seguinte, e quando ele foi me procurar era tarde demais. Depois de passar o ano inteiro tomando coragem para procurar Bradley James, meu menino nasceu e eu adiava cade vez mais entrar em contato com ele. E então eu fiquei meio que sem saída quando todos viram que eu tive um filho, inclusive a família dele. Não tinha como eu simplesmente falar que era filho de Brad, todos iriam ficar em choque e confusos do porquê eu não contei antes, fora que Brad estava se dando super bem na vida, construiu sua carreira e hoje trabalha na tv no canal de sportes narrando jogos de futebol americano. Brian tem uma paixão enorme por futebol americano tanto quanto ama andar de skate, e como ele costumam dizer "esse cara é muito irado" é isso que ele dizer toda vez que vê seu pai na tv. Eu não queria estragar ou atrapalhar a vida de Brad, e hoje vejo a burrada que cometi.

Pois não há nada pior do que ver meu garotinho sofrer.

Minha campainha toca e eu vou atender.

-Olá irmãzinha! - Tyler entra sem nem ao menos esperar o convite. - Cadê o B?

Tyler o chama assim desde que ele nasceu, e o Brian adora o apelido simples.

-Subiu, ele está chateado que não deixei ele ir para pista de skate sozinho. - Suspiro. - Ele está aprendendo a ser rebelde assim com você!

-Eu? - Sorriu com ironia - Não se esqueça que a genética do Bradley corre nas veias dele.

-Fala baixo! - O repreendo.

-Eu tenho que te contar uma coisa, e você não vai gostar nem um pouco de saber...-Disse com um sorrisinho sem jeito. Meu coração logo dispara.

-O que você aprontou desta vez, Tyler?!

-Tio Tyler! - Brian aparece na escada e desce correndo para abraçar o tio. - Você veio pra me salvar! me leva pra pista de Skate, por favor. - Suplicou enquanto se agarrava ao pescoço de Tyler.

-Mas é claro, vim buscar você para passar o dia comigo. Topa? - Fechou o punho para Brian tocar.

-Demorou! - O pequeno concorda com empolgação, tocando seu punho com o do tio. 

-Vamo nessa, da tchau pra sua mãe. - Tyler parecia apressado e eu estava estranhando totalmente esse jeito dele.

-Tchau mãe! - Brian me da um beijo rápido na bochecha e sai correndo na frente.