Capítulo 16

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Olá, pessoal! Preparados para um Especial de Halloween?! O negócio está MACABRO!

[Wolf] Obrigada pelo carinho! Pedimos que continuem comentado, favoritando e compartilhando a história para maior engajamento! Sei que demoramos para atualizar esses meses, mas foram por motivos pessoais! Mas, em compensação, trouxemos capítulos enormes e incríveis! Aproveitem cada cena!

[Vamps] Bom, gente, caso ainda não tenha ficado claro, nós brincamos com alguns fatos/figuras históricas e acontecimentos da vida real e trazemos de forma adaptada para a fanfic. Não estranhem se algumas datas ou lugares forem alteradas de vez em quando, isso é para se encaixar com o enredo da fic.

Músicas do capítulo se encontram na playlist "Over The Dusk Oficial" no Spotify. "2x" significa repetição. Caso possível, escutem as músicas! Estão incríveis!

Peguem um bom fone, apaguem as luzes do quarto, preparem a cola para o queixo caído e boa leitura!

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Existe, dentro de cada homem ou mulher, um cerne do mal que é apenas ligeiramente controlado. Podemos chamá-lo de selvageria, brutalidade, barbárie ou até por algum nome que pareça científico, como sadismo ou psicose. Podemos atribuir isso à amoralidade ou ao próprio demônio. Ele é companhia constante do ser humano. Na maior parte do tempo, fica adormecido, invisível e ignorado dentro de nosso peito enquanto nos denominamos civilizados, fingimos que não está ali. Porém, basta dar-nos um motivo para acordar a besta — dar-nos poder ilimitado sobre nossos semelhantes e dizer-nos que não haverá repercussões ao exercê-lo — que comprovaremos ser capazes dos atos mais terríveis possíveis.

E, cada vez que despertarmos, como se de um sonho, dizendo "Nunca mais", estaremos mentindo.


* Music On * (Nio nätters led - Forndom)

Inglaterra (1740) - Londres

Um estrondo alto teve origem do lado de fora instantes antes da fina porta de madeira se quebrar através da sola da bota de um homem barbudo, revigorando um crac trovejante. Ele usava uma armadura com um brasão, um manto vermelho e um capacete que se encontrava aberto e deixava à mostra os traços duros de seu rosto. Pedaços voaram para dentro do casebre improvisado e a sua moradora soltou um arquejo de medo ao avistar o homem se desfazer da porta com três poderosos golpes vindos de seu machado, abrindo espaço por entre as ruínas. Seguindo-o, vários homens armados, com vestimentas parecidas, adentraram na residência e passaram por entre as lascas de madeira. Bruscamente destruíam e quebravam vasos, potes de cerâmica e de vidro que continham plantas medicinais e quaisquer outros objetos pelo caminho.

Antes que a mulher pudesse ter qualquer reação, dois jovens soldados — em torno dos dezoito anos — a agarraram pelos braços e a arrastaram com uma força desnecessária para fora do casebre elaborado de madeira e pedra. Ao saírem em meio à natureza verde das montanhas que abraçavam o vale, os três foram saudados pela claridade da luz que queimava retinas e também por um pequeno exército da igreja — armados com mosquetes e machados, usando casacos vermelhos de algodão e chapéu dobrado para o lado. Os homens expressavam satisfação enquanto, reunidos, encaravam a mulher histérica que ainda tentava se livrar dos braços fortes dos dois rapazes que a seguravam.

Os berros da moradora, que continha apenas uma camisola cobrindo a nudez, cessaram no momento em que seus olhos marejados pousaram na figura feminina ao longe, montada em um cavalo. A segunda mulher usava uma túnica preta com um capuz e se escondia, propositalmente, atrás de um padre que lançava à moradora do casebre um olhar indecifrável.

Over The DuskWhere stories live. Discover now