Capítulo 12

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A Ino está completamente obcecada por esse uniforme. Não gosto dele muito pois esse shorts saia é incrivelmente curto quando se está no topo de três meninas.

A quadra de basquete era fechada, mas ainda tínhamos uma no pátio do colégio que era aberta.

Hoje os meninos do último ano iriam jogar contra os do segundo ano, e para o desagrado de alguns, Sasuke e Sasori estavam no mesmo time. Olho na direção do moreno de olhos ônix que estava me encarando de volta, e logo desviei o meu olhar por vergonha. Acabo encarando Sasori que estava mais bonito ainda com os cabelos ruivos bagunçados.

O apito do jogo soa, e as meninas começam a chacoalhar os pompons e gritar palavras de incentivo para os nossos jogadores. Em uma manobra um pouco arriscada, dou impulso com os meus joelhos e subo no colo de um dos meninos que me ajudaram a subir a pirâmide, e enfim chego ao topo. Gritando palavras do slogan do colégio. Terminamos o primeiro tempo com empate. Os meninos do terceiro ano saem da quadra e vão em direção aos vestiários e eu e as meninas nos sentamos no chão enquanto bebemos água e fofocamos sobre o jogo.

-Odeio o Sasori, mas não posso deixar de elogiar ele. O cara sabe usar bem as mãos. -Hinata comenta enquanto fica vermelha por receber olhares maliciosos em sua direção.

-Ah mas quem pode falar se ele é habilidoso com as mãos é a Sakura, né moranguinho? -Ino diz mais uma de suas frases maliciosas e da risada.

Ignoro as duas começarem a conversar com Temari e as outras líderes de torcida e me vejo pensando sobre algumas mudanças da minha vida. Mas logo sou tirada dos meus pensamentos quando vejo que Hinata tem algo a nos dizer.

-Bom, lembra no dia do seu aniversário Sakura? Então, naquele dia eu me aproximei bem mais do Naruto e começamos a ficar mais íntimos, eu queria falar para vocês que eu e ele estamos nos conhecendo. É até idiota falar isso, sendo que nos conhecemos desde pequenos, mas eu quero dizer que estamos mais íntimos, ai droga. O que eu quero falar é que estamos ficando. Nos beijamos algumas vezes e eu gosto taaanto dele.

Dou uma risada de alegria pela complicação da minha melhor amiga, o Naruto é um garoto de sorte por ter Hinata, assim como ela tem sorte. Dou um abraço apertado nela e vejo os meninos voltarem para a quadra.

...

Atualização? Saímos vitoriosos do jogo, Sasuke fez 4 cestas o que me fez sorrir por ele. Ele nunca quis seguir os caminhos do pai e ser empresário, muito pelo contrário, Sasuke queria se tornar jogador profissional e vem desde cedo se esforçando. E como esperado da família Uchiha, eles o apoiaram com as decisões.

Sasori me chamou para tomar um café com ele no outro dia, aceitei pois estamos ficando mais próximos, e no outro dia, ele quer dizer "qualquer dia desses".

Já estava bem tarde, os meninos saíram para comemorar a vitória, e as garotas foram juntas, e eu? Bom, eu estou indo para casa, tenho trabalhos para entregar para a aula de artes, e uma festa nesse momento não iria me ajudar. Eu estava indo embora a pé mesmo, já que não moro tão longe. Estou caminhando na calçada, as luzes dos postes iluminam o meu caminho, hoje a noite está uma temperatura boa, não tão quente e com uma brisa suave. Dou um pulo de susto quando uma buzina alta e forte é acionada atrás de meu corpo, os faróis iluminam meu rosto, impossibilitando de ver quem está no carro.

Mas eu conhecia muito bem aquele carro, já passei muitas noites, tardes e manhãs com Sasuke no banco de trás. Falando nele, o mesmo abaixa o vidro escuro do carro e me encara, as olheiras visíveis em baixo dos olhos onixs.

-Quer uma carona? -O tom de voz que normalmente só era direcionada a mim, o tom calmo e suave com o qual me chamava tempos atrás.

-Eu não moro muito longe Sasuke. -Sinto minhas bochechas esquentarem, estou com vergonha desde o dia em que ele me viu em minha tentativa de suicidio.

Sei que ele sabe que estou envergonhada, afinal ele me conhece muito bem.

-Vamos lá moran... Sakura. Moramos um na frente do outro, não custa nada receber uma carona.

Ok, talvez eu esteja sendo muito burra, mas aceito a carona e entro no carro preto. O ambiente aconchegante e familiar me trás lembranças que me fazem apertar as coxas e umedecer os lábios, acho que Sasuke percebe meus movimentos pois vejo o mesmo engolir a saliva.

Paramos em uma sinaleira, e nesse momento estou balançando as pernas pois o ambiente está ficando sufocado e vergonhoso. E tudo piora quando ele posiciona a mão quente e grossa em meu joelho, na verdade um pouco acima do meu joelho, e por reflexo coloco a minha por cima, sinto um choque percorrer todo o meu corpo, e um gemido fraco sai dos meus lábios. Sasuke aproxima o rosto do meu e me encara com os olhos brilhantes ao meio da escuridão. Ouço uma buzina e retiro rapidamente a sua mão da minha perna. Resmungo e direciono os meus olhos para o semáforo aberto.

-Sabe, você não precisa ficar com vergonha de mim Sakura, te conheço a anos.

-E as minhas tentativas de suicidio se tornaram comuns para você não é? -Abaixo minha cabeça quando sinto lágrimas quererem se libertar.

-Me desculpe, isso não irá se repetir. Voltei com as consultas com a psicóloga. -Um sorriso brota em seus lábios.

-Fico mais aliviado em ouvir isso.

E assim termina nosso diálogo, pois logo chegamos em casa.

...

-Sakura, eu já disse o quão gostosa você está com essa saia e meia calça preta?

-Ino, você tem certeza que você não é bi? -Dou um sorriso para minha melhor amiga e recebo um sorriso malicioso da mesma de volta.

-Não acredito que o professor Kakashi está nos indicando esse livro pervertido para a aula. -Hinata estava indignada por ter que ler um livro erótico, fiquei com pena da mesma.

-Assim você pode ir aprendendo para quando estiver a sós com o Naruto.

-Por favor Ino, deixe a Hinata coitada, ela deve ver coisas piores que um livrinho, as quietas normalmente são as mais quentes. -Dou uma gargalhada quando a Hinata fica mais vermelha que a pimenta. Mas logo meu sorriso some quando vejo Sasuke ajoelhado em frente a Tenten enquanto beija a sua barriga redonda. Os dois estavam compartilhando um ato em família.

Para meu ex melhor amigoOù les histoires vivent. Découvrez maintenant