The Alpha Beast | JENLISA(ABO/G!P)

Capítulo 47: A Fera Alfa Descansa

Jennie POV

Fazia algumas horas desde que estava deitada naquela cama. Tinha dormido bastante, mas ainda me sentia exausta. Os ponteiros do relógio branco na parede marcavam 08:46 da manhã. O soro ao meu lado parecia nunca acabar. As luzes brancas do quarto do hospital me deixavam sonolenta. Eu não queria ter vindo para este quarto, gostaria mesmo é de ter ficado com ela, porém me informaram que depois de tanto estresse, e na situação em que eu estava, era melhor que descansasse. A confirmação de que Lalisa e eu seríamos mamães estava na mesinha de centro. Perdi a conta de quantas vezes li a palavra "GESTANTE" no exame. Ela ainda não sabia, eu mesma queria contar, mas para isso teria que sair do período de observação. 

Alisei minha barriga com carinho.

Tudo me parecia tão novo. Era um novo sentimento, uma nova sensação. É inexplicável. Consequentemente me lembrei de uma conversa que tive com Lalisa.

"Você pensa em ter filhos algum dia?"

"E você acha que eu seria uma boa mãe?"

Agora nós teríamos um filho, e como eu havia dito antes, tenho certeza de que ela será uma mãe maravilhosa.

Um sorriso me escapou.

Eu tenho tanta sorte...

- É realmente um milagre que você esteja bem, pequenino.

Era a primeira vez que falava com ele. Dei uma risadinha ao perceber que durante todo esse tempo havia o tratado nos pronomes masculinos, quando na verdade poderia ser uma menina também. Minhas bochechas ficaram coradas quando idealizei uma linda menininha de cabelos escuros e olhos castanhos avermelhados, exatamente como Lalisa. Cobri o rosto com o fino lençol e deixei que mais risadinhas me escapassem.

Seria a coisinha mais linda.

A porta do quarto sendo aberta fez com que eu parasse de rir. Eu sabia quem era apenas de ver os familiares cabelos brancos. Meu peito se encheu de alegria ao vê-la. Seu rosto, que antes parecia cansado, me mostrou um sorriso aliviado.

- VOVÓ! - Quis me levantar, porém ela me parou com um gesto de mão.

Esperei que ela viesse até mim mesmo que devagar. Os olhinhos dela mal pareciam acreditar no que viam.

- Olá, filha. - Suas mãos macias tocaram meu rosto com graciosidade.

- Você não vai acreditar no o que aconteceu! - Estava eufórica para contar tudo a ela - Eu e Lalisa...-

Minha frase foi cortada por seus braços em minha volta. Me senti levemente surpreendida pelo ato tão repentino, porém não hesitei em retribuir. Gostava daquela energia ao abraçá-la, o clima era quentinho e gentil. O famoso colo de mãe que tão pouco senti ao longo da vida. Segurei no suéter que ela usava para prolongar o momento. A vovó cheirava à balinhas de café.

- Sofri muito com seu sumiço. - Ela afagou meus cabelos - Nunca quis que isso acontecesse a você, criança. Me desculpe por não ter impedido.

- Está tudo bem, vovó. Eu estou aqui agora.

Ela me mostrou um sorriso fraco.

- E o nosso, bebê? - Ela encarou minha barriga de maneira preocupada - Como meu bisneto está?

- Perfeitamente saudável. - Sorri ao dizer - É forte como as mamães.

Vovó tocou em minha barriga pela primeira vez. O sorriso jamais saiu de seu rosto. Ela parecia extremamente realizada.

- Ainda não contou a ela, não é?

- Não, quero esperar até que ela acorde. Tem notícias dela? Ninguém veio me informar sobre desde que chegamos. - Falei, sentindo um leve rancor.