Capítulo 150: Odeio hospitais (ALERTA DE GATILHO)

271 32 51
                                    

POV Luna

O hospital era formado pelas salas de cirurgia, os consultórios, o refeitório, a recepção e os quartos para internos.

— Priscilão, se organize com os outros e traga alguns enfermeiros para ajudar a doutora. — Ordeno, mas antes que ela saísse, Amanda se pronuncia.

— Preciso de apenas um para realizar as cirurgias e auxiliar-me nos exames. O mais urgente é as bolsas de sangue. Também preciso que coloquem o Barone e o Folgadinho nos quartos ao lado. Eles precisam ser medicados novamente. — Ela explica enquanto ligava os aparelhos na Cristal e na Ivete.

— Já fiz faculdade de enfermagem, posso ajudar. — Gabi oferece-se.

— Perfeito. — Ela aceita a ajuda e agradeço mentalmente pela formação da Gabi.

— Já contactei quem vai nos trazer as bolsas só preciso do tipo sanguíneo e da quantidade. — Priscilão diz sem desviar o olhar da tela do celular.

— Sei que o tipo da Cristal é (-A) e vou precisar de quatro bolsas para ela. Qual o da Ivete e dos outros dois? — Amanda pergunta e liga os monitores com os batimentos cardíacos das duas.

— A Ivete é (+B). — Gabi diz enquanto vestia uma roupa azul descartável, parecia um avental desconfortável.

— Vou perguntar para os meninos qual o deles. — Priscilão avisa.

— Quero duas bolsas para a Ivete, uma para o Folgadinho e uma para o Barone. — Amanda pede antes dela sair do quarto. — Gabi, aqui, prende o cabelo. Assim que as bolsas chegarem, vamos levar a Ivete para remover a bala e depois começaremos os exames na Cristal. Enquanto isso esteriliza bisturi, pinça, agulha e todo o equipamento que formos usar, por favor.

Às duas estavam numa correria ali dentro quando vejo o Barone ser carregado pela Renata e pelo Jhon acompanhados pelo Folgadinho até dois quartos próximos. Saio e vou até eles para tentar entender o que havia acontecido.

— O que aconteceu? — Pergunto preocupada.

— Os pontos dele abriram no caminho e ele desmaiou de sangramento. — Renata explica pálida enquanto encarava o sangue nas suas roupas e mãos.

— Vou chamar a doutora para ajudar. Jhon leva a Renata para lavar as mãos e Folgadinho fica deitado que a Amanda também vai querer avaliar o seu caso. — Peço enquanto saio do quarto.

Explico a situação e Amanda acompanha-me até os meninos. Ela refaz os pontos no abdômen do Barone enquanto a Gabi cuidava do Folgadinho. Em minutos, Priscilão e Júlia entram no quarto com uma caixa térmica de isopor.

— As bolsas de sangue, Amanda. — Júlia avisa assim que colocam a caixa no chão.

— Onde podemos as colocar? — Priscilão pergunta.

— Deixem as da Cristal e da Ivete na sala de cirurgia, é a terceira porta a esquerda. — Amanda diz e abre a caixa, pega algumas bolsas e fecha novamente. — Gabi coloca essa para o Folgadinho que vou pôr a do Barone. — Ela ordena e entrega um pacote vermelho-escuro com o tipo sanguíneo (+AB) marcado de branco.

Saio dali e vou para a recepção com o intuito de não as atrapalhar. Todos que estavam ali pareciam apreensivos, alguns andavam em círculos pelo lugar e os outros se mantinham sentados em cadeiras de metal desconfortáveis. Din e Maju, algumas vezes, ligavam para as babás que ficaram responsáveis pelas crianças quando saímos. Lúcio e Chiara não se desgrudavam e Jhon saia algumas vezes do hospital para fumar.

Nem a distância nos separaOnde histórias criam vida. Descubra agora