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Capítulo 50

~ Continue Lendo: A Aposta.

Jeon dirigia descontroladamente pelas ruas de Seoul, desejando chegar em casa o mais rápido possível. As lágrimas que escorriam de seus olhos o impediam de enxergar a estrada com clareza, sua visão estava embaçada.

A alta velocidade do carro não ajudava a diminuir o perigo que cercava o Alfa já que a pista estava escorregadia, mas ele não se importava. Estava tão desapontado com tudo, com Jimin, que dirigir devagar era o último de seus problemas.

Por querer dirigir na velocidade da luz, Jungkook acabou perdendo um pouco do controle do carro e deslisou. Só foi notar que iria bater quando viu um farol alto cegar seus olhos.

Ele havia ultrapassado a faixa e passado a dirigir do outro lado da pista, na contra mão.

Assustado e com medo de bater, Jungkook virou o volante e jogou o carro para o lado correto da rua, freiando bruscamente para não bater no poste de luz na esquina de uma avenida.

- Meu Deus! - assim que retomou o controle do veículo, ele estacionou quase no meio da rua e respirou fundo enquanto ignorava as buzinas e xingamentos dos motoristas atrás de si - Acorda, Jungkook!

Jeon deu tapinhas fracos no rosto, no objetivo de ficar mais atento. Os carros que estavam engarrafados na traseira do seu, deram a volta e começaram a ultrapassar o de Jungkook, soltando um xingamento seguido de um gesto desrespeitoso antes de irem.

Depois de se acalmar e limpar o rosto molhado por lágrimas, Jungkook deu partida no carro novamente e foi para casa. Chegando lá, ele deixou o carro estacionado na garagem e caminhou para dentro.

- Omma, Appa? - buscou pelos pais, chamando eles pela casa com carência.

A mansão estava deserta, algumas luzes estavam acesas mas não havia ninguém lá, nem mesmo qualquer funcionário. Sem criar alarde por isso, Jungkook pensou que possivelmente eles estariam em um evento importante ou em um jantar com os amigos.

Então ele subiu para o quarto com pressa, tirou o terno e o jogou com desleixo na cama, porém, permaneceu com as outras vestes. Tirou a gravata do pescoço com ranço de tal acessório e a despejou em qualquer lugar, seu desejo era fatiá-la em mil pedaços de tecido.

O Alfa entrou no banheiro enxaguou o rosto, tentando aliviar um pouco da ansiedade e estresse.

- Cof Cof... - voltou a tossir sangue na pia, limpando a boca quando a tosse passasse.

Assim que a garganta suavizou, ele se secou na toalha e voltou para o quarto. Revirou as gavetas do guarda-roupa, procurando os pertences do ex e então se lembrou que havia guardado tudo na gaveta de sua escrivaninha.

Jungkook se sentou na cadeira da mesa e ligou o pequeno abajur que usava para estudar à noite. Ele abriu a gaveta de cima do móvel e procurou por um pequeno envelope, no qual, havia guardado à pedido do Ômega.

Passou a mão pelos aquivos impressos que tinham ali e enfim encontrou o que tanto procurava: a carta que Jimin tinha escrito para dele, no dia em que o encontrou desacordado no chão do banheiro.
(Capítulos 18/19)

Jimin havia deixado aquela lembrança para ele antes de querer partir, queria que o Alfa guardasse caso algo acontecesse consigo. E naquela noite difícil, Jungkook decidiu que iria ler pela primeira vez, as palavras escritas pelo homem que amava com tanta intensidade.

Ele abriu o envelope e tirou duas pequenas folhas para ler o que havia escrito no centro dos papéis brancos. Respirou fundo num preparo emocional improvisado e começou a ler.

A APOSTA [JIKOOK-ABO]Where stories live. Discover now