Parte 10.

56 17 78
                                    

Eu acho que meu coração parou de bater.

Havia uma grande diferença entre sucumbir ao desejo de se tocar sozinho devido ao excesso de hormônios que o corpo em maturação produz, e de ser tocado por alguém que te deseja o tanto que você o deseja de volta. Jungkook estava aprendendo sobre isso nesse momento.

E era completamente diferente de tudo que ele havia imaginado, e muito menos parecia com o que as aulas de educação sexual apresentavam. Definitivamente isso não é nada como uma punheta. Tinha algo de extraordinário na maneira que os dedos de Jimin arrastavam em sua pele, tão extraordinário que o fazia estremecer, que o fazia entrar em completa ebulição.

Seus sentidos pareciam dez vezes mais aguçados, o cheiro de Jimin estava deixando-o inebriado, cheiro de sol e maresia. O toque dos dedos de Jimin irradiava um magnetismo tremendo que fazia seus pelos arrepiarem dos pés à cabeça. Eu nem sabia que podia me sentir dessa forma.

Jungkook depositou a mão no lado esquerdo do peito buscando pela própria pulsação, o temor de ter perdido as batidas de seu coração se esvaindo com as vibrações ali presente.

- ¿Estás bien neno? – Jimin se ergueu sobre os cotovelos e encarou Jungkook com um olhar preocupado. Ele analisou a expressão no rosto alheio e prontamente afastou o cabelo que caía sobre a testa suada. - Estás rojo como un pimiento.

- O que? – Jungkook murmurou, sentindo-se fora de órbita, sua mente se arrastando sobre a colina íngreme de sua excitação, esperando o êxtase se esvair lentamente enquanto retornava a si.

Com um sorriso, Jimin se levantou, o olhar complacente direcionado ao rapaz deitado em sua cama de solteiro estreita, a pele de Jungkook brilhava com o suor e grãos de areia, os tons de vermelho ao longo de seu corpo misturando-se como um rastro, a prova viva em sua epiderme do que havia acabado de acontecer entre ambos. - Eres muy lindo bebé.

O olhar firme pesou sobre seu corpo, como uma âncora lançada em alto mar, sendo inevitável não ceder à timidez. Sentindo a vergonha atingir seu ápice mais uma vez, Jungkook levou as mãos até seu sexo para cobri-lo. A sensação úmida e viscosa em sua palma o fez torcer o nariz com uma expressão de nojo, e ele imediatamente retirou as mãos, apenas para encarar os vestígios de sêmen nelas.

Jungkook girou a cabeça de um lado para o outro, em busca de algo para se limpar, apoiando os braços ao lado do corpo com as palmas para cima em desistência quando não encontrou nada a vista que pudesse ajudá-lo. Sua movimentação chamou a atenção de Jimin, que entendeu rapidamente a situação.

- Espera. – Jimin riu alcançando sua camisa caída ao lado da cama. Segurando a mão de Jungkook para cima, ele passou a camisa suavemente para limpar a região. Seguido para os outros locais visualmente sujos de forma atenciosa. – Pronto, está novinho em folha.

- Gracias. – Jungkook falou encabulado, seu sotaque carregado fez Jimin sorrir, deixando-o ainda mais desconcertados com a afabilidade ali presente.

Jimin sentou ao lado de Jungkook, o colchão afundando conforme ele arrastou o corpo para mais perto. Seus lábios roçaram na orelha exposta, sua voz soando rouca e profunda, uma provocação suave. - ¿Te he dicho alguna vez lo guapo que estás con cara de vergüenza? Você é uma gracinha, neno.

Jungkook fechou os olhos com força, suas mãos segurando firme o lençol úmido enquanto o arrepio deslizava por sua espinha. Faniquito, faniquito.

Os nós dos dedos de Jimin acariciaram o antebraço de Jungkook, um toque lento e suave, quente e carinhoso, tão perigoso quanto um isqueiro diante do pavio. Sua mão parando sobre as de Jungkook apenas para entrelaçar seus dedos juntos. - Vámonos, vou te levar para casa antes que fique muito tarde.

Baila Conmigo - JJK + PJMWhere stories live. Discover now