capítulo 32

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DOMENIQUE


     Joseph para com o carro no estacionamento de um mercadinho após eu pedi-lo para dar uma passada aqui nesse local.

— Esse é o último lugar que pensei que me levaria, cerejinha. — a sua falta de fé me faz revirar os olhos.

— Eu dirijo. Me espera no banco de carona. — 

Oderno, saltando para fora do carro. Não me viro para me certificar se ele fez o que ordenei porque temia que o encontraria me olhando e mais uma vez ficaria vermelha como uma maldita cereja. Mesmo sem olhar senti minhas bochechas quentes.

Esfreguei o rosto para dissipar a quentura causa pela vermelhidão e entrei no estabelcimento, enfiei-me nas seções em busca de alguns salgadinhos. Na padaria do mercadinho haviam garrafinhas de suco e alguns salgados de calabresa, frango, queijo com presunto e afins perto do balcão dos doces armezenados. Eu necessitava de comida para o restante do dia e sabia que para onde o levaria não haveria nada nem ninguém para comprarmos qualquer coisa. Perdi alguns minutos para encontrar velas, garfinhos e pratinhos para enfim ser capaz de ir para o caixa e pagar por tudo.

— O que são todas essas coisas? —

Joseph abriu as sacolas quando taquei tudo no seu colo. Liguei o carro e dei a partida girando o volante rapidamente e checando se havia algum carro ou alguém pelo retrovisor, o babaca parou de mexer nas compras por alguns segundos e apenas me observou retomando lugar na estrada e acelerando um pouco mais.

— O quê? Eu tenho carteira — defendi-me do seu olhar verde intenso e cheio de divertimento.

— Não pensei que sabia dirigir — tornou a mexer nas minhas compras.

— Eu sei, só não costumo...—

Dei de ombros, mexendo no rádio do seu carro descaradamente caçando uma boa música para preencher o silêncio antes que fosse desconfortável. Satisfeita ao escutar I hate everything about you batuquei, o carro mais rápido.

— Por que estamos saindo da cidade? Cerejinha você por acaso pretende me matar? —

Joseph ri abaixando o vidro da janela.

— Nunca escutou? Não deixe os outros fazerem as coisas para você. — eu sorri por um momento quando lhe lancei um olhar maldoso, o babaca me encarou.

— Eu adoro ver você sorrir, cerejinha. Especialmente quando é para mim. —

Murmurou, fitando minha boca. Em uma ação involuntária mordi meus lábios em meio ao meu sorriso nervoso quanto ao elogio. Apertei o volante buscando a curva para o lugar do qual eu pretendo tomar. Faltavam alguns quilômetros.

— Deixa de ser um tarado, babaca —

Me remexo no banco. Joseph mantêm toda a sua atenção em mim, não porque estou dirigindo, e sim porque sou eu. Ele parece me admirar como se eu fosse a pessoa mais incrível que apareceu na sua vida, como se eu fosse a criatura mais magnífica que pisara na Terra ou navegado pelo universo e suas galáxias. Meu coração se apertava na mesma força que meus dedos brancos contra o volante.

— Tarado? —

Repete sorrindo.

— Você não viu nada, cerejinha —

Bad BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora