Capítulo 64

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Não consegui dormir.

Minha mente estava inquieta, as palavras da mãe de Enrico martelava em minha mente.

Olhei o relógio sobre o criado mudo era 4:15 a.m.

Ágata dormia ao meu lado tranquila, acredito que essa é a primeira noite que lhe vejo dormir tão bem.

Levantei, fui ao banheiro.

Voltei, sentei na cama.

Droga, Dominick! Se acalma.

Estava acontecendo novamente. A dependência do álcool e das drogas foi substituída pelos exercícios que ocupam minha mente e meu corpo, mas nós últimos dias não estou extravasando devidamente por conta de tudo que aconteceu, além do ferimento no meu braço, mas a falta de manter o ritmo estão me fazendo ter agora uma crise de abstinência.
Começa assim, insônia, agitação nervosa, ansiedade, náusea, dor de cabeça, próximo passo será os tremores e as palpitações.

Peguei o telefone e voltei ao banheiro.

Liguei para Bóris, após 4 toques ele aprendeu.

- Boris?
- Oque aconteceu?
- Nada. É que eu estive pensando sobre...
- Porra! Tu me acordou pra dividir comigo um pensamento? Eu não acredito.
- É sério, me escuta.

- Fala, puto.

- Recebi uma ligação da Iara.

- Iara? Iara? Ah, sim... A doida mãe da família. Oque ela queria?

- Ela disse que no dia que o filho da puta do Enrico veio para Malta ela ouviu uma conversa dele, por telefone, com Poliana.

- E?

- Nessa conversa ela disse que Enrico falou que precisava levar o pacote com ele...

- Oque tem demais nisso? Pode ser pacote de droga, por exemplo, você mesmo sempre andava com uns - sorriu, fazendo piada.

- Não teve graça. Mas, supondo que não seja droga. Qual a necessidade dele dividir essa informação com Poliana?

- Hum... e oque você esta pensando?

- Poliana sabe de alguma coisa e esta nos escondendo.

- Mas como vamos saber?

- Meu advogado disse que o advogado dela entrou com pedido de fiança, provavelmente ela irá esperar pelo julgamento em liberdade já que é ré primaria, possuí residência fixa, enfim...

- Então, problema resolvido. Ficamos de tocaia e aguardamos ela cometer um deslize.

- É oque ....

bateram a porta do banheiro.

- Nick? Tudo bem ai, meu amor? - Ágata acordou.

- Sim, meu amor. Já estou indo.

- Boris, amanhã falamos direito. - sussurei.

- Você quis dizer mais tarde, não é? Porque o amanhã, no caso, é hoje...

- Você entendeu. Tchau! - desliguei o telefone e coloquei no bolso.

Saí do banheiro e Ágata estava sentada na cama.

- Oque houve? esta sentindo algo? - perguntei ela.

- Não. Apenas acordei e não te vi na cama. Vi as luzes do banheiro acesas e pensei que estava acontecendo algo, achei que ouvi você falar com alguém.

- Não! Impressão sua. - menti - Eu não estava conseguindo dormir, pensei que se tomasse outro banho iria me relaxar.

- Hum... E conseguiu?

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