Frustration || Larry Stylinson

19.

— Já estamos chegando? — Harry questionou, pela terceira vez em dois minutos, sua perna inquieta, se movendo para cima e para baixo demonstrava o quão ansioso ele estava.

Louis riu, e respondeu a mesma coisa: — Sim, já estamos chegando.

— Você disse que era perto. — resmungou agoniado.

— Por que está tão nervoso? — questionou preocupado, sabia que essas atitudes não eram só pela demora — Você quer voltar?

— Não, não quero! — respondeu rapidamente — Desculpe.

— Me diga o que está acontecendo, meu lindo. O que está te deixando assim?

Louis soltou a mão de Harry, apenas para levá-la até a perna dele. Acariciando-a e assim, fazendo com que ela parasse de se mover tão inquietamente. Styles voltou com sua mão para seu colo, mantendo o olhar na estrada e pensando no que responder para a pergunta que lhe foi feita.

— Nunca fiquei longe dos meus pais, em qualquer lugar que eu estivesse, eles também estavam, de um jeito ou de outro. Mesmo quando eu ia para a casa do Niall, meus pais estavam sempre ligando, e me perturbando...

— Então... Está nervoso por essa ser a primeira vez que você está saindo sem se preocupar com as consequências ao voltar?

— É, meio que isso, sim. — suspirou, voltando seu olhar para o garoto ao seu lado. — É estranho, sabe?

— Entendo, não precisa justificar. Sei que é estranho, mas é um estranho bom, não é? — por mero dois segundos, Louis se permitiu tirar os olhos da estrada, para os focar em Harry.

— Pela primeira vez, sim, é um estranho muito bom... Mas tenho medo de não conseguir agir de outra forma. — o semblante triste estava de volta, Styles gosta de poder se expressar e dizer o que acha, e Tomlinson sabe que é importante que ele o faça, por isso sempre abre espaço para isso.

— Como assim? Você tem medo de refletir atitudes dos seus pais?

— Tenho medo de não saber agir como eu mesmo, e continuar agindo como aquele Harry, entende? O Harry que vivia com medo, que mentia sempre para agradar os pais, porque se algum dia eu realmente dissesse o que acho de algo, meu pai me mataria...

Styles segurava e acariciava o pulso de Tomlinson, sentindo a mão dele apertar sua coxa algumas vezes, fazendo um carinho leve, mesmo por cima do jeans, os toques dele sempre o deixava arrepiado.

— Meu lindo, ainda não percebeu? — Louis tinha um pequeno sorriso no canto dos lábios.

— Percebi o quê? Por que está sorrindo?

— Você não age como eles, nunca agiu, só na frente dos seus pais e sei que era pela sua segurança. Você sempre teve sua própria essência, meu lindo. — murmurou calmo, subindo sua mão até o rosto dele, deixando seu polegar deslizar pela extensão da mandíbula do mais novo — Harry, você já age como você mesmo. Nunca vi você agir como eles, refletir atitudes, ou pensamentos dos seus pais.

— Sério?

— Muito sério. Você fala tanto sobre eu ser uma pessoa incrível, que não parou para enxergar o quão incrível você é. O seu sorriso é a coisa mais linda e pura que eu já vi, você é maravilhoso, e precisa ver isso. — Louis falava tudo com tanta naturalidade, como se não estivesse causando uma mini explosão no mais novo.

— Será que um dia eu vou ter capacidade de responder você como uma pessoa normal e não como um tapado? — resmungou como um bebê — Eu... Obrigado, Louis.

— Eu só relatei um fato, não precisa me agradecer por isso. — riu, mas suspirou contente ao finalmente estacionar o carro, eles chegaram mais cedo do que Tomlinson previu.