Epílogo.

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Harry olha fixamente para tela do meu computador, teclando sem parar por um segundo, não faço ideia do que ele tanto escreve, mas parece interessante o suficiente para mantê-lo ocupado por horas.

Ele faz isso todos os dias, me pede o computador emprestado, e passa algumas longas horas sentado e escrevendo algo. Já tentei espiar para descobrir o que é, mas ele me expulsa no segundo que percebe minhas intenções, diz que irá me mostrar quando realmente estiver pronto.

E o que eu faço? Obedeço. Deito na cama e fico admirando como ele fica lindo, distraído e pensativo, soltando pequenas risadas enquanto se diverte com o que faz.

Já estamos no último mês do ano. Finalmente dezembro, e mal consigo acreditar nisso.

Aconteceu tantas coisas desde que me mudei para cá, nunca passou pela minha cabeça que eu me apaixonaria por um garoto tão quebrado e tão maltratado.

Nunca pensei que eu iria tão longe por alguém, quanto eu fui por ele. Todas as coisas que fiz para vê-lo seguro e bem, saudável e feliz. Foram loucuras, e não me arrependo de nada.

Estamos juntos há meses, e se depender de mim, não perderei Harry nunca, por nada.

Estar o encarando, com aquele sorrisinho nos lábios, os olhos brilhando e os cachos soltos ao redor do rosto, só me faz ter mais certeza de que irei me casar com ele.

— Ai, finalmente. — o ouço murmurar, esticando os braços e levantando da cadeira.

Harry vem em minha direção, usando apenas uma saia branca, e uma mini blusa da mesma cor. E essa saia deixaria qualquer um maluco, por Cristo, a cada mínimo movimento eu tenho um vislumbre da calcinha rosa que ele usa por baixo.

— Minhas costas doem. — resmunga ao subir na cama. — O que está fazendo?

— Apenas admirando meu garoto.

— Uhm... Você gosta bastante de fazer isso. — ele diz ao subir no meu colo. — Gosto quando você me observa.

— Eu sei. Mesmo depois de meses, você ainda fica vermelhinho quando percebe que eu estou te encarando. — beijo suas bochechas e permito que seu corpo relaxe sobre o meu.

— Que culpa eu tenho de você me desconcertar com esse olhar? É intimidador.

Harry não me deixa responder, apenas morde meu lábio e o chupa com afinco. Soltando-o com um estalo alto e molhado, repetindo a mesma coisa várias vezes até que sou forçado a fechar os olhos e me permitir sentir a maciez da boca dele, na minha.

Ele me beija com calma e intensidade, massageando minha nuca e se pressionando contra mim. Quando Harry me beija assim, é impossível resistir a um beijo dele. E o conheço o suficiente para saber o que quer de mim, por isso me afasto um pouco.

— Nem pense nisso, meu amor. — o repreendo, fixando meus olhos nos lábios molhadinhos e entreabertos.

Ele murmura um "uhum" e volta a grudar sua boca na minha, molhando meus lábios com sua saliva e esfregando sua língua na minha. Seus suspiros começaram a ficar altos e a respiração mais rápida.

Eu sou simplesmente fascinado em como Harry ama carinho e atenção. E em como ele sacia toda a minha carência de carinhos, atenção e tudo que seja feito por ele.

Amo quando me beija assim, quando está por cima do meu corpo e faz o que quer comigo, mas agora não podemos, e parecesse que Harry não pretende deixar isso apenas em um beijo.

— Visitas em casa, zero privacidade. — o lembro.

Harry se afasta um pouco contrariado, um biquinho nos lábios e chateação estampada no seu rosto.

Frustration || Larry StylinsonOnde as histórias ganham vida. Descobre agora