Capítulo 39

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Luma Panazzolo

Depois de explicar tudo para a mãe de Paolo, estava pronta para enfim contar tudo para ele mesmo que haja uma possibilidade dele me matar ou fazer qualquer outra coisa comigo. Mas se ele sonhasse em triscar o dedo em mim ele iria ter o dele também.
Giulia por sua vez havia entendido meu lado, pois quando ela tinha sido sequestrada Paolo era adolescente, ela deu informações mínimas para seus sequestradores para não acontecer nada com ele.

Andei de um lado para o outro roendo minhas unhas de tão nervosa que estava. Meu corpo inteiro tremia, e a sensação de morte passava em meu corpo, nem sei se existe mesmo isso, mas eu juro que sentia essa sensação em mim. Se realmente eu morrer, meu papel na terra seria ter contado toda verdade para Paolo e depois virar uma estrelinha brilhante.

Fico em alerta quando Paolo estaciona seu carro, e, em frações de segundo cruzar o hall com um olhar fatal para mim. Ótimo! Aquela velha enxerida deve ter aumentado muitas coisas no que ela ouviu.

- Acho bom você ter uma boa desculpa! - disse Paolo simplesmente.

- Se fosse em outro momento eu falaria um monte de mentiras. - respiro fundo e o encaro. - Eu sei que trai você, sua família e a máfia inteira. Não sou merecedora da sua misericórdia. Mas tudo aconteceu naquele dia que fui esfaqueada como um pedaço de carne de açougue, você não faz ideia do quão afiada estava aquela merda. O homem me ameaçou de morte, e eu tinha que fazer tudo que ele mandasse. Os ataques que aconteceu na máfia, alguns fui eu que dei as instruções para eles. Meu pai que era consigliere do seu pai foi pego por uma máfia a muitos anos atrás, como ele não tinha sido encontrado foi dado como morto. E a poucos dias o homem que está me forçado a fazer essas coisas, disse que se eu não fizesse o que ele me mandasse fazer, meu pai morreria e nosso bebê também. A última coisa que eles me pediram agora foi o mapa da Villa ou de qualquer outro lugar que fosse importante, mas não fiz nada ainda. - entrego meu celular para ele olhar o número que haviam me ligado. - Ele me disse para mandar nesse número que ele me ligou. Ele sempre usa um número diferente.

- É claro que ele usa, ele não é burro de ser rastreado com o mesmo número. Pelo amor de Deus Luma! - respondeu impaciente.

- Eu sei que errei e aceito qualquer castigo, mas não faça nada que me machuque por favor, eu apenas fiz isso pelo meu pai e pela minha mãe que às vezes sofre com os insultos do nonno. E pelo nosso filho. Me perdoe...

- Seu pai? - perguntou confuso.

- Sim? Eu acabei de mencionar ele. Esses homens disseram que ele estava vivo... Talvez esteja mesmo, o corpo do meu pai nunca foi achado depois que ele foi pego por uma máfia rival, de fato eles estão com o meu pai.

- Fica aqui até eu dar um jeito nessa situação. Juro que se você sair dessa casa eu arranco seu pescoço! - disse rangendo os dentes.

- Só não te desafio agora porque a situação nesse momento não esta ao meu favor. Mas entenda que eu nunca serei submissa de homem nenhum Paolo!

Paolo saiu bravo passando as mãos no cabelo, o que de fato o deixava muito lindo.
Agora eu tinha que dobrar o joelho e rezar muito para que minha alma não seja arrancada. Talvez ser a mulher do capo e nora de Giovanni Collalto, tenha seus benefícios. Isso era ao menos o que eu esperava.

Oi Deus, sou eu de novo...

Em poucos minutos Giulia entra afobada junto com Donatella. Essa casa nem é minha, é delas para falar a verdade.

- Paolo vai dar um jeito nessa situação pode ficar tranquila. O que mais importa agora é a sua saúde e a do bebê, vocês tem que estar seguros. - Giulia diz me abraçando.

- Acho que meu irmão vai tirar você daqui por um tempo, foi o que Ettore havia me falado devido essa situação.

Não poderia piorar.

- Não vou ficar longe de Paolo, nem de vocês e nem da minha família. Não vou ficar me escondendo como uma covarde! Eu sei o que eu fiz e posso arcar com as consequências, desde quando ninguém encoste nessa criança.

- Para ser sincera... - Giulia olha feio para ela e a atropela na conversa.

- Donatella, pare!

- Mamma, ela tem que saber. - diz devolvendo o olhar feio. - Então, para ser sincera o seu caso é muito grave, na verdade, pior do que você imagina. E desculpa estar falando isso sei que não deveria, mas pode custar a vida do seu filho. Os homens da cúpula são sangue frio e sabemos que aqui não tem sentimentalismo.

- Sem o meu filho eu não fico! Paolo não deixaria nada de mal acontecer a nós dois.

Ouço barulhos vindos do lado de fora e alguns vultos passando de um lado para o outro. Donatella corre até a janela e puxa a cortina de trilhos causando um barulho insuportável, e a impeço de cobir a janela com as cortinas.
Vi Paolo batendo sem dó em um homem. Santamaria, esse era seu nome. Um dos membros da cúpula. Etorre estava se divertindo com a cena. Uns dos homem de Paolo foram tentar tirá-lo de cima de Santamaria e os impedi.

- Deixe-o, ele merece essa plateia.

Quando Paolo cansa, ele saí de cima de Santamaria e o larga no chão e entra em casa feito um foguete. Giulia e Donatella se olham e saem de casa. Ótimo, como sempre sobra para mim.























































Escrevendo com muita preguiça, mas enfiiim...

A Prometida do Capo (EM ANDAMENTO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora